sábado, 28 de janeiro de 2012

Navegar na net


Uma chamada de atenção aos que se interessam pela actualização do campo desportivo nas seguintes áreas, constantes no Sport.fr


La Lettre du Sport  - couvre depuis plus de 10 ans l'actualité du "sport-business" : économie, médias, sponsoring, dopage, affaires judiciaires

La Lettre de l’économie du sport - est depuis 20 ans la référence en matière d'actualité économique institutionnelle : équipement, territoires, droit, politique, insertion, pratique sportive, médecine du sport.

L’Officiel juridique du sport - se compose d'un classeur actualisé quatre fois par an, un accès en ligne incluant de nombreux textes complémentaires (arrêtés, instructions) et une revue mensuelle, La Lettre de l'Officiel juridique du sport


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Empregos europeus para a juventude emigrante


Enquanto os nossos políticos como o euro-deputado do PSD, Paulo Rangel sugeria, na última reunião do Conselho Nacional, a criação de uma agência nacional, como no tempo do Estado Novo, para ajudar os portugueses que queiram emigrar, a própria EU vem a Lisboa tratar do assunto, como se pode ler aqui:

Sessão de sensibilização sobre as oportunidades de emprego nas instituições europeias

Dia 2 de fevereiro de 2012, 11 horas,
Centro de Informação Europeia Jacques Delors.

No próximo dia 2 de fevereiro de 2012, pelas 11 horas, terá lugar no edifício do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD), sito no Palacete do Relógio, Cais do Sodré (Lisboa), uma sessão de sensibilização sobre as oportunidades de emprego nas instituições europeias, presidida pelo Sr. David Bearfield, Director-geral do Serviço Europeu de Selecção de Pessoal (EPSO). 

A sessão, que terá uma duração aproximada de 1h30, estará especialmente orientada para os career offices das universidades, gabinetes de saídas profissionais e outros multiplicadores de informação, tais como centros de recrutamento e entidades da Administração Pública.

Para obter mais informações acerca deste evento, contacte o CIEJD:
geral@ciejd.pt
Telefone: 211 225 000  

Semanário Desporto para Todos


A “Unione Italiana sport per Tutti”, abreviadamente designada por UISP, vinha publicando um semanário dedicado ao tema com o nome de “Discobolo International”, que depois mudou para UISPRESS International, abordando temas de interesse ligados ao Desporto em geral, como anunciado neste link.

Quem estiver interessado em receber semanalmente, via net, a revista, basta dar o e-mail pessoal para o da UISP, uisp@uisp.pt        

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O CICLISMO


    Para ler mais aceder à p. 82 da revista, de 1894,  A Leitura: magazine literário

SEMINÁRIOS

Amanhã

Seminário de Estudos Pós-Graduados de Sociologia
«Corpos Urbanos: futebol e colonialismo em Lourenço Marques»,

por Nuno Domingos (ICS-UL)
27 de Janeiro - 15h00 - Lisboa, Sala Polivalente do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

Hoje

Fórum das Políticas Públicas
26 de janeiro - 17h30 - Lisboa, Grande Auditório do ISCTE-IUL
O Fórum de Políticas Públicas constitui um espaço de reflexão e debate sobre as políticas públicas que procura contribuir para o desenvolvimento e modernização da sociedade portuguesa. O seu lançamento no ano em que o ISCTE-IUL comemora o seu 40.º aniversário tem por isso um particular significado.
Contactos para mais informações: secretariado.espp@iscte.pt / http://iscte-iul.pt/

e

Seminário de Investigação SOCIUS/ISEG-UTL: «Educação popular: ausências e emergências de novos conhecimentos e sujeitos políticos da Economia Solidária»,
por Carolina Leão
26 de janeiro - 18h00 - Lisboa, Sala 104 do Edifício Miguel Lúpi (1º piso)


Fonte
: Newsletter N.º 197 dq APS - 2012-01-25

O governo, os governos de Portugal fazem desporto?

O Sol cita um estudo sobre "Chefes que fazem exercício físico são menos 'abusivos' para empregados".

Estará explicado certo stress dos governos nacionais e a sua incapacidade de assumirem medidas de política de equidade com a população.

É uma conclusão excessiva mas diz o estudo que: "Os resultados, publicado na edição online do jornal Springer, de negócios e psicologia, vêm corroborar teorias anteriores que mostram a tendência geral de os gerentes descarregarem o stress laboral nos seus empregados.
A diferença é que este novo estudo acrescenta o exercício físico como um atenuante ao comportamento hostil e à supervisão abusiva dos superiores na cadeia laboral."

Como se viu durante anos há quem prefira fazer exercício com seguranças e membros da comunicação social em Portugal e por esse mundo fora.

O ideal era a possibilidade dos líderes nacionais não só irem aos eventos desportivos, como fizeram agora na inauguração de Guimarães Capital da Cultura, mas fazerem exercício físico, fazerem desporto, para descarregarem o seu stress noutros contextos que os laborais e os do exercício das funções políticas.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Clubs’ economic difficulties and speculation in the transfer market go hand in hand

Estudo do centro de investigação CIES que trabalha com a UEFA sobre os jogadores profissionais europeus.

O que um Ministro do Desporto deveria fazer ao chegar ao poder


Deveria fazer cinco coisas:
  1. um inquérito aos seus colegas sobre as características da sua prática desportiva, modalidade e intensidade de usufruto de desporto
  2. um inquérito equivalente na Assembleia da República
  3. comprometê-los aos membros do governo e da AR em eventos anuais das modalidades praticadas
  4. comprometê-los com políticas de estilos de vida activa dentro dos organismos públicos e das empresas públicas que deles dependem
  5. trabalhar as autarquias e os seus presidentes noutro desporto daquele que lhes é transmitido pelas políticas de elite correntes
Diz o SOL acerca dos ataques cardíacos dos políticos: Check-up devia ser obrigatório para políticos.

A lista de acidentes do SOL sendo significativa é a que chega à luz da ribalta, enquanto certamente milhares de cidadãos com historiais equivalentes têm sorte idêntica sem um 'ai' da comunicação social.

Quem sabe se os lapsos dos políticos em declarações políticas, não serão falta de exercício físico que uma boa partida desportiva a só ou bem acompanhado não resolveria?


O que o Ministro do Desporto esperaria alcançar com as 5 coisas que faria ao assumir o poder?

Usar o desporto como uma janela de promoção do desporto e de um estilo de vida para todos os portugueses.

Ninguém pediria ou sugeriria andar com seguranças e a trabalhar com a comunicação social atrás como fez um outro primeiro-ministro.

O objectivo era ter um país, uma população mais desportivos e principalmente menos acidentes cardio-vasculares e maiores benefícios na saúde e nas relações sociais dos portugueses.

É capaz de ser pedir muito ou ser compreendido como estando a prejudicar um governo qualquer ...

Os nossos velhos hábitos e as 'apostas mútuas'

I
O artigo de José Manuel Meirim descreve o impasse jurídico e de decisão política do monopólio dos jogos de fortuna e azar em Portugal. Este impasse tem consequências económicas para o desporto que o direito e a política dos governos ou da Assembleia da República não avaliam em Portugal.


