domingo, 18 de dezembro de 2011

Fazer como o Figo

Figo diz 'quero vender tudo o que tenho em Portugal' e toma à letra as indicações do governo para que os jovens e os professores emigrem.

Há quem nem sequer o confesse alto como o faz o campeão português e tome acções.

É o peso destas decisões anónimas que irão arrastar para ainda mais fundo os indicadores de queda do produto para níveis próximos da Grécia.

Outra nota curiosa é que Alexandre Mestre, tão acerrimamente criticado, sabia o que estava a dizer quando disse aos jovens para emigrarem.

E o desporto? Pode o desporto emigrar também?

Graças ao modelo de desenvolvimento do desporto português os jogadores e os treinadores de futebol já o fazem, alguns com relativo sucesso como publicamente se preconiza.

Então e os outros?

3 comentários:

  1. Caro Fernando

    O país está em saldo.

    Depois do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto ter aconselhado os jovens a emigrar, agora o Primeiro Ministro entusiasma os professores a irem exercer o magistério para os PALOP.

    Antigamente íamos à descoberta do Mundo voluntariamente... hoje querem obrigar-nos.

    O tempora, o mores.

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  2. Caro João

    Ao Figo pode-se exigir que seja a estátua, mas quando se usou a estátua para interesses particulares, a estátua diz que foi enganado e vai levar o seu dinheiro para o estrangeiro.

    Estamos no domínio da ética e aqui Portugal não tem lições a dar e canibaliza-se.

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  3. Caro Fernando Tenreiro e Caro João Boaventura:

    Não tinha percebido muito bem onde se queria chegar com a Proposta de Revisão da Estrutura Curricular...

    Porque o problema não reside na revisão, não está na estrutura, nem se encontra no curriculum...

    O problema nem sequer está em querermos saber (ou não!) que mundo vamos deixar aos nossos filhos.

    O problema principal está em querermos saber QUE FILHOS (NOSSOS!) QUER ESTE GOVERNO DEIXAR A ESTE MUNDO!!!

    Com as últimas declarações de Passos Coelho já percebi (ontem, ao C. M.)... Os Professores (devem ser os desempregados e os contratados) também devem abandonar a sua zona de "conforto" e ir para o Brasil ou para Angola...

    Logo, o que ele quer é que os nossos filhos não sejam portugueses!

    Se todos aqueles que possuem uma profissão ou estão habilitados para tal, quem ficava cá? Os reformados e os políticos! O que aconteceria? Os reformados morreriam à fome e os políticos venderiam o terreno português (i. e., Portugal!)... e já poderiam emigrar para Cancun, Maldivas, Costa Dominicana...

    Na realidade Portugal canibaliza-se...

    Um abraço a ambos!

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