quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Luís Fábrica de Direito da Católica pergunta, no jornal Dinheiro Vivo:


"Mas com todas estas saídas, continuamos a ter funcionários públicos a mais? Ou começamos a ter funcionários públicos a menos?
Esta dupla questão parece pertinente e razoável, mas de facto não o é; ou não o é enquanto não se assentar num critério para aferir o número desejável de funcionários públicos. Ora, a escolha deste critério é, em larga medida, uma opção política.
Simplificando drasticamente o problema, pode começar por definir-se quais as funções sociais que devem ficar a cargo do Estado e a partir daí determinar o número de funcionários necessário e suficiente para levá-las a cabo. Ou pode, diversamente, começar por definir-se qual a parcela dos impostos, ou a parcela da despesa pública, ou a parcela do PIB que se pode afectar aos salários da Função Pública e depois ajustar correspondentemente o número de funcionários – e se ficarem funções sociais relevantes por satisfazer… paciência.
Por convicção ou, mais provavelmente, por força das circunstâncias, o Programa do Governo inclina-se para a segunda opção: “Redução do peso do Estado para o limite das possibilidades financeiras do país” – que é como quem diz: “haverá excesso de funcionários se não conseguirmos pagar-lhes”."

Eu optaria por uma outra questão mais económica para aferir a viabilidade e a dimensão do funcionalismo público:
  1. Qual a eficiência das organizações públicas? 
  2. O dinheiro público investido é bem gasto?
  3. O produto dos bens públicos é custo eficiente?
  4. Em concreto, as organizações e empresas públicas são produtivas e competitivas com congéneres europeias? 
Sem olhar à relevância económica da matéria podem fazer-se conjecturas como as da capacidade do limite do défice e contribuir como antes se fazia ao sangrar o doente.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

S I R C


Um instrumento útil para tomar conhecimento de todos os Congressos, Seminários, Simpósios, Reuniões Internacionais ou Mundiais, de eventos relativos a, ou relacionados com, Desporto, Ciências do Desporto.

Esta instituição canadiana, criada em 1973, sedeada em Ottawa (Canadá) está em permanente actualização e envia gratuita e regularmente todos os calendários dos referidos eventos, bastando para o efeito comunicar o e-mail quando entrar no site.

I Congresso de História e Desporto



31 de maio e 1 de junho de 2012

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade Nova de Lisboa

Organização
Grupo de História e Desporto, do Instituto de História Contemporânea (IHC) da Universidade Nova de Lisboa, em parceria com o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra – CEIS20.

Estrutura
Congresso de cariz internacional, com conferencistas convidados, aceitando-se comunicações em português, inglês, espanhol e francês. 

Objectivos
O Grupo de História e Desporto reúne investigadores de diversas instituições com o objectivo de promover a cooperação, a investigação e a divulgação de estudos, assim como a realização de actividades sobre História e o Desporto no contexto nacional e internacional. O interesse pelo Desporto e pela sua História está longe de corresponder, em Portugal, a uma actividade prolífica em termos de iniciativas que promovam a investigação neste campo e o contacto entre investigadores, bem como a difusão de conhecimentos e saberes.
O Grupo de História e Desporto assumiu o desenvolvimento de diversas iniciativas, quer a nível editorial quer organizativo, incluindo a realização de um congresso anual. Pretende-se que esse congresso constitua um contributo para a discussão e aprofundamento de matérias ligadas à História e ao Desporto, elegendo anualmente uma determinada linha de investigação que, em 2012, será o Olimpismo.

Tema
Em ano de Jogos Olímpicos (Londres-2012) e em que se comemora também o centenário da primeira participação de Portugal numa Olimpíada (Estocolmo-1912), o I Congresso de História e Desporto será dedicado ao Olimpismo, nas suas múltiplas facetas: desportivas, sociais, económicas, políticas, jurídicas, éticas, de género, mediáticas, culturais, organizativas, entre outras.

Call for papers
As propostas de comunicação devem ser apresentadas num texto máximo de 500 palavras e ser acompanhadas por três palavras-chave. Os proponentes deverão juntar uma breve nota biográfica, assim como indicar a respectiva filiação institucional e contactos do autor ou autores (email e telefone). Aceitam-se comunicações em português, inglês, espanhol e francês.

Endereço para o envio de propostas: historia.desporto@gmail.com

Calendarização
. 20 de abril – data limite para a submissão de propostas de comunicações.
. 3 de maio – comunicação sobre a aceitação de comunicações.
. 10 de maio – divulgação final do programa.

Valor da inscrição: 25 euros e 10 euros (estudantes)

Comissão organizadora
Francisco Pinheiro, CEIS20 da Universidade de Coimbra
João Tiago Pedroso de Lima, NICPRI da Universidade de Évora
Manuela Hasse, Faculdade de Motricidade Humana, Universidade Técnica de Lisboa
Maria Fernanda Rollo, IHC/FCSH da Universidade Nova de Lisboa
Nuno Miguel Lima, IHC/FCSH da Universidade Nova de Lisboa
Rita Nunes, Academia Olímpica de Portugal/Confederação do Desporto de Portugal

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Congresso da História do Desporto

Para melhor leitura ver os seguintes contactos:

http://congressodehistoriaedesporto.blogspot.com
http://www.ceis20.uc.pt
http://ihc.fcsh.unl.pt/
http://www.facebook.com/ihc.fcsh.unl

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Financiamento das grassroots

A União Europeia desenvolveu o estudo que se encontra no seguinte link.