II
O futebol bem se pode queixar agora que perdeu dezenas de milhões mas essa é a herança das lideranças que durante mais de vinte anos, desde as diatribes de Valentim Loureiro, foram incapazes de resolver certa irracionalidade económica e social do mercado do futebol profissional.


III
Tivemos a ditadura durante décadas acompanhando espanhóis e gregos.

O norte da Europa trabalha com maior rapidez.

Logo que se deu a falência dos bancos e nacionais a Islândia e a Irlanda actuaram a fundo e as duas estarão a salvo dos problemas actuais da Europa do sul.

No jogo das apostas acontece o mesmo.

A Europa acabou com monopólios estatais, aceitou que o mercado possuía benefícios superiores e assumiu que o desporto é um sector que faz sentido ser apoiado pelo movimento das apostas.

No sul beneficia-se os carenciados, como em Espanha, e em Portugal aparecem muitos sectores a receberem dinheiro das apostas mesmo que não tenham um vínculo com questões de sorte e azar, de que a Cultura é uma recém-chegada.

Sem princípios ou usando 'princípios outros', que o da utilidade social e maximização do bem-estar nacional, o monopólio da 'Santa Casa' é excelente.

E nesse caso estamos, uma vez mais, orgulhosamente sós sem uma política desportiva alicerçada numa doutrina para promover o desporto nacional, como fazem os outros países da Europa.

O problema não é o dinheiro que vem ou deixa de vir do jogo para o desporto.


O desafio será conceber um desporto económica e socialmente activo para o século XXI.

domingo, 22 de janeiro de 2012

O limpo e o sujo. O cozido e o cru


A massa crítica do mundo desportivo admira-se de os jogadores portugueses saírem do país, e os clubes chamarem jogadores estrangeiros… sabe-se agora porquê.


- (…) Há aí duas dúzias de rapazes, cheios de talento e mocidade, que esperam ansiosamente, para serem úteis ao seu país, que o Estado se resolva a olhar para eles. (…)
- Estamos de acordo. O pensamento e o espírito não devem parar. Há que estimulá-los e dar-lhes um movimento contínuo. Diga portanto a esses rapazes, que tenham confiança e saibam esperar. (António Ferro, Salazar o homem e a sua obra, Edições FP, Lisboa, 1982, p. 124)


O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu este sábado, em Santo Tirso, a necessidade de "reter os mais jovens" nas suas terras para que "não sejam tentados a ir para outras paragens ou mesmo para o estrangeiro". (Correio da Manhã, 21.01.2002)


É preciso travar a vaga de emigração que está a acontecer no nosso país. (…)(…) Segundo as estimativas oficiais, em 2011, cerca de 120 mil portugueses terão abandonado o país. Um número nunca atingido durante as décadas de maior emigração portuguesa como os anos 60. (…) Muitos já não desejam voltar. (Renascença, 22-01-2012).


Enquanto o Ministro Adjunto convida os portugueses a emigrar o secretário de Estado adjunto do Ministro Adjunto dá o negativo do retrato – convida os imigrantes a não saírem

O Governo quer travar o regresso dos imigrantes aos países de origem, através de várias medidas a implementar nos próximos anos, diz o secretário de Estado adjunto do ministro dos Assuntos Parlamentares. (Renascença, 22-01-2012)


A mais valia que o Governo atribui aos imigrantes, rejeita nos jovens por isso os ostraciza

O Governo considera que a imigração é uma das alavancas para o país sair da crise, não só pelo que representa em termos de equilíbrio da Segurança Social, mas também a nível demográfico, já que a crescente diminuição da taxa de natalidade no nosso país está a preocupar as autoridades(Renascença, 22-01-2012)

Conclusão


- E porque tem esse horror aos partidos ?

E Salazar, explicando-me, claramente, o seu pensamento:

- A Inglaterra vive, pode dizer-se, há séculos com os seus dois partidos alternando-se no poder, e até ao presente tem-se dado bem com isso. A educação cívica do povo leva as massas a deslocarem-se entre os dois, levadas por grandes movimentos de ideias, ou por grandes aspirações, ou necessidades nacionais. Em Portugal, porém, esses agrupamentos formaram-se à volta de pessoas, de interesses mesquinhos, de apetites, e para satisfazer esses interesses e apetites. Ora, é essa mentalidade partidária que tem de acabar, se queremos entrar num verdadeiro período de renovação. (António Ferro, op. cit.,p. 161) 

Clubes portugueses são os que têm mais jogadores não europeus

Os números do Público de hoje mostram que 12 dos 16 clubes da primeira liga portuguesa estão no topo europeu de 500 clubes na contratação destes jogadores.


Qual o concelho mais desportivo: Almada ou Oeiras?


Ontem às 13,30 na Caparica, o passeio marítimo tinha cerca de 20 passantes por cada 100 metros em média, 50% dos passantes eram clientes convictos do Barbas, 45% dos outros restaurantes 5% por cento tinham um passo activo, para além dos surfistas dentro de água.

Hoje às 11 horas em Oeiras o passeio marítimo tinha cerca de 30 passantes por cada 100 metros em média, 5% turistavam e 95% tinham um propósito desportivo.

Um mesmo investimento autárquico com usufrutos que parecem distintos pelas respectivas populações (ou então deve-se à hora de observação).

Este é o da Cultura! Onde está o primeiro-ministro do Desporto?



Para que não existam dúvidas da diferença entre o que diz o PM da Cultura e não se diz para o Desporto aqui estão as suas palavras:

"O primeiro-ministro afirmou hoje que a cultura está «além de todos os orçamentos» e que mesmo em tempos de crise se justificam investimentos nesta área porque os eventos culturais «são um bem essencial» para o crescimento do país.
À margem da cerimónia de abertura da Capital Europeia da Cultura (CEC) Guimarães 2012, Pedro Passos Coelho afirmou que o Governo está a fazer «ajustamentos» em todas as áreas mas que isso «não significa que possa dispensar-se a valia e aposta na cultura».
Aliás, salientou o primeiro-ministro, «o espectáculo de hoje e toda a programação de Guimarães 2012 são uma prova de que apesar de todas as circunstâncias em que vivemos é possível apostar na criação e invenção».
Segundo Passos Coelho, «cultura está além de todos os orçamentos» lembrando as palavras de Durão Barroso no discurso desta noite de que a cultura «é uma parte significativa» do «rendimento e do Produto Interno Bruto» de Portugal e da Europa.
Por isso, o primeiro-ministro considerou que faz sentido numa altura de crise a aposta na área cultural, porque, explicou, «os eventos culturais são uma bem essencial para o crescimento, não apenas em termos espirituais mas também materiais»."

Ver a notícia no Expresso.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Os avós levaram malas de cartão. Os netos trazem diplomas*

O Plauto português, Gil Vicente, nas suas obras, já denunciava o abandono dos campos e a desertificação do país, provocados pelas políticas de acumulação de riqueza dos Nobres, da Igreja e da Coroa Real.

Voltamos à desmistificação do jogo de palavras que enrolam pensamentos obtusos, confusos, pouco claros, escondidos os esconjuros, mas exteriorizando com limpidez cristalina o que se pretende disfarçar com o dito que não foi dito, depois de claramente dito.

