segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Os erros do debate dos candidatos à presidência do COP

O debate está aberto e pode dizer-se que a ferver.

Não irei trazer para aqui as diatribes que correm por aí à rédea solta.

Esta é a forma errada de debater o futuro do desporto português.

Porque é o futuro do desporto que deveria ser discutido.

Há evidentemente questões positivas e negativas de qualquer candidato e a forma correcta de gerar esse futuro era estruturar o debate.

Tal não foi feito e obviamente alguns candidatos terão maior exposição mediática do que outros sem que o debate fundamental se venha a fazer.

Aliás esse debate nunca se terá feito, como agora se começa a saber por afirmações de uma das comadres.

Este final de mandato do COP vai ser doloroso na incapacidade de gerar condições para a criação de uma alternativa credível e forte nos domínios ético, desportivo e social.

A fraqueza está em inúmeros sectores, segmentos e protagonistas cada um fazendo pela sua vida, naturalmente.

O desporto português em 2012 continua a não ter um norte sólido e socialmente reconhecido para vingar numa perspectiva de longo prazo.

Há erros óbvios se algum órgão da comunicação social decidir apoiar um candidato sem o declarar publicamente dando um simulacro de democracia.

É aqui que uma liderança cessante acima de toda a suspeita deveria assumir uma actuação de regulação da democracia e da competitividade dos debates a partir de actos de bastidores visando esses objectivos e o benefício máximo e inquestionável do desporto português.

Alguns dirão que o idealismo marca estas palavras, talvez seja, mas os resultados materiais da produção desportiva mostram que o 'business as usual' é um erro que benefícia alguns, poucos, e o produto desportivo total é inferior ao potencial de Portugal.

domingo, 21 de outubro de 2012

Debate com senadores das outras modalidades

No Canal do Futebol existirá um debate semanal com os presidentes do Atletismo, Ciclismo e Natação, ouvi dizer e não sei a programação.

sábado, 20 de outubro de 2012

As entrevistas dos líderes desportivos

O desporto deveria criar mecanismos de promoção dos seus próprios líderes e opinion makers.

A audiência do desporto não-futebol é pequena ou inexistente.

Porém, estas modalidades representam mais do dobro do consumo federado do futebol.

A promoção do marketing destas federações deveria ser uma opção prioritária para promover o seu próprio mercado.

O Estado não tem instrumentos vocacionados para esta tarefa e olhando para o COP e a CDP nada ali acontece com este desiderato.

São coisas como estas que farão o futuro e serão assumidas por lideranças modernas.

A relevância da economia do desporto

História em três actos

I
Segundo corre por aí o Governo terá pedido a um dirigente associativo que exigisse publicamente maior orçamento público para o desporto.

Vivemos tempos extraordinários e esta situação a ser verdade demonstra que o Governo terá compreendido a importância de ter parceiros associativos competitivos no desporto.

Ou pelo menos para não ser muito ambicioso por agora quer que a rapaziada do desporto dê uns 'murros na mesa' a exigir aquilo que fazem há anos os bancos, as farmácias, os médicos, os estivadores, os enfermeiros, os professores, os sindicalizados todos, os funcionários e os técnicos do estado, o Belmiro de Azevedo, os donos das PPP, o Pinto da Costa, o Jorge Mendes, o João Lagos, etc., etc.

O Governo compreendeu que ao dar o bodo aos pobres através do Orçamento da Despesa era errado que todos os subsídio dependentes do desporto se mantivessem calados o que atrapalhava o esquema principalmente aos responsáveis directos do sector.

Caladinhos e ajuizados mas não tanto, terá sugerido o Estado.

II
O dirigente recusou fazê-lo ou terá declinado a sugestão.

Aqui chegados não se sabe se elogiar a presença de espírito ou se criticar a falta sentido de responsabilidade para com as necessidades do desporto.

Talvez a realidade seja um misto de ambas as coisas a compreensão clara das respectivas limitações e o assumir claro da falta de dimensão de liderança, esperando passar por entre os pingos da chuva.

III
A economia mesmo quando tratada profundamente tem falhas como a situação do país bem demonstra assim como o acompanhamento que lhe é dado pela Troika juntando eminentes instituições mundiais.

A situação da economia no desporto português é frágil sendo que em cada legislatura que passa as coisas se aprofundam para pior.

Tomar agora um líder desportivo e pô-lo a falar de coisas que não falou durante décadas é capaz de ser complicado para o próprio.

Para o desporto a situação torna-se cada vez mais complexa porque muitas vezes os líderes falam das suas necessidades que são tomadas como factores de correcção do modelo o que contribui para que este se distorça cada vez mais.

A economia do desporto está em maus lençóis porque não tem interlocutores, trabalhos e debates que a complexidade da situação exige.

