quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O que querem as federações dos candidatos a presidente do COP II

Há um mau contrato nas palavras do que as federações esperam do seu presidente.

Aquilo que falam é uma mão cheia de nada, são palavras de circunstância.

Nada parece prometido ou assegurado, tu
do poderá ser feito pelo candidato a presidente.


Os líderes e direcções de federações desportivas parece não terem objectivos sobre uma visão do desporto nacional.

Mantém-se um desconhecimento material da real situação do desporto e observa-se a dificuldade de discutir publicamente os desafios do desporto no apoio ao candidato preferido.

A liderança desportiva nacional não percepciona a materialidade da situação desportiva em que se encontra.

Em fevereiro de 2013 parece embevecer-se com as suas palavras e os adjectivos.

Não há razão nenhuma para pensar que qualquer um dos candidatos a presidente possa estar bem acompanhado para materializar algumas das palavras ditas e se avançar numa sua determinação verá o vácuo de apoio federativo equivalente ao que outros já sentiram como terá sido o caso de Fernando Mota.

A sociedade portuguesa é deixada na ignorância sobre o que querem em concreto os líderes desportivos federados com esta votação para presidente do COP.

Será que os presidentes e direcções das federações, por exemplo, vão querer dinheiro?

Que garantias dão e em particular que papel esperam ou destinam ao presidente do COP?

Porquê o presidente do COP se existe também o da CDP e o CND e o Parlamento?

Não deveria ser a sociedade informada daquilo que vai pagar e onde vai meter os seus filhos e das garantias do associativismo desportivo neste momento crucial?

Fala-se muito do associativismo, do olimpismo, das federações, da autonomia do movimento associativo. O que é isto? Para fazer o quê? O que é que são estas palavras?

Porque não se concretizam os velhos, novos e actuais desafios do desporto?

Disse Almeida Garret "Foge, cão, que te fazem barão. Para onde? Se me fazem visconde ..."

O que querem as federações dos candidatos a presidente do COP I

Após uma pesquisa enviada por mão amiga seguem as afirmações das federações à comunicação social acerca do seu apoio aos candidatos presidenciais:
  • a pessoa certa para fazer do COP "a casa de todas as federações" e ser para estas "um parceiro e um aliado".
  • capacidade de liderança, da ambição pela implementação de um projeto estruturante, em que a definição da estratégia é prévia a qualquer ação
  • a federação … identifica-se com as ideias e valores defendidos
  • um projeto que também contribua para a dinamização e autonomia do movimento associativo ligado ao Desporto".
  • "ambicioso projeto estrutural e estruturante"
  • "plenas condições para desenvolver um projeto" que respeite a "autonomia do movimento associativo".
  • melhor defende os interesses do desporto nacional e a que mais se adequa às ideias da direção da Federação
  • experiência e pela sensibilidade que vem demonstrando para as diferentes especificidades de cada uma das modalidades
  • pessoa indicada para dirigir o COP no atual momento do desporto português, que vive uma era de novos desafios»,
  • ambicioso projecto
  • Considerando a experiência
  • o elevado grau de conhecimento das diversas áreas fundamentais ao desenvolvimento do Desporto Nacional,
  • a ... associa-se natural e entusiasticamente à sua candidatura, na certeza de que o Movimento Olímpico em Portugal se tornará mais forte.
  • A ... reconhece … capacidades ímpares de liderança, planeamento, motivação e execução de projectos.a prioridade à definição de objectivos e estratégias, com respeito pelas características das diferentes modalidades e sectores e pela autonomia do Movimento Associativo.
  • É do entendimento desta federação que … reúne todas as condições para desenvolver um projeto sustentado com vista à elevação do panorama desportivo português e, deste modo, contribuir para o progresso humano e desportivo representado pelo movimento olímpico"
  • experiência e percurso de liderança no desporto"
  • é a pessoa indicada para dirigir o ... e congregar o universo das estruturas desportivas portuguesas federadas, no atual momento de mudança e de novos desafios".
  • os «cargos desempenhados em diversos organismos»
  • «garante a aplicação da sua experiencia na gestão do ...».
  • «integridade, capacidade e provas dadas» no desporto.
  • «... é o garante da execução de um programa sustentado com vista ao engrandecimento e valorização do Movimento Olímpico»,
  • «cargos desempenhados em diversos organismos» «garante a aplicação da sua experiencia na gestão do ...».
  • de molde a que o Movimento Olímpico se possa tornar mais forte»,.
  • «é chegado o momento de mudança».
  • mudança, inovação e afirmação da sua autonomia
  • projeto estrutural e estruturante, ambicioso e de reforço do movimento associativo e do olimpismo «preenche todos os requisitos para ser conduzido à presidência do ...»
  • garante-nos que haverá mudança nos procedimentos, otimismo e eficácia, em prol do desporto e dos valores olímpicos»

