quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Portugal não é um país de comunhão muçulmana

Contudo se se olhar para um qualquer dos indicadores de prática desportiva verifica-se que em Portugal as mulheres têm um terço da prática dos homens.

É possível pegar nesta informação de inúmeras maneiras e todas sugerem uma carência de bem-estar europeu e um fosso que não se resolve resolutamente.

Esta situação não tem igual na Europa e daí a comparação com a cintura sul do mediterrâneo fazer sentido onde a discriminação sexual não tem igual e as mulheres têm sido premiadas pelos seus esforços imensos para transformarem a situação actual.

Será a ausência de desporto nas mulheres de Portugal uma provação equivalente? Certamente que não é e coloquemos a questão apenas em ter e não ter o usufruto do desporto em igualdade aos homens.

A Associação Mulheres e Desporto tem análises sobre esta realidade, creio que feitos pela socióloga Cristina Almeida, e pelo meu modesto contributo tenho notado esta situação em vários sítios mas é espantoso o silêncio com que as pessoas e as instituições nacionais vivem nesta situação.

Das análises que vou fazendo noto que no início da vida e da escolaridade a prática é igualitária e que depois ela se perde aprofundando a divergência ao longo das idades do crescimento.

As análises que fiz ou foram ignoradas ou guardadas ou foram publicadas em nome de outros mas o mais importante é que as conclusões chegadas não são transformadas em medidas de política desportiva.

Certamente que existem mais trabalhos ainda como os da actividade física e, portanto, não será por falta de investigação e conhecimento da realidade que nada se vê de efectivo no domínio da política desportiva nacional há muitas décadas.

É na política desportiva que está o nosso atraso mediterrâneo.

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