quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A audiência na AR pareceu uma vacuidade parlamentar

Os deputados entravam e saiam marcando o ponto, com a intervenção de 3 minutos,  e não debatendo a política desportiva o que foi reconhecido pelo presidente da audiência José Ribeiro e Castro quando refere que o Grupo de Trabalho do Desporto deveria aprofundar e continuar o debate, presume-se sem o COP, e tratando de questões como o desporto escolar, o financiamento e a apresentação de contas pelas federações e a relevância do Rio de Janeiro como os primeiros Jogos Olímpicos da Lusofonia.

Vicente Moura apresenta ideias interessantes nas muitas coisas que disse mas principalmente o que fica é a sua crítica ao estudo da PWC encomendado ao Governo, quando ele nunca fez em dezenas de anos de presidência no COP um estudo que possa agora apresentar e em segundo lugar por deixar no ar um pedido de trabalho eventualmente a alguém presente na sala porque ia sair do COP mas ia ficar por aqui por ter ainda muito para dar, o que não concretizou.

O seu pedido para ser ouvido com outro estatuto pela PWC esbarra no facto do COP não ter estudos ou investigações para a matéria que distribuiu dinheiros durante décadas e que quando foi ouvido nada apresentou de estudos e investigações a corroborar as suas posições.

Nesta audiência referiu muito a informação que tinha e ao concretizar parece que são os recortes de jornal que iam saindo ao longo de todo o tempo o que face aos resultados materiais actuais é decisivamente insuficiente.

Os deputados estavam apressados queriam estar fora dali, apresentavam questões bonitas mas não tinham tempo para ouvir ou discutir as respostas. Deveria ser mais clara a sua responsabilidade como deputados da Nação e seria interessante que do ponto de vista do desporto essa prerrogativa fosse respeitada e claramente evidenciada.

O que fica do debate é uma apresentação que pode ser considerada interessante por parte de Vicente Moura e Mário Santos e a ausência de conceitos ou de uma Visão do desporto e do olimpismo por parte dos parlamentares.

Os conceitos estão ultrapassados pela parte dos líderes desportivos se bem que estejam a evoluir rapidamente mas a que falta profundidade e estruturação face aos desafios que se acumulam.

O Parlamento também não vai deixar de cavalgar a medalha olímpica da Canoagem em Londres, segundo promessa feita, e assim vão as iniciativas para desenvolver o desporto português.

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