Bem pode agora o Estado pedir ao Desporto que grite por Socorro Económico na comunicação social porque ele não sabe como e não sabe o que dizer.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cem anos a bater na parede

É espantoso como havendo dificuldades enormíssimas no desporto português a realidade do modelo se comporte fechando-se e destruindo capital.

Para além do useiro discurso corte-se nisto e naquilo e na administração pública, não se houve por exemplo faça-se bem. Faça-se bem feito o que está a ser mal feito.

É uma ligeira mudança de paradigma se se considerar que fazer bem feito é mais barato.

Fazer mal feito é caro!

Pouco se fala em Portugal do que poderia ter sido feito de forma diferente.

Fazer fora de tempo também é caro!

Fazer bem feito e oportunamente é um desafio deixado à melhoria do governo do desporto nas suas diferentes instâncias.

Usar bem os recursos, não desaproveitar recursos inclusive sugerindo que poderão sair seria relevante porque há ganhos nos recursos que acumularam capital desportivo de diferente espécie e que são escorraçados. Isto acontece há décadas.

Há um espartilho de uma sociedade desportiva incapaz de diálogo a não ser quando na oposição e quando se sentam no poder tomam o diálogo das coisas concretas como ameaças ao sentido superior de não se sabe o quê porque as coisas não batem certo e o país e o seu desporto afasta-se da normal europeia.

A capacidade de actuar em parceria e pluralidade discutindo profundamente questões fulcrais é uma impossibilidade nuclear.

O desporto português tem batido nos últimos cem anos continuamente na parede.

Bate, atordoa-se, cambaleia e precipita-se para bater de novo.

Fica contente com o seu umbigo porque conseguiu o 'rodriguinho' e não tem fôlego para a média europeia.

A crise orçamental sugere que afinal o desporto é extraordinariamente igual a tudo o resto neste rectângulo pátrio.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O orçamento do desporto é uma responsabilidade dos líderes desportivos privados

A opinião pública compreende bem que a dimensão do Orçamento de Estado para o Desporto corresponde a uma responsabilidade dos líderes desportivos privados.

Indubitavelmente os líderes desportivos privados estão a fazer o seu melhor, quer em termos de conhecimentos de como lidar com orçamentos públicos anuais e a estrutura económica de produção desportiva nacional de médio e de longo prazo, quer quanto à sua experiência de dialogar com o Governo de Portugal e conseguir os melhores resultados que respondam ao interesse dos agentes privados desportivos e da população portuguesa que no mercado produzem e consomem desporto.

A dimensão deste Orçamento de Estado para o Desporto não deve e não pode materialmente ser imputado ao Estado e ao Governo de Portugal.

O Governo está a fazer o que pode para responder às solicitações e à arte política dos sectores e dos seus líderes.

Quando o país vai à bancarrota não é de esperar que o Governo de Portugal desperdice dinheiro em actividades que não remunerem o euro público investido e que não retribuam com valor acrescentado o esforço de investimento público nacional realizado.

É escusado fazer contas nem procurar a informação que não existe.

É desanimador queimar pestanas com esta pobre freguesia.

CULTURA MANTÉM INALTERADO ORÇAMENTO PARA 2013


O Gabinete do Secretário de Estado da Cultura anunciou que o Orçamento do setor para 2013, no valor de 190,2 milhões de euros, se mantém inalterado em termos globais face ao ano de 2012: 

«Este Orçamento reflete a aposta política do Governo, e em particular do Primeiro-Ministro, de assegurar que os recursos alocados à área da Cultura são os mais adequados, tendo em conta os objetivos traçados nas Grandes Opções do Plano para a Cultura e as atuais circunstâncias de grande contenção orçamental».


No que respeita aos organismos tutelados, destacam-se os seguintes pontos:
  • Aumento de 93% do Orçamento do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) para 21,9 milhões de euros, refletindo o efeito da nova Lei do Cinema e do Audiovisual, estrutural para o futuro do sector.
  • Aumento de 7% do Orçamento da Direção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas para 13,8 milhões de euros, acompanhando as necessidades do novo organismo resultante do PREMAC.
  • Aumento do Orçamento das Direções Regionais de Cultura em 26%, ao qual corresponde uma diminuição de 23% da Direção Geral do Património Cultural. Estes números correspondem à passagem de diversos museus anteriormente na órbita do IMC para a tutela direta das Direções Regionais.
  • Aumento em 11% do Orçamento da Direção Geral das Artes para 18 milhões de euros.
  • Redução de 21% do Orçamento do GEPAC, em consequência da extinção da secretaria-geral do anterior Ministério da Cultura e passagem das respectivas competências para a Presidência do Conselho de Ministros.
  • Manutenção do valor das Indemnizações Compensatórias de forma inalterada para a Entidades Empresariais do Estado na área da Cultura (Teatros Nacionais e Companhia Nacional de Bailado).