Depois do Secretário de Estado do Desporto e Juventude ter apostado na elaboração do Livro Branco da Juventude, convidou os jovens a emigrar para deixarem o aconchego da família,  fez o jogo das contradições ou das inutilidades, porque perante tal convite ficava-se por saber a quem se destinaria o Livro perante a fuga da juventude, a menos que o manuscrito iria fazer jus ao título.

Como os políticos, apesar de adultos mantêm espírito adolescente, produto dos tempos de chefes de turma e de camaradagem escolar, logo o Ministro Adjunto se apressou a vir ao terreiro defender a classe, apoiando as declarações do seu subordinado, não fosse a plebe pedir a cabeça do Secretário de Estado pelo atrevimento de querer expulsar os jovens para os poupar de ler o Livro Branco da Juventude, ou para se poupar de o escrever perante a ausência e leitores. Com a agravante de o Ministro Adjunto, metido numa vara de onze camisas, apoiar-se na tese de os navegadores de antanho, a desbravar mundos – em vez de primeiro desbravar cá dentro - sem lhes dar as naves. E não satisfeito com esta arenga permitiu-se, em reunião alegre com angolanos, enaltecer, como prova do que vinha afirmando, os portugueses instalados no estrangeiro a fazerem figura, em vez de se penalizar de não poderem fazer figura na própria pátria. Os alçapões são tremendos.

E como a camaradagem é o emblema do Governo – um por todos e todos por um – logo o Primeiro Ministro se apressou a saltar à arena já que, ostracizados os alunos, os professores ficariam desempregados, pelo que, em recurso, e para salvar os seus hierárquicos, aconselhava também os mestres a acompanhar os alunos, sugerindo as ex-colónias para continuar a colonização interrompida abruptamente. O que ia em contraponto com a opinião do secretário de Estado das Comunidades, António Braga, que anunciava, em 21 de Junho de 2005, a intenção do Governo de acabar com o envio de professores de português para o estrangeiro, e tinha inaugurado, em Outubro de 2009, o Gabinete de Emergência Consular que funcionava 24 horas por dia para prestar apoio aos portugueses no estrangeiro que se encontrassem em situações de emergência.

Para este Governo não há situações de emergência. Para a frente e cara alegre.

Postas as coisas nestes termos para que a memória do futuro não o esqueça nos seus arquivos, somos despertos pelas trombetas dos arautos do semanário Sol, do dia de hoje, com esta diatribe, que brama como um rastilho:

Passos Coelho tinha sugerido que os jovens alarguem o seu mercado de trabalho e, posteriormente, o euro-deputado do PSD Paulo Rangel chegou mesmo a sugerir, na última reunião do Conselho Nacional, a criação de uma agência nacional para ajudar os portugueses que queiram emigrar.

Chama-se a isto a difusão de ideias difusas, provocadas pela sensação de que Portugal afinal anda de mente perdida, que não há uma nova forma de fazer política, mas uma nova forma de perder a vergonha, e de argumento em argumento, deixando a História percorrer os trilhos dos dias que correm, Portugal tende a desaparecer dentro dos próximos 50 anos.

É provável que, perante a crise que nos arrasta, a única solução viável para Portugal se realizar seja esse: espalhar alunos e professores nas malas diplomáticas para o estrangeiro e esperar de volta pelos netos aptos a negar a asserção de Júlio César:

Ali para os lados da Lusitânia há um povo que não governa nem se deixa governar


____________________
*O título deste Post, com a devida vénia, foi tirado do de um artigo publicado no Jornal i, no dia 17.12.2010, abordando o Dia Internacional do Migrante - o 18  de Outubro de 2010 – para dar a conhecer o mundo dos luso-descendentes em Portugal.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A explicação do desastre económico é simples

Portugal tem níveis de despesa desportiva muito baixos.

Estamos em 2012 e há alguns anos o desporto português sofre diminuições de receitas por via das limitações económicas demonstradas.

A ilegalização da actuação em Portugal da Betandwin aumenta a pressão sobre as fontes de receitas do desporto de todas as actividades desportivas amadoras e profissionais.

São conhecidas organizações desportivas falidas ou que se queixam publicamente da dificuldade de acederem a fontes alternativas de financiamento.

Não há estrelas de desporto capazes de motivar os agentes privados a patrocinarem como acontecia há 4 anos.

Nelson Évora é um exemplo desta situação e que agora se lesionou.


Os desafios do desporto são diversos e estão cruzados exigindo soluções bem concebidas e direccionadas para os problemas reais.

O problema é que as decisões de política desportiva nem sempre se orientam para o âmago das dificuldades económicas.


Creio que utilizei em postes recentes termos fortes ao falar de cancro e desastre.

Ignorar a situação e actuar como se nenhum problema houvesse, que é o que tem sido feito sem estruturar soluções credíveis é um erro que parece 'colossal'.

Estou aberto a que alguém demonstre que toda esta perspectiva está errada ou exagerada.

SPORT AND CITIZENSHIP

Para aceder à revista infra, apoiada pela Comissão Europeia, favor clicar  aqui



para ler textos de interesse, de:

Sophie Briard-Auconie sobre The analysis of the European sports policy
e de Friedrich Stickler, President, The European Lotteries, sobre as lotarias

Duas entrevistas com:

Androulla Vassiliou, European Commissioner for Education, Culture, Multilingualism, Youth and Sport,
e
Michel Platini, President, UEFA

E colunas temáticas incidindo sobre:

Sport and Health
Volunteering
Gender Equality
Education and Inclusion
Sustainable development
Sport and Law
Sport and Disabilities
Management
European identity
Governance
Media


Com um leque alargado para outros assuntos de que se destaca:

SPORT AND CITIZENSHIP - A European reference think tank in the field of sport.

A doença do desporto nacional é grave e economicamente um desastre

I
Tive uma experiência há alguns anos em que havendo um problema na organização desportiva se ponderou a forma de o resolver com eficácia e em tempo útil.

Tudo se passou criando a solução decidida e, em tempo útil, a organização foi conduzida ao caminho desejado pelos parceiros sociais, o qual era resolver o problema e colocar a organização e todas as suas partes a maximizar o seu interesse e o seu benefício.


II
O cuidado mínimo de potenciar uma saída consensual sem prejudicar minimamente todo o desporto não surge.

Há factos que demonstram o desencontro de esforços e isso não se relaciona com o comportamento individual mas da criação de um consenso e de um saber-fazer eficiente e potenciador da utilidade colectiva.

A doença é grave e tem o nome de doença porque prejudica todos os órgãos e enfraquece o corpo desportivo.


III
O desporto está mais frágil e impotente porque esconde as medalhas a ganhar em Londres.

O facto de se esconder o número de medalhas em Londres, nos Jogos Olímpicos, não quer dizer que Portugal não seja candidato a 5 medalhas.

Estou à vontade para referir as 5 medalhas porque trabalho esta matéria há mais de uma década e há muito indiquei que o potencial demográfico e económico de Portugal nos Jogos Olímpicos, em competição com todos os outros países, era de 5 medalhas.

As 5 medalhas são uma média simples de capacidade material de realização desportiva de países de dimensão equivalente à de Portugal e não desaparece porque há líderes desportivos portugueses que não querem assumir a sua responsabilidade ética de conquistar 5 medalhas para Portugal, para a sua população e para os atletas que têm esse potencial e foram esbulhados ou desapossados por essas lideranças incapazes de potenciar os direitos da população, das organizações e dos atletas portugueses.