Acompanhei o início do estudo por solicitação internacional.

É um estudo sobre a realidade desportiva europeia que é interessante acompanhar.

Há questões que no início se colocavam e que tendo sido afloradas o desenvolvimento do trabalho tomou outra direcção.

Hoje essas questões estão mais claras e procuram-se novas respostas mesmo fora do quadro da própria União Europeia.

Portugal está em jogo como faz o Sporting, e muitas vezes o Benfica para não dar outros exemplos, que é a olhar para si e achar normal ter 37 treinadores em 30 anos.

Muitas vezes queremos encontrar uma fotografia essencial dos nossos erros nacionais e eis que ela aparece em toda a sua pujança e quase passa despercebida.

A minha hipótese de análise é que este indicador quantitativo vai ao âmago das nossas contradições desportivas.

O humor dos investigadores franceses para com Portugal ao colocá-lo no grupo arco-íris é algo semelhante ao grupo pigs a que quiseram retirar o carácter ofensivo.

É mais um relatório a sugerir que estamos no território de ninguém.

A entrevista da nossa grande basquetebolista Ticha Penicheiro

Nas páginas de A Bola de 25 de Fevereiro e condução de Nuno Vieira estão as palavras de uma atleta na fase madura da carreira.

Os capítulos principais são:

  1. A aventura turca de uma globetroter
  2. Uma lição em Portugal
  3. Algo mais do que um sonho
  4. Traição imperdoável
  5. No futebol um dia destes
  6. Das cartas à Internet

Muito importante uma nova aplicação para IPAD


O choque do autocarro dos adeptos polacos

Pedro Lains posta sobre esta ocorrência.

Entrevista do Secretário de Estado do Desporto e da Juventude

Ver no Jornal A Bola conduzida por Martins Morin, página 26.

Tem 4 subtítulos:

  1. Mais ética para não termos de pensar na repressão
  2. Para uma justiça célere e mais barata
  3. Estado quer ajudar no totonegócio
  4. Reforma legislativa só depois dos Jogos Olímpicos

A realidade não pára

Tive um enfarte grande e muita sorte, porque uma jovem doutora do INEM fez tudo bem como reconhecido pelo cirurgião que me operou.

Agradeço, aos que tiveram conhecimento da ocorrência e me contactaram, as suas preocupações e votos de melhoras.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Observatórios do Desporto em Barcelona

O Observatori Crític de l'Esport é dinamizado por um conjunto de investigadores e profissionais ligados ao mundo do desporto procedentes da Universitat Autònoma de Barcelona e do Ajuntament de Barcelona.

Apresenta uma série de recursos com caráter social que podem ser utilizados pelos diferentes agentes intervenientes no fenómeno desportivo (desde professores a treinadores, de pais a gestores).

Além da produção própria (ver blocos temáticos para as famílias) e da organização das temáticas tratadas em formato de mini-curso, é possível também encontrar a recolha de diferentes videos, notícias, publicidades, ações e publicações várias que sustentam o reconhecimento da prática desportiva como eixo fundamental do desenvolvimento e coesão social e como factor operante na construção de cidadania. É também possível encontrar relatos de experiências e contributos levados a cabo por profissionais do sector no âmbito municipal e escolar.

Desde 2006 existe também o Observatori Català de l'Esport. Sediado no INEFC de Barcelona e dinamizado por professores dessa instituição (cuja propriedade é da Generalitat de Catalunya - Governo Catalão) e técnicos da Secretaria General de l'Esport (Departamento de Desporto da Generalitat), o Observatori Català de l'Esport recolhe, trabalha, apresenta e divulga dados sobre a realidade desportiva naquela comunidade com referências à participação desportiva, aos espaços de prática, ao financiamento, aos resultados competitivos ou à formação dos diferentes agentes desportivos. Consiste ainda num amplo centro de recursos relativamente às publicações existentes (muitas delas de produção própria) abordando conceptual ou estatísticamente estas temáticas.

É também uma ótima referência relativamente à agenda das diferentes atividades, além de informar acerca de grande parte da produção académica publicada ou levada a cabo sob o formato de grupos de investigação, seminários, congressos, jornadas, mesas redondas ou foruns de discussão.

Estes Observatórios são projetos com grande força institucional mas que, no entanto, observam o desporto sem qualquer postura demagógica ou propaganda política, tal como é, aliás, apanágio do contexto em causa. Para além do mais não existem apenas já que a sua atividade é muito regular. Representam assim aquilo para que foram criados: a observação da rede desportiva a partir de uma perspetiva séria, autêntica e independente.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

SALA DE LEITURA


Embora de 1997, a editora PUF, Paris, publicou Le jeu. De Pascal a Schiller, de Colas Duflos, e cuja leitura está acessível.

A fim de suscitar algum interesse insere-se o Índice, para uma apreciação subjectiva da obra.

Índice

    5.    Introdução
  13.    La thémastique du jeu jusqu’au XVIIIe siècle
  55.    Le siècle du jeu : l’autoportrait du jouer au XVIIIe siècle : l’«Histoire de ma vie» de        Casanova
  71.     Légalité et invention, ou comment Kant prèpare Schiller
  91.     Les «Lettres sur l’éducation esthétique de l’homme» de Schiller
115.     Textes
               1 – Leibniz, Drôle de pensée (extraits), 115
               2 – D’Alembert, article «Bassette» de l’Encyclopédie, 124
               3 – Kant, Réflexions 987, 125 


A 'batota' do direito e da política no desporto

O facto da falta de princípios e de arbitragem competente na política desportiva leva a que os actos do direito e da política torçam o jogo à sua feição.