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mourinho baixa expectativas?

Referir que os madridistas de rua estão com ele será o mesmo que garantir que os aficionados da porta porta 10A de Alvalade ou da estátua do Eusébio acreditam no treinador é baixar a fasquia ou talvez não?

A resposta aos expertos!

DESPORTO E MUNICÍPIOS: políticas, práticas e programas


Novo livro editado por Jorge Olímpio Bento e José Manuel Constantino, a sair em breve.
Com os contributos de:
·         Hermínio Loureiro - Prefácio
·         José Manuel Constantino - O estado da arte
·         Antonio Carlos Bramante - Tendências em instalações desportivas e recreativas na vivência do lazer
·         António Serôdio - O desporto e a interioridade
·         Carlos Januário - Políticas Públicas Desportivas: discurso e acção dos municípios na área Metropolitana do Porto.
·         Eduardo Borges Pereira - O financiamento do desporto municipal e os apoios públicos ao associativismo
·         Go Tani, Sérgio Roberto Silveira, Luciano Basso e Umberto Cesar Corrêa - Desporto, município e escola: relato de duas experiências integrativas em São Paulo – Brasil
·         Humberto Ricardo e Jordi Viñas - A planificação estratégica no desporto municipal
·         Leonor Gallardo e  Juan Carlos Cubeiro - Las 6 de la buena gestión deportiva empresarial
·         João Paulo de Almeida - Planeamento e programação de instalações desportivas municipais.
·         Jorge Bento - Acerca do corpo: um ensaio com incidência na política autárquica
·         José Manuel Constantino - Empresas municipais: solução ou problema?
·         José Manuel Meirim , Maria José Carvalho - A Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto. De uma leitura na generalidade à localização dos municípios
·         Luís Miguel Cunha - Planeamento urbano e espaços para a prática do desporto
·         Manuel Contreras Zambrana (Espanha) - História de LA GESTION DEL DEPORTE EN ESPAÑA. Breve repaso histórico, desde las primeras asociaciones locales hasta los modelos de gestión ante la crisis
·         Margarida Duarte - Interioridade e politicas desportivas
·         Maria José Carvalho, Carlos Resende, Maria Josefa Garcia Cirac, José Costa -Desporto, Política e Direito: do passado e da atualidade, Enfoque nas Autarquias locais
·         Pedro Mortágua - Sistemas Integrados na Gestão do Desporto: Qualidade, Excelência, Ambiente, Responsabilidade Social e Segurança e Saúde no Trabalho
·         Walter Roberto Correia - Formação continuada de recursos humanos para o desporto: um relato de experiência.

sábado, 13 de outubro de 2012

Há um sector da actividade económica que não se intimida

É a Cultura que desde há anos afirma os seus objectivos, debate os seus propósitos e chama a população e a sociedade a afirmarem a preocupação pelo seu produto cultural e as políticas que a atingem e impedem a maximização dos seus benefícios.

Algumas escolas de música classificaram-se no topo do ranking das escolas do secundário.

A Cultura portuguesa tem menos mil milhões de euros de produto económico, tem uma forma de se comportar bem diferente e que não é preciso ser adivinho para compreender que irão mais longe e mais depressa no bem-estar e no produto económico.

Os debates Do Tempo que Passa

No dia 9 de Novembro haverá um debate em Loulé de iniciativa da autarquia local e agora surge o debate de iniciativa da APOGESD.

Os dois debates são complementares porque o primeiro destina-se à realidade nacional e os desafios autárquicos enquanto o segundo tem igualmente em vista a realidade nacional mas sob a perspectiva privada.

Fui convidado para ambos os eventos e irei caracterizar no primeiro debate a racionalidade do comportamento público local e no segundo a racionalidade privado lucrativo.

Desta abordagem surgem duas dimensões: na primeira os desafios colocados aos parceiros desportivos analisados, causas e falhas fundamentais, na segunda as soluções que do ponto de vista económico são portadoras de maior racionalidade, benefício para a sociedade e lucro para o mercado de finalidade lucrativa.

No seu todo estas duas iniciativas da Câmara de Loulé e da APOGESD poderão ser um contributo, mesmo que indirecto, para o Combate dos Chefes que decorrerá no COP durante o primeiro trimestre de 2013.



Eppur si muove
Galileu Galilei

XIII Congresso Nacional da Apogesd

Terá lugar em Coimbra a 16 e 17 de Novembro em Coimbra.

Ver aqui.



O tema é 'A gestão de grandes eventos desportivos'.

Eu intervirei no dia 17 num painel temático com a presença de Luís Silva da Porto Estádio / UEFA e de um representante da Lagos Sport.

