O debate está aberto e pode dizer-se que a ferver.
Não irei trazer para aqui as diatribes que correm por aí à rédea solta.
Esta é a forma errada de debater o futuro do desporto português.
Porque é o futuro do desporto que deveria ser discutido.
Há evidentemente questões positivas e negativas de qualquer candidato e a forma correcta de gerar esse futuro era estruturar o debate.
Tal não foi feito e obviamente alguns candidatos terão maior exposição mediática do que outros sem que o debate fundamental se venha a fazer.
Aliás esse debate nunca se terá feito, como agora se começa a saber por afirmações de uma das comadres.
Este final de mandato do COP vai ser doloroso na incapacidade de gerar condições para a criação de uma alternativa credível e forte nos domínios ético, desportivo e social.
A fraqueza está em inúmeros sectores, segmentos e protagonistas cada um fazendo pela sua vida, naturalmente.
O desporto português em 2012 continua a não ter um norte sólido e socialmente reconhecido para vingar numa perspectiva de longo prazo.
Há erros óbvios se algum órgão da comunicação social decidir apoiar um candidato sem o declarar publicamente dando um simulacro de democracia.
É aqui que uma liderança cessante acima de toda a suspeita deveria assumir uma actuação de regulação da democracia e da competitividade dos debates a partir de actos de bastidores visando esses objectivos e o benefício máximo e inquestionável do desporto português.
Alguns dirão que o idealismo marca estas palavras, talvez seja, mas os resultados materiais da produção desportiva mostram que o 'business as usual' é um erro que benefícia alguns, poucos, e o produto desportivo total é inferior ao potencial de Portugal.