É vê-los a falar de ética, podia lá ser de outra forma, ao mesmo tempo que os dados da produção desportiva soçobram.

Conseguem separar a ética dos actos de política e discursar três metros acima do chão sem darem conta da situação. Os projectos de ética são importantes como todas as leis de corrupção, violência e sobre as claques quando o cortejo das claques do Benfica, Sporting e Porto são uma vergonha nacional e possivelmente sem igual na Europa desenvolvida. Barcelona e Real Madrid encontram-se assiduamente e não há nada parecido com o hooliganismo dos clubes e dos polícias portugueses.

Magnificamente quem está em cima do pote agarra-se a ele com as duas mãos defendendo-se com os pés, o que deixa pouco espaço para a ética e a razão.

'Sem papas na língua' Mário Soares fala da pior geração de políticos europeus e Bagão Félix da 'proletarização da classe média' no Jornal de Negócios. Aos nossos juristas e políticos do desporto estas palavras sábias passam ao lado e não lhes dizem nada.

A batota é economicamente ineficiente e insustentável e socialmente prejudica os grupos mais frágeis e os carenciados. Contribui para o empobrecimento do desporto e do país. O facto de ser possível fazer a batota e não ser directamente sancionado oferece a oportunidade para todos os desmandos, mesmo depois de se ter chamado 'aos berros' 'malandro' ao predecessor.

As nossas federações e intelectuais descrevem milagres e quimeras desportivas na comunicação social especializada 'voando' baixinho como o crocodilo de Krutchev, fazendo por ignorar que o facto de Portugal estar na Europa existem princípios e 'regras de ouro' a respeitar sob pena de não acompanhar o passo.

Portugal vive amarrado à conquista do ouro desportivo com  'pés de barro' sem ter a elevação de conquistar ouro com 'cabeça, tronco e membros' como sói dizer-se.

É natural que o direito e a política do desporto se sintam ofendidos por se sugerir a batotice.

Têm uma solução simples que é 'ir a jogo'. Domingos diz que não gostou do que disseram dele e vai a tribunal.

Fugindo ao radicalismo e considerando o óptimo do desporto nacional há condições de competição, com regras de jogo bem claras, que permitem julgar o campeão.

Não usar o mecanismo da competição com regras claras e aberto a quem queira participar é o uso e o costume do direito e da política no desporto português.

Órgãos, organismos, conferências, grupos de trabalho e blogues bem fechados são disso exemplo.

Obviamente que no desporto português haverá bom direito e boa política! A esses não se dirigem estas palavras.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Apostas Desportivas


Respigo do diário desportivo español “Marca”, de hoje, duas tiras:

“Marcelo, Pepe, Granero y Adán  participaron en un clínic con la marca Bwin. Tras el evento, los futbolistas blancos atendieron a la página web de esta empresa austriaca para analizar las perspectivas deportivas del equipo. "Cada día somos más fuertes", comentaron.

(…)

“Gracias a Bwin, varios aficionados del Real Madrid se ganan la oportunidad de entrenarse un día en Valdebebas junto a sus ídolos, como Marcelo, Granero, Pepe o Adán.



Depois temos a Inter Apostas para os apostadores da União Europeia tentarem a sua sorte, porque as apostas via net não têm fronteiras. Mas como a Inter Apostas não aparece nas camisolas dos jogadores, nem pagam publicidade aos clubes o Estado fecha os olhos como fecha ao Bwin, o que significa ser uma pessoa de bem porque, além de não dar aos clubes ainda os proíbe de receber. Como se a publicidade da cerveja nas camisolas obrigasse as pessoas a bebê-la.

A contradição deste infantilismo político de proibir o desnecessário – proibir a propaganda das apostas no meio desportivo, e coarctando uma fonte de receita aos clubes, à Liga e às Federações, depois de os incentivar a procurarem-na, só podia ocorrer em Portugal, para a manutenção do atraso desportivo, mas com a vantagem dos ganhos em matéria de direito desportivo, porque as normas jurídicas, em vez de estimularem o desporto, cortam-lhe as pernas.

Portanto, na gloriosa União Europeia, os espanhóis, como não pensam da mesma maneira, ficaram a ganhar com a manutenção da publicidade, mas os portugueses perdem porque continuam a escolher mal os seus governantes… porque, além de governarem mal fazem alarde disso ostensivamente como se vê aqui.

O Ronaldo quer ganhar o dobro, passando de 13 milhões para 27 milhões

É uma proposta, um desejo de uma estrela galáctica, que se aceita mas que se poderá considerar como exagerado.

Existe uma regra dos rendimentos marginais decrescentes que nos dizem que a cada novo investimento alcançamos um acréscimo de rendimento cada vez menor.

Sendo Ronaldo um dos melhores do mundo, e mesmo o melhor a marcar golos, os seus benefícios são cada vez mais pequenos e o mais certo é ter atingido o topo de uma curva de rendimento que deverá começar a decrescer.

Há uma excepção que é a possibilidade do Ronaldo ir para outro mercado como o americano ou o árabe e aí conseguir o valor enorme que pretende.

Porém, na Europa pode considerar-se que Ronaldo estará a atingir o seu máximo de rendimento marginal e tenderá a ficar à mesma distância que actualmente tem para os seus desejados 27 milhões.