Coimbra vai ser a capital do Desporto dentro de um mês.

O call for papers está aberto aos interessados até ao dia 25 de Outubro.

O tempo escasseia mas se bem usado será o suficiente para o providencial resumo de ideias.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O fim do ciclo

Ultimam-se coisas que não se fizeram quando o tempo parecia correr devagar.

O mesmo tempo como que acelerou e mesmo sem nexo há que vomitar a pátria como sugeriu Paula Rego que Salazar fez.



Actualmente é um partido que se pensava democrático que implodiu por malfeitorias autoinfligidas.

Já outro anteriormente mostrara ser possível isso acontecer e com ele levara a nação e a pátria.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Messi e Ronaldo

Os dois são um produto extraordinário do futebol mundial que os soube criar.

O problema do José Mourinho é não se querer deixar envolver embora considere que o seu deveria / poderia vencer.

Ao referir os dois e a impossibilidade de dizer o vencedor é uma aceitação da excelência dos dois, ou seja do Ronaldo e do Outro.

O desporto português tem dificuldade em aceitar esta competição e em instrumentalizá-la em seu benefício.

Afinal a competição é o motor e a democracia de potenciação do óptimo.

O que aqui escrevo é uma competição comigo próprio que me ajuda a melhorar um diálogo comigo mesmo e cujo único interlocutor é o metrónomo que vai contando as visitas.

Eliminando a competição e outros processos de democratização, desenvolvimento e avaliação da performance a governança portuguesa deixa o seu desporto sem um espelho onde olhar e saber que aquele é o seu output ou que ele é positivo ou negativo.

Messi e Ronaldo com este jogo ao terem empatado conquistaram o consenso da sua indiscutível e inacessível mestria.

sábado, 6 de outubro de 2012

"Eu decido e está decidido!"

Este é um pensamento comum aos políticos portugueses.

O resultado está à vista e é uma colossal confusão para não lhe chamar outro nome.

Tem estado a piorar de há um ano a esta parte uma derrapagem de desmazelo, imprevidência e amiguismo que estoira com o pouco desporto que possuíamos.

A capacidade de leitura e de estabelecer normas no desporto português é infra-europeia.

É sobre este panorama que quem está no terreno do desporto e sofre na carne a imprevidência do Estado português e dos Governos de Portugal deveria criar uma governança que contrastasse com toda a gritante indiferença e canibalismo do ser e do estar sobre o desporto oferecido à nossa população.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

António Capucho (dixit in Expresso, de hoje)

"(O PSD) está completamente descaracterizado pouco de social-democrata e muito de neo-liberal, muita ingenuidade e incompetência."

E o que 'dixit' o desporto?

A tremenda crise nacional é relevante

Parece que as únicas coisas que importam ao desporto são o futebol, a venda dos direitos televisivos para conseguir margens superiores ao monopólio da Olivedesportos os quais são recebidos pelo Parlamento e têm grupos de trabalho exclusivos desde a criação do governo.

A crise mostra que o desporto necessita de um comportamento orgânico, não um falar esgaçado aqui e ali, por razões que a razão não entende e que mais tarde se encontra em motivos pueris e sem  norte.

O debate que se faz em Portugal tem este sentido vago, perdido e individual de pequenos grupos esmagados no seu ser em combate mortal com elementos afins pelos mesmos poisos e coisas sem conseguir constituir o todo desportivo uno e socialmente reconhecido dentro e fora de fronteiras.

É isto que está em causa no combate dos chefes.

O próprio PS tem sub-grupos que se auto digladiam e excluem quando um toma o poder, parece-me.

O outro tem barões trabalhando cada um por si ganhando as rendas ou raros jackpots.

O BE, PC e CDS aceitam galhardamente a agenda do "futebol é desporto" colocando os seus nas direcções das organizações para dar cor à coisa e 'fazer desporto'.

O desporto português precisa de substância, de saber estar e de saber fazer o seu caminho.

Essa substância passa por um objectivo, uma governança de comportamentos visando a racionalidade e a competitividade de cada um e de todos, indicadores comuns que apontem tendências e sentidos hoje ocultos pela ignorância da realidade toda.

A crise actual mostra como o caminho que se trilha é obscurantista e cheio de falsos profetas.

