quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A doença do desporto nacional é grave e economicamente um desastre

I
Tive uma experiência há alguns anos em que havendo um problema na organização desportiva se ponderou a forma de o resolver com eficácia e em tempo útil.

Tudo se passou criando a solução decidida e, em tempo útil, a organização foi conduzida ao caminho desejado pelos parceiros sociais, o qual era resolver o problema e colocar a organização e todas as suas partes a maximizar o seu interesse e o seu benefício.


II
O cuidado mínimo de potenciar uma saída consensual sem prejudicar minimamente todo o desporto não surge.

Há factos que demonstram o desencontro de esforços e isso não se relaciona com o comportamento individual mas da criação de um consenso e de um saber-fazer eficiente e potenciador da utilidade colectiva.

A doença é grave e tem o nome de doença porque prejudica todos os órgãos e enfraquece o corpo desportivo.


III
O desporto está mais frágil e impotente porque esconde as medalhas a ganhar em Londres.

O facto de se esconder o número de medalhas em Londres, nos Jogos Olímpicos, não quer dizer que Portugal não seja candidato a 5 medalhas.

Estou à vontade para referir as 5 medalhas porque trabalho esta matéria há mais de uma década e há muito indiquei que o potencial demográfico e económico de Portugal nos Jogos Olímpicos, em competição com todos os outros países, era de 5 medalhas.

As 5 medalhas são uma média simples de capacidade material de realização desportiva de países de dimensão equivalente à de Portugal e não desaparece porque há líderes desportivos portugueses que não querem assumir a sua responsabilidade ética de conquistar 5 medalhas para Portugal, para a sua população e para os atletas que têm esse potencial e foram esbulhados ou desapossados por essas lideranças incapazes de potenciar os direitos da população, das organizações e dos atletas portugueses.


IV
Há federações que continuam a organizar eventos desportivos que mais ninguém na Europa quer organizar a não ser países que iniciaram há pouco a democracia das instituições e dos mercados ou noutros casos ou países árabes ricos em petróleo.

Nota-se igualmente que estas modalidades desportivas nacionais são pobres e cujos resultados recentes decrescem e, contudo, são atiradas para a realização de eventos que no seu caso de modalidades pequenas e muito pequenas correspondem a 'mega-eventos' à sua escala.


V
A doença do desporto português é nada aprender nem com o caso INDESP, nem com os aspectos negativos do Euro2004, nem com a junção dos comités olímpicos e confederações como fazem os países que possuem mais praticantes e conquistam mais medalhas do que Portugal.

A doença do desporto português é grave e economicamente um desastre.

Quem sou eu para o sustentar, se pessoas responsáveis e de altíssimo estatuto sustentam a maravilha do processo revolucionário em curso.

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