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

PORTUGAL DEBATE DESPORTO ATÉ 2020


O Grupo de Líderes Empresariais resolveu abrir hoje, dia 30, no Hotel D. Pedro V, em Lisboa, um Fórum Nacional subordinado ao tema Portugal e o Desporto até 2020, com início às 9.30, com a cerimónia de abertura a cargo do Secretário de Estado do desporto e Juventude, e termo, às 18.30, com discurso final de Miguel Relvas.



 A distribuição dos papeis, temas a debater, e oradores, constitui uma amálgama previsível quanto aos resultados, sem desprimor para os intervenientes que deviam ter prévio conhecimento do programa, para não caírem num debate sobre o nada do nada do desporto. São pedras soltas desligadas de um centro de interesse.



Se a organização se tivesse dado ao trabalho de ler os Estatutos do Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. verificaria que este ente, para pretender desenvolver o desporto luso dispõe de 10 Departamentos e 9 Divisões. É muita gente a trabalhar, sem os resultados esperados, porque a crise financeira impede-os de pôr a máquina a funcionar.


A  consulta não estava interdita, e dela se dá conta, embora tardiamente, com o que se não perde tempo, porque a todo o tempo, o tempo é. Daí a apresentação do principal, o Art.º 6.º da Portaria n.º 11/2012, de 11.01.2012:


Departamento de Desporto


 


1 — O Departamento de Desporto promove e apoia a prática desportiva regular e de alto rendimento.



2 — Ao Departamento de Desporto, abreviadamente designado por DD, compete:


a) Promover a mobilização da população em geral para a prática desportiva;

b) Apoiar, nos termos legais, os clubes de praticantes e as associações promotoras de desporto;
c) Assegurar os procedimentos inerentes ao apoio técnico, material e financeiro ao desenvolvimento de acções no âmbito do desporto, na base de reconhecimento de interesse público;

d) Estimular e apoiar a execução de projectos que tenham como finalidade o reforço da participação das mulheres e dos jovens na prática do desporto;

e) Apoiar a dinamização e operacionalização de projectos de cooperação intersectorial, em especial do desporto escolar e no ensino superior e nas áreas da saúde e da inclusão social;

f) Prestar uma atenção específica ao apoio a atribuir à promoção e desenvolvimento do desporto junto das pessoas com deficiência e da população sénior;

g) Organizar e manter actualizado o registo nacional de pessoas singulares e colectivas, distinguidas por feitos e méritos desportivos;

h) Apoiar, acompanhar e avaliar a execução dos Programas de Preparação Olímpica e Paralímpica;

i) Elaborar e manter actualizada a Carta Desportiva Nacional, assegurando que os dados constantes da mesma são integrados no sistema estatístico nacional;

j) Propor as medidas necessárias para assegurar a articulação horizontal entre o IPDJ, I. P., e os diferentes organismos da Administração Pública e os sectores Empresarial e de Inovação e Desenvolvimento;

k) Assegurar as demais funções que lhe sejam cometidas pelo Conselho Directivo.



Relembra-se, a propósito das competências do COP, que elas afinal são propriedade do Desporto Federado.

A notícia até explica, e mal, quais as razões de ser até 2020:

Falamos até 2020, data que perfaz três ciclos olímpicos. Terminámos a participação de Londres-12 cm desempenhos que criaram polémica.

Se terminámos a participação de Londres-2012, não é lícito incluir Londres porque é passado, logo, os três ciclos olímpicos seriam 2016-2020-2024. A menos que o ciclo 2012 esteja incluído e então estaria correcto o ciclo 2012-2016-2020. Mas mesmo aqui não se entende a exclusão londrina, mas dá para entender como as pessoas continuam a não explicar as coisas com precisão. Porquê incluir o passado se nenhum governo está capacitado para prometer ajudas por ciclos, tanto mais que nenhum consegue estar no poder durante três ciclos olímpicos, ou seja 12 anos ? Alguns nem 1 ano conseguem estar (1978-PS+CDS-7 meses) (1978-79-PSD-5 meses) (1981-AD-10 meses) (2004-2005-PSD+CDS-8 meses). 