O caminho é outro e devíamos estugar o passo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

NÃO CONFUNDIR IMSA COM IMSA

Para que dúvidas não suscitem ficam esclarecidas as diferenças entre:


IMSA

e

IMSA 





MAIS UMA DEFINIÇÃO DE DESPORTO

Definition of sport

The SportAccord Council has developed a definition of “sport” to help them determine whether an applicant federation qualifies as an international sports federation.
  • The aim is not to have a general, scientifically sound or static definition, but rather to have a clear and pragmatic description of activities that could be considered as sports.
Elements of a Definition

Many dictionaries and encyclopaedias refer to sport as a physical or athletic activity, which often includes an element of competition.
Other sources make specific mention of mind sports and motorised sports where physical activity is less dominant. In addition, the relationship between sport and art is particularly interesting for sports that rely on judges.
The current SportAccord Membership shows the full breadth of the above. 

The sports within SportAccord can be categorised as follows:
  • Primarily physical
  • Primarily mind
  • Primarily motorised
  • Primarily coordination
  • Primarily animal-supported
Some sports have been classified in multiple categories, mostly due to the different activities that make up their sports.

The SportAccord Definition of Sport

For all new membership applications, SportAccord uses the following definition of a sport:
  • The sport proposed should include an element of competition.
  • The sport should not rely on any element of “luck” specifically integrated into the sport.
  • The sport should not be judged to pose an undue risk to the health and safety of its athletes or participants.
  • The sport proposed should in no way be harmful to any living creature.
  • The sport should not rely on equipment that is provided by a single supplier.
Furthermore,
  • Applications from martial arts and combat sports will be considered with the greatest care due to the complex nature and relatively minor differences between their activities.
  • Applications from mind games will only be considered after consultation with the International Mind Sports Association (IMSA).
  • Applications from sports with limited physical or athletic activity will be carefully considered.
  •  

  • Para quem estiver interessado apresenta-se a literatura para saber o que é a SPORTACCORD

Uma estratégia para os chefes do desporto

Volto ao tema da minha intervenção anterior acerca da perspectiva de longo prazo para o desporto português.

O que está em jogo para o futuro é um líder no COP mas igualmente outro no Governo capaz de agilizar a regulação pública.

Por si só o principal líder privado do desporto terá maiores dificuldades em actuar se o líder público do desporto pretender protagonismos próprios ou do seu partido.

Têm-se falado em desforra e vingança, o que parece uma patetice e de facto é-o.

O desporto português, se há coisas que prescinde e passa bem é de desforras e de vinganças de pessoas que sempre se sentam nas mesmas cadeiras.

Volto a insistir a relevância do líder privado e insisto na premência simultânea de um líder público capaz de equacionar estratégias fundadas no conhecimento e no bom-senso compreensíveis para toda a sociedade e para a economia.

Esta estratégia deveria ter como objectivo a definição de um programa de longo prazo, alicessar-se na estrutura de relações competitivas e dinâmicas entre os parceiros e em debates transparentes entre agentes conhecedores das matérias e também daqueles que capazes de produzir valor-acrescentado.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Os combates dos chefes ou a concepção do futuro

Ao longo das décadas observou-se como a estratégia de longo prazo no desporto passou por decisões com sucesso na definição e na realização. Outras falharam no segundo nível ou seja depois de eleitos fazem coisas mal.

Em particular o PSD teve decisões primeiro acertadas há alguns anos e actualmente há quem tenha suspirado por melhores opções.

No caso do PS, parece que o PS profundo tem levado a melhor, não se compreendendo porque é que o melhor do PS profundo não produz medalhas e melhor produto desportivo.

Leis e ilustres incompetentes têm todos em grande número.

Nesta altura de auto canibalismo do parceiro do governo seria útil que o parceiro da oposição analisasse atentamente as suas munições para observar se vale a pena uma luta 'fraticida' para o COP e se não seria melhor guardar munições para a secretaria de Estado ou para o ministério.

Fazer no COP como no passado fez o PSD tirando um presidente da CDP para o colocar num lugar que lhe cortou cerce o futuro dele e do desporto é um erro a não repetir.

O desporto tem inúmeros combates de Chefes e necessita de uma estratégia com os pés bem assentes no chão e a cabeça plena de bom-senso. Apenas isso.

Os disparates que são conhecidos dos últimos anos são materialmente e sem ofensa claras malfeitorias que toca a todos no respeitante ao fomento do sector e quando não e também no futuro dos nossos filhos.

Corrigir tudo isso não surge sem princípios e sem príncipes no sentido daquilo que um líder de eleição acaba por ser no futuro que o julga.

Os príncipes são escassos e não havendo processo de governança boa apurados acontece que trucidar um líder é possível por pessoas que se regem por objectivos de curto e muito curto prazo como é por exemplo defender que Lisboa pode ser candidata à organização dos Jogos Olímpicos e que até há estudos económicos que defendem tais hipóteses.

Este presente envenenado porque de um veneno se trata é corrente na mente e na escrita de pessoas que valorizam a captura das rendas do desporto sem a mínima preocupação com o futuro do desporto nacional num contexto competitivo como o europeu.