IV
Há federações que continuam a organizar eventos desportivos que mais ninguém na Europa quer organizar a não ser países que iniciaram há pouco a democracia das instituições e dos mercados ou noutros casos ou países árabes ricos em petróleo.

Nota-se igualmente que estas modalidades desportivas nacionais são pobres e cujos resultados recentes decrescem e, contudo, são atiradas para a realização de eventos que no seu caso de modalidades pequenas e muito pequenas correspondem a 'mega-eventos' à sua escala.


V
A doença do desporto português é nada aprender nem com o caso INDESP, nem com os aspectos negativos do Euro2004, nem com a junção dos comités olímpicos e confederações como fazem os países que possuem mais praticantes e conquistam mais medalhas do que Portugal.

A doença do desporto português é grave e economicamente um desastre.

Quem sou eu para o sustentar, se pessoas responsáveis e de altíssimo estatuto sustentam a maravilha do processo revolucionário em curso.

O Sporting auto flagela-se

Ou o presidente do Sporting estabelece como objectivo criar uma equipa no longo prazo, dando como exemplo aquilo que faz o Barcelona, ou destrói-se rapidamente.

Há claramente uma desorientação que era útil os sportinguistas compreenderem.

O trabalho de longo prazo poderá alicerçar-se no trabalho nos escalões jovens, em compras com conta, peso e medida e no treinador a quem há que dar o máximo espaço de trabalho.

Querer ser campeão este ano foi o balão que o presidente lançou e agora está pendurado nas suas próprias e insensatas  palavras.

O Sporting a degradar-se rapidamente é mau para os outros clubes porque leva menos espectadores aos jogos e depois os patrocinadores face às bancadas vazias diminuem os patrocínios todos.

A imagem de hecatombe do Sporting não interessa mesmo nada aos tesoureiros dos concorrentes.



Entretanto o Sporting vendeu um junior por 1 milhão de libras esterlinas ao Liverpool ... e vai comprar meia dúzia de sul-americanos ...

O associativismo desportivo tem um cancro de duas cabeças

Chame-se o que se quiser chamar mas ele existe há muitos anos e existem bastantes caracterizações e propostas de soluções.

O que falta é o querer, a decisão de o resolver e assumir que será resolvido no curto prazo.

O cancro surgiu pequeno e foi criado pelo Estado que o alimenta e protege com maior relevância a partir de 2006.

Nos últimos anos procura-se liquidá-lo à fome dos nutrientes de que se alimenta: as relações estabelecidas nas orgânicas privadas e o financiamento público.

O cancro adaptou-se e sobrevive com o mínimo e com isso todo o corpo padece.

O corpo médico está mal estruturado e o diagnóstico feito é incorrecto por norma:

I
O cancro é bicéfalo tem duas cabeças e há que cortar uma ou juntar as duas obrigando à formação de uma única que deve ser protegida para progressivamente assumir medidas mais correctas e incisivas.

Actualmente alimenta-se mais uma cabeça do que a outra, como se uma não existisse e que surge morta-viva periodicamente.

Assumir o diagnóstico do cancro bicéfalo é o caminho correcto.

Dar ao associativismo uma cabeça bem caracterizada e reconhecida é a forma de curar o cancro.

II
Outro erro da equipa é desresponsabilizar-se dando ao cancro responsabilidades públicas.

A equipa médica erra na definição das suas responsabilidades desde 2006 cujas funções públicas de desenvolvimento do desporto ficam por preencher e quando atribui funções de planeamento ao cancro com duas cabeças impede o corpo de reagir à profilaxia boa que sendo rara poderia ter outros resultados sem o cancro e sendo o corpo desportivo liderado por uma única cabeça.



Há um caso sério de um misto de falta de estatura, de irresponsabilidade e incompetência que adoece o corpo desportivo nacional.

O corpo do desporto português tem um cancro de duas cabeças.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

DESPORTO, CLUBES e CLAQUES de FUTEBOL: FESTA OU VIOLÊNCIA?

Amanhã, dia19 de janeiro, pelas 15h30, no Auditório da Piscina Municipal, em Melgaço, o Prof Doutor Daniel Seabra (UFP), vai abordar o tema “Desporto, Clubes e Claques de Futebol: Festa ou Violência?”.

“Daniel Seabra é antropólogo e investigador sobre o fenómeno das claques desportivas há já vários anos. Entre várias entrevistas que tem dado sobre o tema à imprensa nacional, o Professor, em entrevista à Antena 1, considerou que o futebol português nunca foi de família. O especialista chega mesmo a lembrar que "ao contrário de uma visão cor-de-rosa que existe do futebol português, nada mudou, mas a verdade é que nunca terá sido tão seguro como hoje ir a um jogo de futebol porque nunca, como agora, houve tanta vigilância".

Fonte: Escola Superior de Desporto e Lazer
           Instituto Politécnico  de Viana do Castelo

Sociologia, Economia, Direito no Desporto

A Associação dos Adeptos Sportinguistas vai organizar uma conferência sobre "Violência associada ao fenómeno desportivo".

Não se percebe porque há-de o desporto ser 'um fenómeno' mas a conferência deve ser vista pelo conteúdo e pela estrutura em que inclui a sociologia, a economia e o direito como três partes distintas o que corresponderá a uma organização nem sempre observada em Portugal.

Esperemos que seja uma estrutura que venha para ficar e não apareça como um fenómeno passageiro.

Está em curso uma outra organização direito e de economia mas a seu tempo se dará conta.

Pela parte que me toca estou convencido que o debate entre oficiais destas profissões só pode ser proveitoso para o desporto português.

Quanto à iniciativa do Sporting quererá ela dizer que o clube se encontra na frente de alguma coisa?



domingo, 15 de janeiro de 2012

O desporto português está confuso

É um jovem atrapalhado, por vezes age com esquizofrenia outras faz coisas correctas mas não tem o fio condutor sobre o que fazer a cada uma das suas partes para obter um sentido coerente.

O plano integrado de desenvolvimento desportivo é uma responsabilidade do governo para poder ir mais longe do que vai o mercado e a iniciativa privada.

Já a junção do COP e da CDP são obrigações privadas para obterem o maior resultado privado das suas negociações com o Estado.

Mas nem o plano se faz sem dialogar com as federações nem estas encontram a melhor formulação COP/CDP sem um Estado coerente e firme nas suas convicções.


As pessoas no desporto estão a fazer o seu melhor.

O problema não está no que as pessoas individualmente fazem.

A dificuldade está na realização do seu óptimo colectivo.

O quadro geral, os princípios a doutrina desportiva tem de vir do Estado e de uma liderança iluminada.

Sem isso um privado faz o plano mesmo que não tenha conversa com o seu igual ou consiga estabelecer um rumo de trabalho coerente para seis meses que faltam para os Jogos Olímpicos quanto mais para um ciclo olímpico ou uma década.

Sem princípios desportivos o Estado aceita as propostas do futebol, provavelmente do atletismo, do andebol e dos maiores líderes e tem um medo grande de assumir as suas responsabilidades.