Ele já marca mais golos do que qualquer outro jogador europeu. Não faz sentido marcar o dobro dos golos. O que pode acontecer é haver uma alteração de produto e de mercado e aí com consumidores renovados Ronaldo ganhar o seu dobro.

O Sporting como exemplo

O caso do Sporting é exemplar das dificuldades do desporto profissional.

O Sporting é demasiado grande para falir como o BPN e os exemplos do Estrela da Amadora, do Farense, do Boavista e do Salgueiros não serão seguidos para os lados do Visconde de Alvalade.

Recorde-se que no Euro2004 o clube não conseguiu uma via consensual para um estádio único com o Benfica e hoje observa-se como em 30 anos o clube terá tido 37 treinadores.

Tinha à sua frente um grande empresário o que outros clubes portugueses não seguem.

Não há razão para o Benfica e o Porto se rirem.

A falência permanente do Sporting entra-lhes nos bolsos dos tesoureiros.

Tomemos o caso diferente dos clubes mais ricos do mundo.

Barcelona e Real Madrid rivalizam e por cada jogo perdido ou ganho, tanto faz, as torneiras despejam milhões de euros para os bolsos dos respetivos tesoureiros.

O Desporto português necessita de um Modelo, necessita de Princípios para não falir lentamente.

Nos últimos meses assistiu-se ao tratamento de várias questões em soluções separadas que visaram o futebol profissional e todas são distintas e não ligam com as soluções para o problema do lado que aflige o mesmo negócio desportivo.

Destruir o Sporting deixando-o enrodilhado nos seus problemas e contradições e sem a criação de políticas desportivas estruturais como tem estado a ser feito é a solução que faz mal a tudo e a todos.

Mas quem sou eu para ter razão ao dizer que a política desportiva portuguesa é ecomicamente ineficiente há várias décadas?

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

É possível aumentar o produto desportivo

Mas o potencial do produto desportivo apenas se conseguirá com o máximo envolvimento de todos os factores.

Respeitando as pessoas é possível dizer que as medidas de política desportiva actuais possuem constrangimentos que são significativos.

Conto a prazo fundamentar as afirmações críticas que tenho colocado neste blogue e no Colectividade Desportiva baseadas principalmente em princípios económicos.

Nos próximos tempos irei escrever menos para o blogue e mais noutros projectos em que estou envolvido.

Há pessoas a fazer o seu melhor e este seu melhor é inferior ao óptimo. Há mérito em fazerem o seu melhor mas o desporto necessita de 'mais alguma coisa' como a 'Madama'.

Hoje discuti com algumas pessoas a realidade do Sporting e é interessante como as consequências do Sporting são tão importantes nacionalmente.

Isto é fácil dizer e é possível demonstrar.

Em Portugal não há condições para o sustentar publicamente e de forma relevante.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Monti chumba candidatura aos Jogos Olímpicos de 2020


Com a devida vénia junta-se o artigo da TSF

"Publicado hoje às 18:24

O governo italiano, chefiado por Mario Monti, negou esta terça-feira autorização à apresentação da candidatura de Roma aos Jogos Olímpicos de 2020, devido à crise económica.
No final de um Conselho de Ministros, Monti considerou uma irresponsabilidade gastar verbas com a candidatura olímpica e manifestou a indisponibilidade do governo para disponibilizar a garantia financeira exigida pelo Comité Olímpico Internacional (COI).
Monti elogiou o projeto apresentado pelo comité de candidatura, mas referiu que o executivo não está em condições de assumir «um compromisso financeiro» que poderia pesar nas finanças do país.
«O COI pede que o governo do país da cidade candidata assuma um compromisso de garantia financeira e se comprometa a cobrir eventuais défices. O nosso governo refletiu e chegou à conclusão unânime de que seria irresponsável assumir este compromisso», disse Monti.
Roma, que já recebeu os Jogos Olímpicos em 1960, fica fora da corrida a 2020, na qual estão as cidades de Madrid, Doha, Istambul, Tóquio e Baku.
As cidades candidatas devem entregar ao COI até quarta-feira informação sobre financiamento governamental e dados detalhados sobre temas como alojamento, transportes, serviços médicos, entre outros.
De acordo com as previsões, os Jogos Olímpicos teriam um custo de 9,8 mil milhões de euros, dos quais 8,4 seriam suportados pelo estado italiano. "


Uma vez que a Itália não avança, será esta a oportunidade de Portugal defender a Europa?

Madrid quando vir que Lisboa se candidata, desiste, alegando coisas como o momento ou outras razões equivalentes.

Há quem garanta que os Jogos Olímpicos dão lucro, até cita artigos económicos enquanto outros afirmam aos jornais que os entrevistam que tem tudo pensado e que os Governo é que não querem!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Das praxes improváveis ao judo para os funcionários lidarem com os alunos

Mão amiga fez-me chegar o texto do blogue Rerum Natura que por sua vez se inspirava no DN de hoje 13 de Fevereiro o qual relatava o treino em judo dos professores e funcionários das escolas.

Assiste-se em escolas superiores à existência das praxes escolares que imbecilizam os alunos mais novos e mais velhos e a impotência para lidar com esta situação, inclusive por parte de professores e das direcções das faculdades e escolas superiores de desporto.

Todos os inícios de ano faço a minha prelecção acerca das praxes e da dificuldade que as pessoas mais inteligentes do país e que dão aulas nas universidades têm em transformar as praxes inculcando-lhes conteúdos onde a ciência, a cultura e o desporto seriam o conteúdo de excelência.