Chegado aqui seria útil que os dois ou três príncipes de maior potencial no desporto português estabelecessem uma estratégia de longo prazo.

Apenas a perspectiva de longo prazo irá permitir criar o valor acrescentado de desporto raro que Portugal não tem conseguido.

No outro dia um articulista do futebol, pedia no Expresso 'não mexam no futebol'.

O actual 3.º lugar de Portugal no ranking da FIFA é parte da crise do desporto e do futebol em particular. Pedir para não mexer é o erro comum porque quem conhece o futebol sabe que os problemas são mais que muitos. Aliás eles são mais que muitos como é reconhecido sem excepção pelos Governos de Portugal e que ao longo das décadas definem medidas atrás de medidas direccionadas para o futebol e não têm alento para outras modalidades.

Assim, tirando o futebol que não se deve mexer, que os governos não acreditam nestas palavras, era importante que alguém olhasse para o longo prazo do desporto e para os melhores líderes, sem atropelos e sensibilidade apurada.

Creio que me fico por aqui...

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Debates simples para salvar o desporto

A cultura é um sector económico intelectualmente activo e nos últimos anos tem afirmado regularmente as suas crenças e a utilidade que oferece à sociedade para que aposte no sector.

Isso não evitou que por exemplo a Fundação Paula Rego não tivesse a morte anunciada pelo governo o mesmo que manteve a Fundação do Desporto.

Há coisas extraordinárias.

O que sugiro é que o desporto faça como a cultura e se possível ainda mais mesmo correndo o risco de vir a ser encerrado pelo governo.

O desporto pode fazer debates simples como o debate acerca do seu futuro e da sua utilidade para a sociedade portuguesa.

Há um material imenso e conhecimento por parte das universidades capazes de fazer um debate frutuoso e útil para a sociedade e a economia.

Esta explanação de ideias permitiria a candidatos à liderança do COP sorver novas ideias e soluções antes do debates entre pares.

O centro da vida desportiva é actualmente o COP e também pode ser de outras instituições que queiram apoiar algum candidato.

O Record anunciou que o Manuel Brito está a experimentar e a aquecer os motores e essa é uma oportunidade de abrir o debate à sociedade garantindo activos fora do desporto para fortalecer uma candidatura aberta ao futuro e à sensibilização exterior para as possibilidades do desporto e também para as suas necessidades.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A IDEOLOGIA DOS MESTRES DO MUNDO




GRUPO BILDERBERG

Relativamente ao GRUPO BILDERBERG eis o mapa astral que explora o mundo:

ISLÂNDIA !!!

Islândia, lembram-se?!! Já não é notícia porque... 

O grupo de Bilderberg controla quase a totalidade dos governos ocidentais, através do controlo dos mídia e da alta finança.
 Contudo, a Islândia resistiu e venceu!!!  E porque com isso se tornou um mau exemplo para os donos do mundo, deixou de ser notícia em todo o mundo!...

 Veja-se como, no artigo abaixo.

--------------------------------

 
Por Deena Stryker*

 À medida que um país europeu atrás do outro atinge ou fica próximo de atingir a bancarrota, pondo em perigo o Euro e com repercussões para o mundo inteiro, a última coisa que os poderes em questão querem é que a Islândia se torne um exemplo. Eis a razão:
Cinco anos de um regime puramente neoliberal fizeram da Islândia (população de 320 mil habitantes, sem Exército) um dos mais ricos países do mundo. Em 2003 todos os bancos do país foram privatizados e, num esforço para atrair o investimento estrangeiro, passaram a oferecer serviços on-line, cujos custos reduzidos lhes permitiram oferecer taxas internas de rendibilidade relativamente elevadas. Estas contas, designadas "IceSave", atraíram muitos pequenos investidores ingleses e holandeses. Mas, à medida que os investimentos cresciam, também a dívida externa dos bancos aumentava.  

 Em 2003, a dívida islandesa equivalia a 200 vezes o seu PIB e, em 2007, era de 900%. A crise financeira de 2008 foi o golpe de misericórdia. Os três principais bancos islandeses, o Landbanki, o Kapthing e o Glitnir caíram e foram nacionalizados, enquanto o Kroner perdeu 85% do seu valor em relação ao Euro. No final do ano, a Islândia declarou a bancarrota.
Ao contrário do que se poderia esperar, da crise resultou que os islandeses recuperaram os seus direitos soberanos, através de um processo de democracia participativa directa, que acabou por conduzir a uma nova Constituição. Mas só depois de muito sofrimento.