Os documentos que vamos fazendo em Portugal ilustram bem a nossa confusão.

Ajudar Vicente Moura a não prejudicar mais o desporto português

I
VM atravessa a fase física e intelectualmente excruciante de se recandidatar a presidente do COP 'se não o agarrarem'.

Está a querer demonstrar que o seu capital de liderança desportiva é imenso e lança-se em iniciativas nos jornais e rádios, no site do COP e no Conselho Nacional do Desporto.

Outros passos mais simples poderiam ser dados como fez Gilberto Madail que manteve a sua palavra de saída e parece ter permitido a eleição do melhor candidato como se observa pela opinião pública.

GM fez eleições na FPF cujos conteúdos podem ser melhorados no caso do COP a fim de ganhar tempo até ao início de 2013 quando houver eleições no COP.

Há todo um ano de trabalho pela frente que vai ser duro para as federações e exige para além da atenção ao curto prazo um olhar e imenso trabalho visando o futuro.


II
Vejamos que uma hipótese de trabalho, que VM não fez, foi ajudar a resolver os problemas das federações.

Assim a hipótese é que o próximo COP venha a representar mais do que tem sido feito até agora. Seria útil que esse processo tivesse um amplo consenso federativo conjugando o interesse das maiores às últimas das federações.

Para isso acontecer o processo eleitoral pode ser diferente do do futebol criando-se espaços de apresentação de propostas e de debate no seio do COP de sustentação de candidaturas à liderança.

Ter um árbitro imparcial é fulcral e esse deveria ser um desígnio de VM.


III
Esta posição de VM seria relevante porque tem havido por parte dos partidos do 'arco governativo' uma relutância imensa de libertar as forças da iniciativa privada e dar dimensão ao querer desportivo e cultural da população portuguesa.

Não existem documentos doutrinários ou documentos que produzidos de acordo com as obrigações governamentais e públicas assumam princípios e praxis inovadoras.

Os líderes desportivos portugueses actuam como se Portugal estivesse nas décadas finais do século XX e não já entrado na segunda década do século XXI.

O Desporto em Portugal está parado e há quem tenha medo de assumir as suas responsabilidades.


IV
A ajuda que deixo a VM é que foque a sua atenção em duas coisas fulcrais para o desporto português:
  1. Responder por inteiro e sem hesitação às solicitações que as federações lhe coloquem para a prestação olímpica de Portugal em Londres.
  2. Preparar umas eleições capazes de abrir os horizontes do século XXI ao desporto português. 
Se já nada lhe disser a primeira por quaisquer que sejam as razões do alheamento, que se centre na segunda.


V
Há um terceiro objectivo que VM poderia articular com Paula Cardoso.
   
     3.  Criar um processo de junção do COP e da CDP.

Criar uma organização líder COP/CDP e um presidente que seria o melhor entre todos os pares federativos nacionais era um acto de elevadíssimo serviço público.

Este projecto é superior ao segundo e só ele envolveria um 'estado de alma' que tocaria a sociedade portuguesa. Note-se que os governos de Portugal preferem gastar dinheiro escasso em direcções redundantes, perdulárias de competência problemática a gizar instrumentos de futuro.   

Colocar este objectivo 'sem espinhas, nem rodriguinhos' ao Governo e à sociedade portuguesa era um acto que os líderes desportivos de outros países mais desenvolvidos da Europa já fizeram e que só certo atavismo, alguma incompetência e já conhecida desorientação colectiva arrastaram até hoje o desporto de Portugal.


VI
Estes três projectos demonstram como VM tem matéria para ficar na história do desporto pelas boas razões e não para fazer coisas que nunca fez, não sabe fazer e eventualmente não terá pessoas que o saibam fazer ou já o teriam feito. 

Juntar COP e CDP é naturalmente um projecto novo e não haverá pessoas com esse capital.

A questão que se coloca aqui é que a definição de um objectivo correcto e bom deveria levar a procurar soluções diferentes das que rezam a história.

Fazer coisas à pressa poderá não ajudar a decisão pública e social ... mas nunca se sabe.

sábado, 14 de janeiro de 2012

A fragilidade do Benfica, do Sporting e do Porto


I
O Benfica, o Sporting e o Porto estão desde há décadas contra todos e contra o mundo o que lhes permitiu alcançar aquilo que são.


II
A nossa história das políticas do desporto profissional demonstra a sua inconsequência. Sem políticas públicas continuadas e estruturalmente consistentes nada de melhor há que esperar. Como um filme aqui ficam algumas cenas:

  1. Os clubes decidiram em 2006 diminuir o número de clubes do campeonato a fim de assegurarem a rentabilidade do mesmo. A Deloitte fez o primeiro estudo a suportar a opção. As medidas de política dos Governos respeitaram os desejos dos grandes clubes e nada fizeram e a Liga descansou.
  2. A Deloitte faz um segundo estudo que demonstra vários problemas no desporto profissional.
  3. Em 2008 o COP tem o desastre dos Jogos Olímpicos de Pequim.
  4. A Liga faz uma conferência onde são apresentados os resultados do segundo estudo da Deloitte e surgem oradores internacionais a realçar o agravamento e o erro da fractura existente entre os três grandes clubes e os restantes. 
  5. Nos últimos anos os principais clubes portugueses conseguem níveis de competitividade crescentes e únicos na Taça Europa e na Liga dos Campeões. 
  6. O governo em funções em 2011 ao fim de muitos anos de inactividade por parte de outros governos por sugestão da Liga faz três estudos sobre as SAD's, os talentos  e a arbitragem do futebol profissional. 
  7. Surge em Dezembro de 2011 um Plano Integrado de Desenvolvimento Desportivo por parte do COP.
  8. Gilberto Madail despede-se da FPF dando lugar a Fernando Gomes deixando o futebol português nos melhores rankings de sempre na UEFA e na FIFA no respeitante ao desporto profissional e às selecções, o que a comunicação social celebra como um feito extraordinário.
  9. Pinto da Costa é homenageado mundialmente pelo seu historial único de líder de clube de futebol.
  10. Depois dos jogadores agora são os treinadores portugueses que se destacam em todo o mundo.
  11. Ronaldo mantém-se como 'prima dona' mundial, Nani solidifica a sua prestação no melhor clube do mundo e o resto torna-se paisagem.
  12. A Liga portuguesa é daquelas com menor número de nacionais.
  13. As falências dos clubes amadores e semi-profissionais de futebol é uma realidade.
  14. Tribunal decide que a actividade da Betwin em Portugal é ilegal.
  15. Em 2012 o Benfica declara que as relações que tinha iniciado com Pais do Amaral estavam a soçobrar e que nunca tinha deixado de trabalhar com a Olivedesportos.
  16. António Oliveira afiança que o futebol português é dominado por uma única empresas.
  17. Em 2012 os pequenos clubes da Liga decidem eleger um candidato Mário Figueiredo que lhes promete aumentar o número de clubes de 16 para 18, contra o candidato António Laranjo apoiado pelo Benfica, Sporting e Porto.
  18. ...

III
A sugestão que deixo é que há um fio condutor contraditório e une todo o historial do futebol português.