Esta dos professores fazerem judo para lidar com as crianças dá que pensar...

Enfim, tenho as minhas dúvidas. Quando o país soçobra, o desporto federado, o desporto escolar e a educação física são fracassos mais do que conhecidos e não sabendo ninguém para que serve o desporto socialmente passamos a praticar judo para defender-mo-nos do outro.

Vão-me desculpar mas não vou lá!

Obviamente vou recomendá-la aos alunos como oportunidade de negócio perversa das maleitas da sociedade portuguesa. Dinheiro é dinheiro e se tiverem de empreender um projecto empresarial neste domínio seria errado não aproveitar a procura social de aulas de judo para os professores e os funcionários se defenderem dos alunos porque a escola e o sistema de ensino abriram falência à imagem do país.

Há ainda uma outra hipótese que é afinal a das pessoas que sempre tiveram um interesse em aprender a nobre arte do judo e que aproveitam a oportunidade para cumprirem esse desígnio antigo.

Tudo bem, conviria colocar os 'pontos nos is'...

A destruição do mercado do desporto em Portugal

Alguma da destruição do mercado privado nacional faz-se em nome da ineficiência das políticas públicas.

Critica-se o Estado porque ele é ineficaz na atribuição de subsídios e capitais públicos aos agentes privados.

Porém, essa ineficácia é a pedido e exigência privados.

No final são os próprios a dizer que o Estado falha ou a propor-se para novas soluções tão milagrosas como foi a atribuição dos capitais públicos.

A ineficiência está na existência do modelo de governação que permite estes comportamentos e resultados e é incapaz de se pensar como sistema e modelo de ética e de eficiência.

A consequência é a destruição do mercado do desporto que se observa na incapacidade de aproximação ao ritmo e médias europeias.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A procura da materialidade do desporto português

I
É pouco, 'não dará para o tabaco', aquilo que as multinacionais de auditoria financeira e empresarial ganham com o desporto. Estas empresas com a realização de auditorias a projectos, empresas e sectores da actividade económica nacional ganham muitos milhões de euros o que é distinto das dezenas de milhares que ganharão com o desporto.

As grandes empresas quando chegam trazem o modelo que venderam ao responsável político e pedem elementos de conhecimento desportivo e ganham sem investimento essas valias para outros voos. As universidades sabem que estes contratos que os políticos do desporto facultam têm duas consequências:
  1. apropriam-se da informação específica do sector através do trabalho dos especialistas da administração pública e dos trabalhos escolares.
  2. passam a vender como detentores de conhecimento e investigação própria, o que não é verdade.
É significativo o mal que fazem ao desporto.


II
Uma das soluções dos governos no desporto foi colocarem representantes destas empresas no CND e contratarem mais.

Com este comportamento os políticos do desporto secam a possibilidade de investigação ligada ao processo de política desportiva e canaliza para fora do desporto recursos que deveriam ser investidos nas faculdades e escolas de desporto e para investigadores de reconhecido mérito em Portugal e no estrangeiro.

Mas os políticos do desporto em Portugal fazem mais: tornam proscritas áreas do conhecimento desportivo como as ciências sociais usando apenas a ciência do direito e a ciência da política para a feitura das medidas de política desportiva.

Outras características negativas poderiam ser indicadas.

Este comportamento tem um impacto negativo crescente como se observa com a falência de inúmeras organizações desportivas, a  destruição do capital desportivo acumulado ao longo das décadas e a divergência do desporto português da média europeia.

No estrangeiro a situação é competitiva por parte das universidades e destas empresas e a posição dos políticos acaba por permitir melhores resultados para o desporto.


III
O artigo do jornal i sobre 'Financiamento estrangeiro. Quanto vale um cientista que vale milhões?' sugere como a situação da ciência em Portugal se está a alterar rapidamente para melhor enquanto no desporto se actua ao longo das décadas sempre da mesma forma sem nada aprender e sem nada beneficiar o desporto e os seus parceiros privados.

A Ciência mostra ao desporto como formar campeões coisa que o desporto soçobrou em inúmeras dimensões.

A diferença entre o mercado da ciência e o mercado do desporto é que o primeiro, muito graças ao trabalho de Mariano Gago, se transformou num mercado competitivo e estimulante, enquanto o segundo se transforma para pior num mercado ineficiente e fracassado onde os problemas vão surgindo e acumulando diariamente na ausência de informação, ciência e investigação nova.


IV
Há mais do que um agente a actuar com irracionalidade o que contribui para a falência actual do desporto.

Mirandela da Costa depois da primeira lei de bases e do PROIDD deixou um conjunto grande de contributos de política desportiva e igualmente problemas não resolvidos.

O PROIDD não avançou e a lei de bases foi feita mais duas vezes e agora está a ser refeita às partes que se relacionam com a parte que melhor eco possui.

Em 1997 começa a corrida para o Euro2004 e em 2006 assiste-se aos primeiros sinais de abrandamento do produto desportivo.

Hoje a crise da produção desportiva nacional é evidente e só se vêem projectos parcelares, foi dito que o todo não seria analisado e algumas partes só nos finais de 2012 com a nova direcção do COP (estarei a dizer bem?).

Não há razão para actuar desta forma se se tiver um modelo assente em princípios fortes integradores do todo e potenciador do desporto nacional.


V
A investigação científica é mais necessária do que nunca e trabalhar apenas com empresas com capacidade tremenda de lobing é cómodo e pode ser mortal como demonstra a crise financeira de há alguns anos a esta parte.