Geir Haarde, primeiro-ministro de um governo de coligação social-democrata, negociou um empréstimo de dois mil milhões e cem mil dólares, ao qual os países nórdicos acrescentaram mais dois mil milhões e meio. Mas a comunidade financeira internacional pressionou a Islândia a impor medidas drásticas. O FMI e a União Europeia quiseram apoderar-se da sua dívida, alegando que este era o único caminho para que o país pudesse pagar à Holanda e ao Reino Unido, que haviam prometido reembolsar os seus cidadãos.
Os protestos e as revoltas continuaram, acabando por forçar o governo a demitir-se. As eleições foram antecipadas para Abril de 2009, resultando numa coligação de esquerda, que condenou o sistema económico neoliberal, mas logo cedeu às exigências daquele, de acordo com as quais a Islândia deveria pagar um total de três mil milhões e meio de Euros.
 Isto exigia que cada cidadão islandês pagasse 100 euros por mês (cerca de US $ 130) por quinze anos, a juros de 5,5%, para pagar uma dívida contraída por particulares perante particulares. Foi a gota de água que fez transbordar o copo.

O que aconteceu depois foi extraordinário. A crença de que os cidadãos tinham que pagar pelos erros de um monopólio financeiro, que uma nação inteira deveria ser tributada para pagar dívidas privadas caiu por terra, transformando a relação entre os cidadãos e suas instituições políticas, e acabando por trazer os líderes da Islândia para o mesmo lado dos seus eleitores. O Chefe de Estado, Olafur Ragnar Grímsson, recusou-se a ratificar a lei que teria feito os cidadãos da Islândia responsáveis pelas dívidas dos seus banqueiros, e aceitou o repto para um referendo.

É claro que isto apenas fez com que a comunidade internacional aumentasse a pressão sobre a Islândia. O Reino Unido e a Holanda ameaçaram com represálias terríveis, que isolariam o país. Quando os islandeses foram a votos, os banqueiros estrangeiros ameaçaram bloquear qualquer ajuda do FMI. O governo britânico ameaçou congelar poupanças islandesas e contas correntes. Como afirmou Grimsson: "Foi-nos dito que, se recusássemos as condições da comunidade internacional, nos tornaríamos na Cuba do Norte. Mas, se tivéssemos aceitado, ter-nos-íamos tornado antes no Haiti do Norte."
(Quantas vezes escrevi que quando os cubanos olham para os problemas do seu vizinho, o Haiti, consideram que têm sorte.)

No referendo de Março de 2010, 93% dos islandeses votou contra o pagamento da dívida. O FMI imediatamente congelou o seu empréstimo. Mas a revolução (apesar de não ter sido transmitida nos EUA), não se deixaria intimidar. Com o apoio de uma cidadania em fúria, o governo colocou sob investigação os responsáveis pela crise financeira. A Interpol lançou um mandado internacional de captura para o ex-presidente do Kaupthing, Sigurdur Einarsson, à medida que outros banqueiros envolvidos no crash fugiram do país.

Mas os islandeses não pararam por aí: decidiram elaborar uma nova constituição que iria libertar o país do poder exagerado da finança internacional e do dinheiro virtual. (A que vigorava havia sido escrita quando a Islândia ganhou sua independência à Dinamarca, em 1918, sendo que a única diferença relativamente à Constituição Dinamarquesa passou a ser a da substituição da palavra "rei" por "presidente".)

Para escrever a nova constituição, o povo da Islândia elegeu 25 cidadãos, de entre 522 adultos que não pertenciam a nenhum partido político, mas recomendados por pelo menos trinta cidadãos. Este documento não foi obra de um punhado de políticos, mas foi escrito na Internet. Reuniões da Constituinte são transmitidas on-line, e os cidadãos podem enviar os seus comentários e sugestões, vendo o documento tomar forma. A Constituição que resultará deste processo participativo e democrático será submetida ao Parlamento para aprovação depois das próximas eleições.
Alguns leitores lembrar-se-ão de que a crise agrícola da Islândia do século 9 foi tratada no livro de Jared Diamond que tem esse nome. Hoje, esse país está a recuperar do colapso financeiro de forma exactamente oposta àquela geralmente considerada inevitável, como foi confirmado ontem pela nova presidente do FMI, Christine Lagarde, a Fareed Zakaria. Foi dito ao povo da Grécia que a privatização de seu sector público é a única solução. Os povos da Itália, da Espanha e de Portugal enfrentam a mesma ameaça.

Estes povos devem olhar para a Islândia. Recusando curvar-se perante os interesses estrangeiros, este pequeno país afirmou, alto e a bom som, que o povo é soberano.
É por isso que já não aparece nas notícias.

* Deena Stryker é jornalista

Na morte do Ateneu de Lisboa

A morte do Ateneu de Lisboa é tão só um dos achaques da saúde do desporto nacional.

Ver no Jornal i.

Ele é uma das necessidades de debate da saúde e das soluções para o desporto.