A sugestão que deixo é que era possível limar algumas arestas e fazer aquilo que espanhóis, franceses, ingleses, alemães, italianos, holandeses fazem bem feito, dentro de quatro linhas políticas e que isso traria benefícios para todos os parceiros do futebol e o desporto português.


IV
Compreende-se que para algumas pessoas dizer e querer fazer diferente é ter a perna curta, mas o tempo passa e demonstra como afinal esse seu convencimento é tão grande quanto as palavras que dizem são desmentidas pela realidade dos factos justificando-se 'dizer e querer fazer diferente'. 

A comunicação social costuma prestar atenção às palavras politicamente certas e menos atenção presta à crítica. As palavras dos políticos podem ser atestadas a par dos fracassos como as dificuldades em que o Benfica está há anos enrodilhado na sua via estreita para um monopólio televisivo que é errado e nenhum grande clube de país rico tem.

Mas nenhum governo português teve a estatura para resolver o problema do audiovisual do futebol profissional como fazem os países com os melhores campeonatos e selecções do mundo.

A Espanha é a realidade que tem condicionado Portugal mas a Espanha como se demonstra nas selecções, na organização de mega-eventos, nos jogadores e treinadores, quando Portugal faz e tem bom a Espanha vem buscar e copia melhor.

À metáfora das 'pernas curtas e longas' talvez se sugira outra capacidade com vantagem: a dos governos competentes desportivamente e com a coragem para fazerem aquilo que o país e a população portuguesa espera que eles façam em prol do seu desporto e do seu bem-estar.

Certo desconhecimento desportivo e as palavras tonitruantes politicamente serão dos factos que mais prejudicam o Benfica, o Sporting e o Porto.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Os estatutos do IPDJ, breve apreciação

I a
Os estatutos do IPDJ são um resultado positivo em relação a trabalhos dos últimos seis meses.

O documento apresenta propostas que no passado não encontravam eco nas políticas públicas e funções que foram diminuídas em anos mais recentes.

I b
A regulação pública e o governo do desporto são actos de sublimação de sensibilidades e de características complexas das sociedades europeias modernas e que na presente legislatura se têm encontrado abaixo das expectativas dos agentes mais exigentes e de maior sensibilidade face à governação do desporto português.

A equipa criada pelo XIX governo tem características pessoais, de conhecimento científico, técnico e experiência pública distintas do XVIII governo e isso tem sido patente nos outputs produzidos.

O governo anterior foi incapaz de alterar muitos dos seus passos e este documento do actual governo surgirá como uma melhoria na capacidade de ouvir outrem. Este é um aspecto a notar também positivamente, caso a sua performance mantenha um comportamento ascendente.


Elogiado o trabalho nos seus aspectos positivos há que indicar outras vertentes.

II a
Será na sublimação de características e obrigações por vezes contraditórias que o documento é menor.

Falta-lhe o conteúdo doutrinal que não tendo surgido no passado nos documentos já produzidos deixa o actual instrumento sem rede.

A estrutura e conteúdo dos estatutos ora publicado não se relacionam com documentos saídos nos últimos meses e não é curial que o desporto tenha estruturas de regulação públicas que sirvam para o que quer que seja que seja.

Desconhece-se qual o fulcro da acção pública para os próximos anos e a estrutura aprovada é indiferente nos seus propósitos.

João Boaventura demonstrou nestas páginas a longa história das orgânicas das agências públicas do desporto e esta, sem um ponto central de focagem, vai perder-se em múltiplas direcções igualmente relevantes na perspectiva de múltiplos actores.

II b
Quem serão os prejudicados da dificuldade de focagem da política desportiva será o associativismo que conhece o filme e procurará minimizar prejuízos e apropriar-se das pontas onde quer que surjam.

Veja-se como o COP percebeu, com meses de atraso, que ganhava benefícios apresentar propostas avulso como fez a Liga de Clubes de Futebol, que não quer saber do resto do desporto, e o COP já vai em duas propostas um Plano Integrado de Desenvolvimento Desportivo e os talentos desportivos.

Enquanto Gilberto Madail definiu a sua saída e não voltou com a sua palavra atrás, há o risco do governo actual, estruturando-se para tudo e para nada em especial, continuar a fazer desporto em odres que materialmente nunca produziram resultados mundiais e ao nível do potencial desportivo de Portugal.

Conclusão
Existe uma margem de manobra que foi acautelada na elaboração dos estatutos e essa margem foi um acto de bom senso que pode permitir corrigir os passos dados.

A virtude estará na capacidade da futura liderança do IPDJ melhorar os estatutos agora apresentados.

O jogo continuar a estar nas mãos do governo. 

International Conference on Health Technology and Quality Management 2012

A quem interessar

International Conference on Health Technology and Quality Management 2012
3 e 4 de fevereiro - Lisboa, Parque das Nações

A Avaliação de Tecnologias em Saúde e a Gestão da Qualidade constituem áreas de intervenção estratégica no setor da Saúde, sendo ferramentas de apoio na definição e avaliação de políticas e na medição de resultados, potenciando deste modo uma melhor utilização de recursos, com a consequente melhoria da qualidade dos serviços prestados.

Com esta conferência pretende-se proporcionar um debate atual e profundo sobre as temáticas da Avaliação de Tecnologias em Saúde e a Gestão da Qualidade, integrando abordagens de diferentes áreas científicas e diversas práticas profissionais nacionais e internacionais.

Objetivos:
- Sensibilizar os participantes para a importância estratégica da Avaliação de Tecnologias em Saúde e Gestão da Qualidade e da relevância das suas aplicações, ao nível da Saúde;
- Estimular a produção científica nacional nestas temáticas quer na vertente teórica quer aplicada;
- Promover a divulgação dos recentes desenvolvimentos nas áreas da Avaliação de Tecnologias em Saúde e Gestão da Qualidade e suas aplicações na Saúde;
- Fomentar o desenvolvimento de trabalhos interdisciplinares.

Consulte aqui o programa em http://www.ichtaqm2012.estesl.ipl.pt/index.php/programa
Inscrições até ao dia 3 de fevereiro em: http://www.ichtaqm2012.estesl.ipl.pt/index.php/inscricao

FonteNewsletter N.º 195 - 2012-01-11, da Associação Portuguesa de Sociologia




Programa do COP para detecção de talentos

Eis o Protal do COP

Estatutos IPDJ

Eis o link dos estatutos do IPDJ


Como se faz legislação em Portugal

Poder & Associados diz PauloMorais no Correio da Manhã
No desporto como será?

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O PROIDD foi feito em 1990

I
Chamou-se Programa Integrado de Desenvolvimento Desportivo e o diminutivo foi uma sugestão de Manuel Boa de Jesus entre outras soluções discutidas sob liderança de Mirandela da Costa.

Teve dois volumes, o primeiro dedicado à produção de desporto português e à sua projecção para a década seguinte. O segundo volume incluindo outras medidas e áreas de intervenção integrantes do conceito de política desportiva ampla que o desporto de então beneficiou e que depois os partidos dos governos fecharam no direito ao serviço da política partidária.

Foi um documento de um período contraditório e um conhecimento desportivo ainda limitado e que depois cresceu na década seguinte e cresceu exponencialmente com o voltar do século.


II
A situação agora é diferente e isso não se nota na proposta de VM.