Primeiro, porque não as conhecem, e segundo, porque afinal o que se pretendia era transmitir a ideia de que o Grupo de Líderes Empresariais se interessava pelo Desporto, ainda que da forma mais displicente.

Mas deve ter sido um convívio agradável no dia 30 de Janeiro de 2012, no Hotel D. Pedro V. 
 


Agora é só andar em frente e apresentar ou dar dicas sobre o desporto e o PS

Está tudo claro e resolvido, entre Costa e Seguro, só falta haver uma oposição clara e oportuna na política desportiva nacional.

A onda do canhão da Nazaré é um bem público

No jornal i surge a notícia que levanta problemas sobre a categoria económica a dar à onda e às imagens que de lá são tiradas. Ver aqui.
  1. A onda da Nazaré, com tudo o que se passa em cima dela, é um bem público cujo usufruto é impossível retirar às pessoas que por lá passarem.
  2. O forte é um bem público pelo serviço de segurança marítima que executa e tem regras de abertura de forma a não prejudicar esse serviço público.
  3. A autarquia está interessada em maximizar o bem-estar local e investe para promover a produção de usufruto de grandes ondas quer pelos praticantes de surfe, quer pelos seus espectadores.
  4. Esta exposição planetária e a promoção desta actividade radical exige conhecimentos e uma prática muito apuradas e necessita de alguma regulação a fim de evitar aventureiros e praticantes amadores levados pelo entusiasmo da moda.
  5. Não estou a propor uma nova lei ou portaria mas uma coisa simples que é a autarquia e os profissionais do surfe que actuam na Nazaré criarem uma comissão de segurança e de qualidade do produto Ondas da Nazaré ou o Canhão da Nazaré. Caso ela ainda não exista!
  6. A questão desta Comissão das Ondas da Nazaré é que ninguém se magoe. Se alguém se magoar o prejuízo é grande e é bom não esquecer como os empresários dos Aquaparques estupidamente mataram crianças e o seu negócio. Ninguém se deverá aventurar nas ondas do Canhão sem passar pela comissão.
  7. A promoção de estrelas mundiais do surfe para promover a Nazaré é um investimento público a cargo da autarquia cujas imagens podendo ser captadas por qualquer pessoa ou jornal devem ser enquadradas por profissionais de marketing que construirão um produto para a exposição mundial das Ondas da Nazaré.
Não respondi a todas as questões que se colocam.

Sugiro elementos que estruturam a exploração sustentada do recurso público visando o benefício de todos no longo prazo.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Esta notícia do jornal i está errada ou mal feita

Diz o jornal i que "Desporto recebe mais dinheiro do que a Cultura do Estado", aqui.

A notícia parece ser feita sobre uma listagem de apoios publicada pelas Finanças e não tem uma caracterização do que se compreende pelos subsídios e recebimentos das instituições e sectores.

Alguém no desporto já deveria ter reagido e colocado os pontos nos i's ao jornal i.

Ou talvez não!

O desporto nunca o fez publicamente e se em reuniões 'tête-à-tête' elas se fizeram, então foram ineficazes.

Haverá a expectativa de uma maior assertividade, eficácia política e coerência neste tipo de coisas, no futuro próximo?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Garrett McNamara volta a surfar montanha de água na Nazaré

Título e a fotografia saídos no Público aqui.

e que se agradece pelo uso


Cheios de pressa

A política da terra queimada é a consequência de se querer andar depressa sem ter meio com que o fazer.

Há coisas feias que não se devem dizer por muito que doa.

Os atropelamentos são naturais, justificam-se e não se pára para dar uma simples explicação.

Principalmente quando não há condições para o fazer.

Noutros lados chama-se atropelamento e fuga.

A resolução é complexa quando se destina ao Olimpo.

O povo conforma-se e reza-lhes pela alma em português sem correcção ortográfica.

Criam-se miniaturas de resultados recreativos que enchem o olho do que é pequeno por natureza.

Não se querem empecilhos e juntam-se aves canoras para o ruído ambiente parecer bem quando surgem os Reis Magos.

Depois fala-se abrindo a manta plena de buracos e mostra-se a natureza da encomenda.

Podia ser de outra forma?

A situação assemelha-se àquele personagem da Alice sempre cheio de pressa, para coisa nenhuma.

Podia lá ser de outra forma!

Que políticas desportivas as da oposição?