É interessante ver o desporto português a procurar a resposta nos lobies financeiros quando a ciência e a cultura nacionais dão cartas com outra forma de actuação centrada nos seus princípios e na determinação dos seus agentes.

O erro pré e pós-Euro2004 foi tratar do evento e não do desporto.

Esse erro esteve nos estudos feitos que olharam para a actuação do Estado tendo com preocupação salvar-lhe a face perante o megaevento que tinha sido assumido.


Conclusão
Sufocar a investigação desportiva quer através da captura pelo direito da política desportiva, quer pela aceitação da captura da investigação desportiva pelas empresas sem capital de conhecimento específico é um erro que prejudica o desporto e todos os que nele trabalham.

Se de facto este modelo funcionasse então o produto desportivo nacional seria o dobro daquele que é hoje desportiva, económica e socialmente.

Com um produto duplicado também os estudos, as auditorias e todos os serviços teriam o dobro da dimensão actual.

Há portanto que actuar sobre os procedimentos de política desportiva do passado que se mantêm e que são causas e não consequências sobre os quais urge actuar para que todos beneficiem e inclusive as empresas, políticos e pessoas do direito deixando outras áreas darem o seu melhor como acontece na ciência.

As palavras críticas alemãs têm um significado

Significam que os alemães estão preocupados com o que os políticos portugueses fizeram ao dinheiro que a Europa e os alemães para cá mandaram.

Houve um desperdício que entra pelos olhos adentro com o resultado a ser a bancarrota e a divergência económica e social europeia.

As palavras dos alemães sobre a forma de fazer negócios e de investir dos portugueses significam uma crítica pública mundial aos políticos portugueses.

Estes viveram num paraíso com a Europa a colocar rios caudalosos de dinheiro e a aplicação nacional ser sem ética e sem sentido económico.

Os políticos portugueses acordaram agora com a crítica alemã à Madeira a sugerir que o emprestador se preocupa com o desbarato do dinheiro que para aqui envia e que as opções estão a levar ao declínio de Portugal.

Havia que parar essa crítica e a classe política levantou-se antes que chegasse no continente.

A bancarrota tira autoridade e legitimidade ao político português.

Atrás do seu castelo de comportamentos excessivos e leis iníquas os nossos políticos bem podem esbracejar e gritar que não é justo o estrangeiro mandar em Portugal.

Não nos iludamos o malvado estrangeiro tem razão e o desastre que está bem definido e nos entra pelo nosso bem-estar, ameaçando o nosso futuro, tem de acabar.

Marcelo Rebelo de Sousa diz que Angela Merkel não sabe do que fala.

Era melhor que Marcelo fosse mais explícito e clarificasse como ele sabe fazer aquilo que os alemães têm toda a razão criticar os políticos portugueses.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Vamos assumir os nossos candidatos a Londres 2012!

Tenho-me batido pela transparência da candidatura de Portugal à conquista de medalhas olímpicas. Os frutos alcançados antes de 2008, devido ao crescimento de longo prazo dos resultados e das condições de produção do alto rendimento nacional, levaram o Estado e o associativismo desportivo a definir as 5 medalhas para Pequim.

Esta medida de política desportiva foi correcta mas inconsequente.

Um líder desportivo que se tinha afirmado à beira da reforma viu os resultados desportivos que esperava não acontecerem e em vez de sair como tinha prometido. Fez aquilo que eventualmente sempre tinha pensado e que era não se reformar, deixando para o desporto português e os seus atletas uma péssima imagem.

Os líderes desportivos privados intuíram que o momento não era de reformas profundas perante uma opinião pública crítica de todo o sucedido e pouco condescendente para com o desporto que se viu 'atirado à feras'.

A inconcequência do processo foi a do Estado incapaz de reafirmar propósitos éticos, chamar os bois pelos nomes e assumir um projecto desportivo inovador com determinação.

Com as dificuldades surgidas nas diferentes crises social, orçamental, económica e financeira para além do abrandamento do produto desportivo nacional, cujos resultados se fizeram sentir a partir de 2006, levaram em 2008 à formulação da negação de candidatura na conquista de medalhas olímpicas.

Os centros de alto rendimento cujo investimento se acentua são soluções como os estádios de futebol a que falta a definição de princípios e de objectivos de longo prazo.

A indefinição das medalhas é incorrecta porque tem consequências gravosas para a concepçâo da política desportiva, para a sua execução e para a imagem do próprio desporto.

Há hoje atletas capazes de alcançar medalhas quer pela sorte, como aconteceu em Atenas a Sérgio Paulino no ciclismo, quer atletas que podem explodir, quer outros que acompanham de perto as marcas mundiais, quer algum dos conceituados, etc.

Todos são os nossos campeões, devem ser tratados como tal e a sua consagração começa agora e não está dependente dos seus resultados.

Obviamente o equilíbrio entre a exposição pública e a concentração para a competição olímpica tem de ser ponderada para potenciar a vitória e proteger o atleta.

Num momento em que os dinheiros para o desporto diminuem acentuadamente não promover a imagem dos nossos campeões é um incentivo para sobrecarregar os orçamentos públicos e retirar recursos para segmentos mais necessitados de uma actuação pública activa.

A preparação para os resultados que vierem de Londres é a conformidade dos programas e dos resultados.

Portugal tem capacidade humana e económica para 5 medalhas de acordo com os níveis de produção de medalhas europeia dos últimos Jogos Olímpicos.

Ganhar 4 medalhas e ganhar apenas 3 medalhas é aceitável surgindo factores de maior produtividade no terreno de competição.