Uma coisa são as propostas dos blogues e dos artigos e outra é uma proposta visando objectivos de política de longo prazo para sustentação da acção do governo.

A sugestão de Vicente Moura de fazer um Plano Integrado de Desenvolvimento Desportivo levanta uma questão que era útil esclarecer:
  • Depois de duas décadas a trabalhar sem rede no COP e fora dele, porque se lembrou só agora de projectos do século passado. O Plano Dourado alemão tem meio século e o PROIDD duas décadas. O que é que garante que repetir modelos do século passado vai ser útil para o desporto português?
Talvez o acenar desta proposta esteja na tentativa de evitar ao governo alternativas que nunca foram usadas no passado e a ciência hoje suscita.

III
O que parece estar em curso é certa iniquidade da política desportiva.

Há pouco tempo foi dito que nenhum projecto estrutural seria feito na área do conhecimento do desporto.

Daí os três estudos de direito do desporto sobre o futebol profissional que afinal não eram só sobre o futebol e passaram a ser para o desporto com a equipa que daria o melhor ao futebol.

A propostas estruturais responde-se com o silêncio e afiançou-se que os três estudos foram feitos para responder às necessidades de projecção e desenvolvimento desportivo nacional.

Ainda os estudos não tinham sido publicados e já a proposta de VM aparecia no CND.

Colocam-se pessoas sem currículo relevante, as lideranças públicas e privadas escondem-se e fazem-se circular entrevistas sem nervo e sem futuro desportivo.

Não se faz frente às críticas surgidas na comunicação social aos estudos.

Desconhece-se o avanço das soluções e formulação de consensos a partir do contraditório da opinião pública.

Perguntar-se-á: Porque é que se apresentam os estudos publicamente se não se mantém o diálogo público e se formula a consensualização de princípios e de objectivos?



IV
  1. Face a este cenário nacional falta ao desporto português liderança, coerência e doutrina.
  2. Falta ao desporto a mão forte da doutrina, da capacidade de conceber e fazer cumprir um programa com o desporto na liderança unívoca, determinada e voluntariosa sem receio de fazer e de emendar os actos menos sucedidos.
  3. Falta ao desporto um líder capaz de trabalhar com uma doutrina.
  4. Falta ao desporto português um líder capaz de liderar uma equipa de capacidade de concepção de políticas desportivas para o século XXI.
  5. Falta ao desporto um líder capaz de agregar à sua volta questões tão contraditórias como o óptimo para o futuro e as necessidades sufocantes do curto prazo seja das federações mais pequenas às maiores como o futebol e o atletismo.
  6. Falta ao desporto um líder que leve atrás de si o partido, ou os partidos do governo e os ministros de todas as pastas relacionadas com o desporto.
Todos estes pontos estão relacionados. A falha de um, compromete-os a todos.

Os últimos mais de vinte anos demonstram essa enorme incapacidade nacional, apesar do desporto de hoje ser distinto para melhor, aparecendo a acumulação de coisas boas e tantas que custam a ser ultrapassadas.

Passaram-se seis meses os factos aí estão sem a liderança de uma doutrina e de um pensamento claro e insinuante que una o desporto e o país.

Quantos meses serão necessários para corrigir lapsos claros que aparecem e se acumulam?

O que é pior ter a criatividade e a ombridade de assumir o que se faz ou esconder e deixar arrastar o erro e o seu impacto na vida dos parceiros desportivos como tanto se faz no desporto português?

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Outra vez a emigração

À terceira é de vez.

O que Relvas não sabia:

"Em Portugal a emigração não é, como em toda a parte, a transbordação de uma população que sobra; mas a fuga de uma população que sofre."

Eça de Queiroz
In
Uma Campanha Alegre

As plataformas de entendimento que se podem construir

Sobre os três estudos do Governo, uma frase de Ricardo Costa no Record com a qual concordarei:
"Da sua leitura saliente-se o cuidado e o rigor dos textos, das estatísticas e dos elementos atendíveis nos países próximos, virtudes aqui e ali diminuídas pela superficialidade em algumas questões, que devem ser, agora, aperfeiçoadas com recurso a outros conhecimentos."

COP - Plano Integrado de Desenvolvimento Desportivo

Mão amiga disponibilizou o presente documento que aqui se publicita:










domingo, 8 de janeiro de 2012

O Futebol Finance procura uma nova equipa


Eis o apelo de colaboração de um site de finanças do futebol.
"O Futebol Finance completa dentro de um mês 4 anos de existência. O principal objectivo do fundador do projecto, foi desde sempre a pesquisa, análise e desenvolvimento de informação relevante sobre economia e finanças do futebol mundial. Para atingir esse objectivo, o projecto contou com uma equipa de apaixonados pelas finanças do futebol, que em conjunto desenvolveu conteúdos inovadores, que marcaram definitivamente os nossos leitores e abriram novas portas para a compreensão da indústria do futebol."

A decadência do futebol brasileiro

Artigo de José Pio Martins um economista brasileiro sobre o sexto lugar das suas selecções no ranking da FIFA

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Ainda a emigração

A propósito do ir, não ir, sair ou ficar:


Entre o partir e o ficar
Continuamente me vivifico.
Porque esta é a condição:
Entre quem fui e sou,
Já não há razão
Para sair donde estou.
Porque fico quando vou."


Afonso de Albuquerque

Não deitar fora a criança com a água do banho

Os três estudos do futebol profissional geraram um surto de críticas fortes nos órgãos de comunicação social, como o jornal Record e a revista Sábado, e que são úteis e devem ser analisados com atenção.

Por exemplo, o estudo da arbitragem apresenta uma posição jurídica útil e também insuficiente.

Parece insuficiente porque a constituição do grupo de trabalho ao conter apenas juristas e líderes desportivos condicionou as soluções que enriqueceriam a resposta de política desportiva.

Esse terá sido infelizmente o objectivo de política pública ao enformar apenas a resposta jurídica.

Tanto a arbitragem como as outras áreas tratadas exigem respostas complexas de outras áreas e necessitam de doutrina, de um paradigma que tarda a aparecer na presente legislatura e de espaços de debate.


Há que compreender também que a realização do estudo económico da arbitragem permite quantificar o impacto das decisões políticas não eficientes ou inexistentes como foi o caso de empurrar o problema para um espaço nebuloso de intenções vagas e não confessadas.

O mesmo acontece quando uma federação se propõe realizar determinado objectivo que coloca ao Estado e este recusa e corta uma percentagem significativa de regulação pública sem uma explicação cabal e sem medidas alternativas de sustentação de um objectivo de desenvolvimento sustentado para a modalidade.

Esta situação foi comum às modalidades e ao longo de décadas sem a melhoria da capacidade do Estado de qualificar a sua intervenção plural e estabilizadora de um futuro promissor para o sector.

Sem estudos económicos e sociais as federações perdem dinheiro, perdem apoios, perdem praticantes, perdem vitórias no alto rendimento, perdem uma relação qualificada com parceiros empresariais e muitas vezes envolvem-se em aventuras ou que colocam as suas direcções em dificuldades ou fazem perder margens negociais e de crescimento do seu negócio que se revelam a prazo significativas.