Pergunta interessante não é?

Já não é a primeira vez que aqui se faz.

A resposta veio agora com os desatinos entre Seguro e Costa.

Alguém explica porque é que não se entendem sendo os dois tão inteligentes e um mais do que o outro, indiscutivelmente?

Se não se entendem quem fica à frente do país e quem fica com outras coisas interessantes, como é que vão ser capazes de dizer o que quer que seja sobre o desporto ou sobre outra coisa qualquer?

Talvez seja porque o pessoal não percebe ou então o PS decidiu que assim é melhor para o país.

Não há política desportiva do PS?

Há, sim senhor.

Uma personalidade do PS apoia Marques da Silva e a uma outra apoia José Manuel Constantino.

Cristalino.

A política desportiva do PS é uma das candidaturas e a sua contrária, também.

Brilhante. Fiável. Confiável. Assertiva.

Talvez possa ser igualmente alguma capacidade de conseguir fazer melhor que o PSD.

domingo, 27 de janeiro de 2013

O COP IGUAL A SI MESMO DESDE 1912


Considerando que o CIO nasceu, em Paris, num rés-do-chão de um imóvel da Rue Babylone, tudo é possível no reino babilónico do CIO 

O COP, como se sabe, é um subordinado apagado do CIO, e como tal, atém-se ao que o CIO ordena, manda e impõe, i.é,, que lhe seja enviada a lista dos atletas nas proximidades dos Jogos Olímpicos,. Apenas o Tribunal Arbitral do Desporto, com a ajuda da jurisdição suíça conseguiu libertar-se da amarra CIO e tornar-se totalmente independente. O COP, nem pensar e, em tais circunstâncias, fora dessa obrigação, que qualquer sistema de comunicação resolveria, como os CTT, um simples e-mail, um rotineiro fax, ou uma chamada telefónica, fora dessa obrigação, como se dizia, COP, nem pensar e, em tais circunstâncias, viu-se na necessidade de preencher o vazio do excessivo tempo sobrante, animando as hostes federativas, clamando contra o perdulário Governo, e oferecendo os seus préstimos para que o desenvolvimento do mundo periférico da humanidade, que são os jovens, não a favor deles, mas do futuro produto para encher os estádios olímpicos, e ainda para que o desenvolvimento do mundo central, os homens-atletas-olímpicos, potenciais conquistadores de medalhas. Como se sabe, o COP, se não é independente do CIO, para melhorar a sua imagem perante ele, pelas insignificantes atribuições, tampouco é independente do Governo que igualmente lhas limita.

Para que o COP tivesse alguma liberdade, cerceada pela sua legalização jurídica perante o Governo – não esquecer que o CIO estipula que os Comités Nacionais Olímpicos são independentes da política – só teria que estar legalizado, e deixar de receber os euros para os distribuir pelas Federações Olímpicas, já que essa posição de distribuidor de dinheiros o subordina ao Estado, além de que se afigura que, para o efeito, seria mais lógica a via Governo-IDJP,I.P.-IDP,I.P., com a justificação de que as Federações estão subordinadas ao Governo, além de que nem todas são Olímpicas, para que um dos pretendentes, à casa do COP, alegue que uma das medidas a implementar será a de transformar, a casa do COP, na casa de todas as Federações, quando já existe uma casa apropriada como é a CDP. Com tal medida resultaria uma cisão entre as Federações, umas a continuarem na CDP e outras a preferirem alistarem-se no COP. Dividir para reinar ?

Estes considerandos filiam-se, e porventura mal, no facto de, sistematicamente, os discursos do COP inferirem, como que uma autoria à preparação olímpica, sugerirem o número de medalhas a alcançar quando, literalmente, nem de direito, nem de facto, dão qualquer contributo para a preparação dos atletas, o que marginaliza e apaga o trabalho dos atletas, treinadores, clubes, associações, federações e CDP, únicas entidades que trabalham, ao fim e ao cabo, para o COP.

Com a casa do COP transformada na casa das Federações, então sim, a configuração permitirá ao COP arrogar-se como orientador de toda a preparação olímpica, substituindo-se à CDP e ao IDP,I.P. ou ao seu Departamento Federado.

Singelamente, ao COP o que é do COP, porque quanto mais alto for o voo, maior será a queda.

Só quero dizer uma coisa

Poderá parecer que me dirijo a uma situação, como o COP, mas não, verdadeiramente trata-se  de mais um sinal de erros que larvam há muito, surgem com frequência, crescem como uma metástase e não há materialmente remédios para os corrigir e clareza para os iluminar.