É esta concepção de produto desportivo, em particular do olímpico, que não se encontra no modelo português.

Um ponto para aproximar Portugal da Europa era conseguir equacionar e promover o debate científico e tecnológico, político e social, económico e desportivo do projecto olímpico de Portugal.

A promoção dos nossos campeões desportivos para Londres deveria ser observado como um factor de exportação da imagem de Portugal e dos seus produtos transaccionáveis o que demonstra que escondendo os campeões para esconder os medalháveis prejudica afinal o país em milhões de euros e nos torna diferentes, para pior, daquilo que é o saber-fazer olímpico na Europa e no mundo.

Dia Europeu do Desporto

O Parlamento Europeu aprovou, no passado dia 2 de fevereiro, a proposta de realização de um "Dia Europeu do Desporto".

Esta proposta, promovida pela Diputació de Barcelona através da Campanha com o mesmo nome, foi iniciada em 2002 no seguimento da organização da "Festa do Desporto" levada a cabo no primeiro fim de semana de junho de cada ano.


O vídeo promocional pode ser consultado aqui e aqui se apresenta uma reportagem a respeito desta iniciativa.

Mais informação aqui e aqui.

O nosso grande atleta Marco Fortes

O Marco Fortes é um homem grande  e tem potencialidades que se adivinham para se afirmar um grande homem como fez Nelson Évora.

Como professores observamos por vezes o coroar de um esforço pela explosão de conhecimentos bem definidos daquilo que fomos dando e que alguns alunos conseguem estruturar e construir com solidez coisas novas.

O Marco Fortes tem visto a sua carreira convergir para os melhores a nível mundial e falta-lhe a explosão para as expectativas que são as suas e que todos esperamos alcance: o ouro.

O Marco Fortes é novo na disciplina, estes serão os seus segundos Jogos Olímpicos e ele ontem voltou a confirmar dar-se bem com os primeiros lugares batendo mais um recorde nacional que ele tem aproximado dos máximos europeu e mundial.

O que se lhe pede ou dele se espera, como a todos os outros atletas nacionais é um esforço que a maior parte de nós não anseia e 'odeia quem se dedica a estas coisas'.

O país deveria assumir os seus atletas.

Não definir medalhas para Londres é um erro perante os atletas, é uma  carência de responsabilidade perante as organizações que se envolvem na construção do futuro desportivo de Portugal e uma falta de ética perante os atletas e do ideal olímpico nacional e internacionalmente.

Portugal é um país que não diz ao que vai, age com a intenção de justificar o bom e o mau pretendendo fugir do que correr mal e não assumindo o que corre mal. Isso aconteceu em Pequim 2008.

Só definindo com transparência e frontalidade as metas dos múltiplos esforços exigidos a todos e daquilo que se faz é que o respeito pelo Desporto e por Portugal se concretizam. Sem respeito pelo Desporto e por Portugal são os atletas os afectados como aconteceu no passado com Marco Fortes.

Qualquer que seja o resultado o trabalho de Marco Fortes exige que o acompanhemos incondicionalmente até ao fim dos Jogos Olímpicos de Londres dentro de poucos meses.
Se existe um símbolo de entrega para os atletas nacionais esse símbolo poderá bem ser Marco Fortes. Marco Fortes e todos os seus companheiros exigem o acompanhamento incondicional.

Era diferente se a elite da liderança desportiva nacional em primeiro lugar acompanhasse os feitos destes jovens que escolheram o desporto para dar aquilo que só os deuses alcançam no Olimpo.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A economia não faz milagres se no desporto não houver Desporto

Bill Clinton terá colocado a frase 'É a economia estúpido!' na sua secretária (a de pau) dizem.

Há desafios aliciantes no desporto português que as federações desportivas nacionais, que produzem com eficácia, sentem na pele e a que respondem da melhor forma, na medida das suas possibilidades, e nem sempre consonantes com as suas características e as afundam mais.

No passado o desporto português foi desligado da economia colocando todos os ovos no direito, o que hoje poderia suscitar o apelo da economia que carece.

A economia nunca faz milagres.

Os economistas dizem que não há 'almoços grátis', querendo dizer que há um custo económico, ou seja uma perda de valor, associado às medidas economicamente ineficientes.

Através da sobredosagem de direito e de medidas de política de 'encher o olho', de quem o quer ter cheio, o desporto morre todos os dias da doença e desta cura e daqueles que dizem desconhecer os problemas quando são confrontados por eles, não apresentam princípios de análise e de solução e no fim pedem soluções que serão analisadas...

Quando há pessoas que apresentam soluções não se dá resposta, não se dialogam perspectivas de abordagem ou alternativas de soluções e deixa-se para 'apreciação superior'. A apreciação nunca aparece por isso não é superior, o que diminui o putativo superior (seja supremo, mediano ou mirim).

A questão é outra e o que falta ao desporto é Desporto.

A solução parece tão 'simples' como assumir o Desporto no desporto.

É o Desporto que está em causa

Externalizar do Conselho Nacional do Desporto para grupos de trabalho de especialistas, que o não são na sua totalidade, e publicar os resultados alcançados é uma transformação face ao passado quando tudo estava e continua fechado a sete chaves.

O conteúdo que se procura nos resultados é o de desporto na sua plenitude.

É óptimo trabalhar com quem tem dinheiro, quem manda nas grandes organizações desportivas e no desporto.