Fazer desporto para as pessoas


Os líderes conscientes estão preocupados porque sabem que as soluções são estreitas.

Alguns menos temerários dizem que o que é preciso é decidir.

Estes grandes homens não se reconhecem em todas as grandes decisões que trouxeram o desporto português para este lugar no fundo da tabela.

Os primeiros contemporizam com o poder de quem pode dar dinheiro mesmo que pouco e cada vez menos.

Há margens que são esmagadas e organizações que morrem aos poucos.

Não se fala do produto desportivo que se produz, que se deveria produzir ou do que seria útil ter futuramente.

Não se fala de quem produz e de quem consome.

O poder é ignorante, como diz dos empresários o intelectual liberal que o governo gosta de ouvir, segundo diz MarceloRS.

Há algumas pessoas que são ignorantes sem aspas nem itálicos e contradizê-los é evitado porque pode matar que os questiona.

Conquistar um partido e perder o poder pela segunda vez num curto espaço de tempo sugere alguma essência do poder político em Portugal.

Decidir rápido não é sinónimo de pensar rápido.

Este fim-de-semana sugeria-se no Expresso a necessidade de se pensar o que se decide.

Sugeriria pensar e pensar o desporto alto e publicamente como um acto solidário.

Voltando aos líderes desportivos ao longo dos anos tenho apresentado, a pessoas com poder no desporto, ideias e discutido conceitos e vejo-me isolado e desempregado.

O mal obviamente será meu.

Surge-me a ideia que o isolamento dos líderes e pessoas com poder dá-lhes graus de liberdade que não controlam e que lhes deixa como solução fortalecer soluções esgotadas e limites.

Do desporto português não se sabe nada.

Nada se discute, nada mesmo quando se decide esquartejar a propriedade pública.

Depois diz-se que há sempre pessoas contra.

Na TSU o país acordou e a diferença é que no Jamor o desporto deixa-se embalar por cantos de sereia mal-amanhada (ou será sereio?).

Neste momento estou longe, a internet pede-me um código que diz não ser certo o que me deixa ainda mais longe. Há ipads por todo o lado. Subitamente toca uma música de Zeca em língua inglesa no café onde trabalho ao computador (sou o cota, o gótico, o mais velho). Definitivamente não estamos há 30 anos e o Zeca deixou de ser um privilégio nacional.

Aqui onde estou as coisas são complexas, as coisas simples são complexas porque são feitas segundo o que diz o ‘livro’ que não sabemos onde está mas que observamos que as coisas são para serem feitas de determinada forma que estará no tal livro.

O esquartejo do Jamor toma essa característica de realizar o interdito segundo os princípios da governança.

É possível conceber alternativas da privatização do Jamor segundo inúmeras soluções e depois apurar a melhor no interesse das populações e do desporto. O ilegal e o interdito é o secretismo da coisa, a incapacidade do poder político actuar em democracia e com a ciência das coisas bem-feitas como se fazem e se procuram fazer noutros cantos da Europa e do mundo.

Há que despir-mo-nos de interesses particulares e assumir a grandeza de procurar o benefício comum. Esta grandeza é paradoxalmente a atitude mais egoísta de todas de realizar o interesse do todo para concretizar o óptimo individual.

As novas medidas que não são novas!

Ao olhar para as medidas actuais, para as anteriores e as anteriores das anteriores observa-se como o padrão do investimento e das decisões e os decisores são os mesmos.

Já se ouve 'já falei com o xpto para alterar tudo quando substituir os incompetentes que estão na secretaria de estado'.

Em 2008 e ainda mais recentemente há dirigentes do associativismo desportivo a propor coisas extraordinárias como os Jogos Olímpicos em Lisboa, é só puxar-lhes pela língua, ou outras ilusões que já se testaram no passado ou tendo sido evitadas no passado são agora tentadas. Como a TSU que se tinha na gaveta e saiu agora porque sendo os líderes cada vez mais fracos ou ignorantes avançam com coisas que antes outros tiveram medo, por simples bom senso e não arriscarem a imagem do partido e a sua própria.

Deitar a perder o poder de um partido num ano é uma obra que o PSD e o CDS, desta vez aguentaram mais  um pouco, conseguiram repetir.

Olhando para o desporto o pouco tempo da primeira vez deixa o benefício da dúvida porque houve um pecado original da soberba dos primeiros momentos.

É esta soberba que a oposição já está a encher.

Fulano quando voltar vais fazer e acontecer.

Mas ele não esteve lá? Toda a crise actual da falência das federações aos clubes e a incapacidade de um norte não existia? Vai fazer o quê? Ele já apresentou publicamente alguma ideia? Há debates públicos sobre o futuro?

Pensa-se e actua-se como se pensava e actuava.