segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Há ruído na política desportiva

O ruído surge de inúmeras formas sendo a mais comum o silêncio. Qualquer palavra que quebre o silêncio torna-se ruído pela inexistência de condições de audição focando as políticas desportivas.

Outras formas de ruído da politica desportiva nacional são a violência das claques, certos anónimos, das polícias e outros órgãos e instrumentos que agem antes, durante e depois aumentando os decibéis da ocorrência marginal, os discursos dos líderes falando de si próprios, os especialistas da vírgula, o trepidante futebol profissional, etc.

O debate sobre a política desportiva e a criação de consensos sociais alargados e sustentados exige condições de democracia que não existem no desporto português.

É um processo complexo que o acesso aos modernos meios informáticos e a uma comunicação social mais exigente ainda não foi encontrada pelo Desporto.

Há a necessidade de incentivos para levar o debate democrático no seio do desporto mais longe.

Os especialistas são uma fonte de debate de política desportiva e a liderança do associativismo desportivo e das suas empresas são outras fontes qualificadas.

Sem estes protagonistas os parceiros do desporto não possuem condições de alimentar o debate em quantidade e qualidade de conhecimento das matérias e reconhecimento dos agentes de maior qualidade.

Há a possibilidade de combater o ruído? A questão não é apenas o combate e a destruição do ruído. O ruído existe sempre e apenas condições activas de mercado do conhecimento e do debate das políticas desportivas fazem com que os consumidores de boas políticas desportivas identifiquem os bons produtores e adquiram os seus produtos.

Alguns bens artigos no Público estão a ser escritos por Hugo Daniel Sousa e no Colectividade Desportiva existe um fluxo que é reconhecido socialmente. Um e outros estão a usar a informação universitária bem para afirmarem os seus pontos de vista.

Não vou prolongar este poste por muito mais.

O ruído existe e será tanto maior quanto as boas medidas de política desportiva não surgirem, nem os parceiros do desporto se predisporem a consumir ideias de qualidade e a pagar o preço do seu custo.

Financeiramente este mercado tem sido estrangulado de legislatura para legislatura sem que os parceiros públicos colmatem os fracassos do mercado e sem que os parceiros privados façam sentir que o mercado da democracia política no desporto é fundamental para o desporto nacional singrar na Europa.

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