É um discurso marcado pela actualidade da crise e com raciocínios e frontalidade respondendo às perguntas da Alexandra Prado Coelho e da Vanessa Rato.
É um diálogo entre pessoas que conhecem o sector e procuram obter e transmitir informação.
Nota-se o capital da cultura perante a sua estrutura económica de produção.
Surge a complexidade económica alcançada pela cultura após a sua constituição em ministério.
A questão que parece não perguntada e não respondida relaciona-se com a estrutura de produção cultural de base.
Talvez a crise não permita compreender melhor outras variáveis e a sustentabilidade da produção e do consumo cultural que creio já terá sido abordada pelo secretário de Estado noutras intervenções.
Algumas questões surgem com interesse:
- um trabalho de manter as organizações em funcionamento
- a necessidade de melhores processos de gestão
- a racionalidade das organizações públicas na situação de crise
- a inexistência de meios financeiros da administração pública
- a hipótese de negociar e melhorar a proposta do orçamento para 2012
- a necessidade de Portugal modificar e aprender como vivemos, economizamos, a maneira como gastamos e como investimos naquilo que é fundamental
- vai mexer na lei do cinema até ao fim do ano
- a possibilidade de não perder fundos estruturais
- a necessidade de investimento e não de legislação
- o desejo de minimizar impactos negativos de política fiscal e ainda haver tempo para o fazer
- o apoio escrupuloso do prometido
- não usar na cultura medidas de encher o olho e de fazer festas de lançamento das medidas
- a realização de estudos económicos, financeiros e de consumo
- a justificação económica das medidas de política cultural
- a indicação de que existem aspectos na cultura que não funcionam e indicando quais
- actuar sobre essas falhas económicas com políticas baseadas em estudos
- a reavaliação do valor económico de activos problemáticos para decidir na defesa do bem público
- o agravamento de situações sociais que urge defender enquanto bem público
- valorização do capital humano das organizações desportivas públicas e privadas
- a libertação da cultura da tutela do Estado
- a afirmação de que a cultura não é um ornamento