A opção nacional de cortar estudos socíológicos, económicos e de gestão está a matar o desporto português e esta legislatura comporta-se à imagem das opções da legislatura anterior copiando tiques e gestos de política desportiva que prejudicam o desporto português.

Há necessidade de mais estudos, de maior complexidade e de maior diversidade de conhecimento elevado nos grupos de trabalho formados.

O medo político é corrente no desporto português e afinal a incapacidade de formar grupos plurais de conhecimento desportivo é do decisor e não dos líderes dos grupos de trabalho que aceitaram a decisão.

É pouco provável que José Luís Arnaut, Leal Amado ou Paulo Cunha tivessem receio da constituição do respectivo grupo de trabalho.

O medo, o erro da opção univoca está noutro nível, está na decisão de política desportiva.


Face a esta fragilidade é natural que a opinião pública se atire violentamente aos estudos para preservação do sacrossanto livre arbítrio de contratar tudo o que a maior liberalidade quiser.

Os estudos devem ser preservados nos seus resultados positivos e outros estudos devem continuar a ser realizados.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Autismo-Economia


Os estudantes franceses de Economia, em 2000, revoltaram-se com a forma como a matéria era ensinada nas Universidades e resolveram abrir o blog Autisme-economie.org  para transmitirem as razões do seu descontentamento, explicando os fundamentos do ápodo economia-autismo.

Para este combate, inseriram um artigo, traduzido do alemão, onde se explica  Pourquoi nous avons besoin d’une approchepost-autistique de l’économie.

Para quem interessar a leitura e quiser fazer outras abordagens a propósito.

Emigração à portuguesa

O Secretário de Estado da Juventude e do Desporto mandou os jovens emigrarem.
O Primeiro Ministro mandou os portugueses procurarem  emprego no estrangeiro.
Logicamente que o Pingo Doce foi instalar-se na Holanda para dar emprego aos portugueses.
Agora, os jovens e os desempregados já sabem para onde emigrar.
Está tudo em consonância, mas com os papeis invertidos.
O Governo deveria ter convidado os empresários a instalarem-se em países com impostos mais suaves.
Depois publicariam no Diário da República a lista das empresas portuguesas com indicação dos países em que estariam sediadas, com incentivos aos jovens e desempregados que quisessem emigrar.
Cumprir-se-ia então a premonição de Eça de Queiroz de que este país tenderia a desaparecer do mapa porque:
Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o Estadista. É assim que há muito em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso…

O Estado prejudicou os árbitros e a Liga de Clubes de Futebol. O Estado devia indemnizar.

Quando em Maio de 2007 a Liga de Clubes liderada por Hermínio Loureiro apresentou o projecto técnico e económico da profissionalização da sua arbitragem ficou demonstrado que havia condições para o projecto avançar.


A SED na altura recusou o projecto e em 2011 decide fazer um estudo jurídico sobre a matéria cujos resultados foram que nada de substancial havia a fazer nesse domínio.


Portanto, a conclusão do Grupo de Trabalho da Arbitragem profissional sugere que o projecto desde há 4 anos tinha pernas para andar e não tinha 'perna curta' como então disse o responsável público.


Quem foi prejudicado?


Foram os árbitros que ficaram sem um instrumento de racionalidade e perdeu o futebol profissional porque a arbitragem teve de resolver com instrumentos antigos os desafios já conhecidos então e tal foi aproveitado por algumas entidades desportivas para procurar diminuir o projecto, nomeadamente através da crítica tantas vezes gratuita à actuação dos árbitros no terreno de jogo.


Quem ganhou com esta situação?


Há dificuldade em dizer quem ganhou com a confusão que se manteve e é de recusar aceitar que a decisão de política desportiva do SED face à decisão correcta do presidente da Liga de Clubes de futebol seja um ganho desportivo ou económico.


Alguém devia pagar uma indemnização aos árbitros e e ao futebol profissional.


Qual foi o prejuízo monetário dos árbitros e da arbitragem?


Os árbitros terão perdido um valor acumulado entre 20% e 30% dos seus ganhos anuais, avaliados em algumas dezenas de milhares de euros de rendas perdidas, considerando que entre o estudo e a decisão concreta haveria sempre uma variação.


Quais são os outros prejuízos nacionais com a negação da profissionalização da arbitragem no futebol?


Terá havido perda de postos de trabalho de outras profissões que o projecto integraria e perda de ganhos financeiros de todo o negócio do futebol profissional que ganharia com a profissionalização da arbitragem.


Esta história é um paradigma da forma de fazer política desportiva e que enquanto erros do passado se podem hoje avaliar e enquanto erros actuais que estão a ser cometidos muito próximos dos aqui descritos.


Como se prova não é criticar por criticar como tanto tem sido dito primeiro pelas pessoas que estiveram no poder e agora é dito de pessoas que trabalham e se expressam com verticalidade e que pelas suas palavras frontais são prejudicados e também é prejudicado o desporto português e muitos dos seus parceiros.

Porque é que a Economia é Social ?


A economia é muitas vezes apresentada como uma “caixa negra” que só os especialistas conhecem e são capazes de decifrar. Com o título Porque é que a Economia é Social?, o Prof. José Reis, no dia 21 de Janeiro, propõe-se desmistificar esta ideia e discutir a sua imbricação com a sociedade, integrado no curso Questionando os Olhares sobre o Real – O Rumo do Fumo, a realizar nos dias 14, 21, 28 de Janeiro e 4 de fevereiro, entre as 15h00/18h00, em Lisboa, no Edifício Fórum Dança (LX Factory, Rua Rodrigues Faria, 103, Alcântara).

Quem ainda estiver interessado em saber «Porque é que a escola continua a reproduzir desigualdades?», a Prof.ª Cristina Roldão explicará, no dia 4 de Fevereiro, as razões porque, apesar de se ter percorrido um longo caminho na promoção da igualdade, em Portugal, como noutros países, são evidentes as desigualdades sociais no acesso à educação. Discutir-se-ão algumas pesquisas que têm procurado “desocultar” esses fenómenos, especialmente as de Pierre Bourdieu, mas também outras mais próximas da escola dos nossos dias.

Os interessados poderão inscrever-se: 21 342 89 85 ou forumdanca@forumdanca.pt

Mania das grandezas


Como bem nos retratou Eduardo Lourenço, o português sempre teve a mania das grandezas.
O jornalista  Aritz Gabilondo, do jornal desportivo espanhol As, em 21.12.2011, deu-se ao trabalho de indagar, e descrever, quais os custos de hotelaria, de cada selecção concorrente ao Euro-2012.
A lista completa das selecções, hotéis e custos diários, vem demonstrar uma vez mais que o provincianismo lusitano criou raízes:

1. Portugal Opalenica  33.174 euros
2. Rússia Varsovia   30.400 euros
3. Polónia Varsóvia   24.000 euros
4. Irlanda Sopot   23.000 euros
5. Alemanha Gdansk   22.500 euros
6. Checa Wroclaw   22.200 euros
7. Inglaterra Cracovia   19.000 euros
8. Holanda Cracóvia   16.200 euros
9. Itália Wieliczka   10.500 euros
10. Croácia Warka   8.300 euros
11. Dinamarca Kolobrzeg   7.700 euros
12. Espanha Gniewino   4.700 euros