O desporto na sua integridade é feito de diferenças abissais entre partes que se complementam e se digladiam segundo as regras do jogo.

A possibilidade da vitória dos tomba-gigantes é o sal do desporto que a legislação, a governance e a ética da política desportiva nacional evita como paradigma.

Neste afã pessoas, projectos, instituições são hostilizados e a sociedade do desporto é mais pequena do que o potencial que alcança o desporto de outros países que são mais desenvolvidos do que Portugal.

Contratar professores doutores disto e daquilo, fiscais, administrativos, etc, etc é relevante se houver a capacidade de equacionar um paradigma desportivo e se se mantiver a vela acesa em diferentes oportunidades acrescentando-lhe substância a cada ocasião.

Oportunidades têm surgido pela actuação de terceiros e promovidas pelos próprios e a substância desportiva mantém-se como o elemento raro.

É este o desafio: falar, conversar, dialogar, assumir Desporto a partir dos ossos daquilo que em cada passo se pensa, diz, propõe, assume e faz.

Encher a opinião pública de Desporto nacional na sua totalidade é uma aspiração adiada.

O resto, o resto parece uma imensa confusão de intensões e carência de ética e de responsabilidade social.

A humildade de reconhecer um passo que seja em falso e dar a mão é elemento que se desconhece o valor. Prejudica-se, e prejudica-se socialmente fundamentalmente os carenciados e o todo desportivo nacional soçobra incluindo mesmo os poderosos a quem se dá a mão em nome do todo.

Aconteceu, há anos a esta parte, a captura do poder e é este estado que clientelas, fundamentais ao poder pelo poder, são prejudicadas pelo modelo vigente que se lhes apega contraditoriamente no precipício de um abraço mortal sem Desporto e interminável.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

"Equidade" ainda consta no dicionário?

Poste endereçado por um 'Fã da Equidade com E':
'Significado de Equidade
s.f. Disposição para se reconhecer imparcialmente o direito de cada um; equivalência; igualdade.
Característica de quem ou do que revela senso de justiça, imparcialidade; isenção; neutralidade.
P.ext. Lisura, correção no modo de agir ou opinar; honestidade; integridade.
Sinônimo de equidade: isenção e justiça
Parece que com o “acordo ortográfico” muitos portugueses pensam que a palavra Equidade desapareceu ou pelo menos deixou de ter significado.
Uma coisa é certa, para as mais altas figuras da Nação essa palavra só tem um significado, “Igualdade”.
“Igualdade” sim! Quando convém, tudo é “Igual”.
O PR afirma que também ele sofre a crise e que “a pequena reforma que aufere nem dá para as suas despesas” tentando por-se assim mostrar-se “Igual” ao desempregado cujos rendimentos que “não tem” nem para comer chegam.
Ou ainda o PM que põem em “igualdade” todos os Portugueses chamando-os de “Piegas”. Tanto aqueles que se queixam por as suas empresas darem menor lucro e serem tributadas acima do que estavam habituados, fugindo por isso para o estrangeiro, com os outros que têm que fechar portas porque o Estado não lhes paga o que deve e lhes exige aumentos de tributação ou impostos que por isso não conseguem pagar; ou os “Piegas” Banqueiros que se queixam do seu prejuízo, criado através de manobras contabilisticas, proporcionadas pela transição de fundos de pensões  ou pela necessidade de aumento das suas reservas de consolidação, efeitos negativos que só se fazem sentir nas contas de 2011 e que no futuro trazem benefícios para os Bancos, com aqueles “Piegas” que se queixam ao verem reduzidos os seus vencimentos e os seus subsídios deixando de ter capacidade de cumprir com os seus compromissos e levando milhares de famílias para a insolvencia e miséria ou ainda os outros que lançados para o desemprego e sem apoios sociais se vêem em situação de pobreza e fome e nem para “Imigrar” têm dinheiro.
Pois é …!!! Da Equidade só restou a “Igualdade” e mesmo esta é exercida de forma negativa, tratando como “Igual” aquilo e aqueles que por questões de “Desigualdade” economico-social é ou são “Diferentes” e que deviam ser tratados com “Equidade” ou seja:
Com o  reconhecimento imparcial do direito de cada um; com equivalência, senso de justiça, imparcialidade; isenção; neutralidade, lisura, correção no modo de agir ou opinar; honestidade e integridade.
Esperemos que estas palavras venham a ter novamente significado e que embora não constando no acordo com a TROIKA entrem novamente no discurso e na execução da Governação, para bem de Todos nós.'
Fã da Equidade com E

Um bilhete por um quilo de arroz ou um litro de leite

Um grande jogo e uma causa desportiva a apoiar.


Todos nós já jogamos em estádios cheios e estádios vazios e sabemos a diferença.

Sábado jogamos no Campo de Honra do Estádio Nacional. Era uma pena se estivesse às moscas.

Apesar de pensar que pode já ser tarde, não custa nada se cada um de nós enviar para os seus contactos o cartaz em anexo e pedir o apoio. 

Avisem que no sábado vamos apoiar uma causa solidária,  um kg de arroz ou um litro de leite dá direito a entrada grátis.




segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Problema com o Blogger


Sendo um programa global estas máquinas que nos gerem exigem conhecimentos e práticas que o comum dos mortais fica longe de alcançar e que um pequeno passo em falso é sancionado com a pena de morte.

Eventualmente usar o programa nacional como o sapo poderá ser mais humano ou português como se quiser.

É uma alternativa a analisar.

Por agora, um obrigado aos que notaram a ausência e que retornam.