De repente tudo está e quer estar na tendência da moda da legislatura quando essa moda é tremendamente errada, é aplicada e replicada, e os acompanhantes de sempre e de última hora não têm tempo e não é de sua predisposição prenderem-se com coisas pequenas.

O desporto português actualmente passou a fase de dar mais um passo para o precipício.

Actualmente o desporto português é uma actividade radical, deu o passo para o vácuo, cai aos trambolhões porque não sabe da arte.

A questão é se vai sentir o impacto com o chão e de que forma essa realidade se vai evidenciar.

Terá começado a cair por alturas do choque de 2008, acelerou passando pelo impacto de 2012, como uma pedra em queda livre, e os actos, mil, e as palavras, tantas, não fazem sentido face ao concreto que o cérebro se recusa a defrontar.

Bom fim-de-semana.

sábado, 26 de janeiro de 2013

A CRIAÇÂO DO COP SEGUNDO O CIO

Fonte: 
Bulletin du Comité International Olympique (BCIO)
 n.º 66, 15.05.1959

È curioso figurar na notícia do BCIO que "as últimas eleições realizaram-se em 1952 e 1957 e foram inspiradas nas Regras Olímpicas, artigo n.º 25", ou seja a Carta Olímpica de 1958, que reza assim:

2 5 Les Comités Nationaux Olympiques doivent être complètement
indépendants et autonomes et à l'abri de toute influence politique,
confessionnelle ou commerciale.
Les Clomités Nationaux Olympiques qui ne se conforment pas aux
statuts et aux règlements du Comité International Olympique cessent
d'être reconnus et perdent leur droit d'envoyer des participants aux
Jeux Olympiques.

Mas mais importante é a regra n.º 24 onde se estipulavam as competências e funções dos Comités Olímpicos Nacionais, em 1958









Outra notícia da candidatura de José Constantino

No Sapo.pt aqui.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A TEIA DA ARANHA DO tribunal arbitral do desporto


Sobre esta matéria que ora anda nos corredores do mundo lusitano será oportuno dar a conhecer como é que o Estado constroi uma teia de aranha, a contento do Governo porque é mais um pusilânime instrumento de fazer a justiça que todo o mundo lusitano, e extra-fronteiras conhece, critica e repugna.

Portanto, vejam como a aranha irá aparecer vestida, a preceito e com as cores do arco-íris para enganar os tolos. 

Mas talvez fosse mais oportuno ir à nave espacial  Actividade Parlamentar e Projecto Legislativo para verificar como os operários suam e se esgotam na trabalheira de uma construção fora do tempo e do contexto, havendo problemas mais prementes em termos sociais e económicos agudizando-se em cada dia que passa.

Mas a fobia legislativa faz esquecer aos dignos deputados os problemas graves da Nação, e enquanto a Troika vai e vem folgam as costas. Nada para esquecer esses problemas como inventar mais uma lei que se sabe desnecessária para entretenimento e ocupação do tempo em jogos de puzzle e encaixe de artigos, parágrafos e alíneas, não esquecendo os longos Motivos (inexistentes mas que poderão ocorrer daqui a 50 anos), e as revogações que legitimam a produção legífera.

Comissão Europeia abre vagas para 650 estágios remunerados




A Comissão Europeia abriu vagas para o seu programa de estágios remunerados que vai ter início a partir de Outubro. A partir de 1 de Outubro, 650 estagiários vão ter o privilégio de começar a colaborar numa organização que serve mais de 500 milhões de habitantes em 27 países.


O período de candidatura vai ter lugar até ao dia 31 de Janeiro, com a pré-selecção a decorrer em Março e Abril, e a selecção em Maio. Os estágios vão ter lugar em Bruxelas e na cidade do Luxemburgo, e a Comissão Europeia pede os seguintes requisitos mínimos: Possuir uma licenciatura; ter um bom conhecimento de inglês, francês ou alemão; ter um bom conhecimento de uma segundo língua oficial da União Europeia.


A experiência profissional vai ter a duração de cinco meses e os estagiários vão receber uma remuneração mensal de 1000 euros e o reembolso das despesas de viagem, assim como seguros de saúde e de acidente. A Comissão Europeia recebe todos os anos mais de 1300 estagiários com os estágios a terem início em Março e em Outubro.
Para mais informações sobre como se candidatar consulte o site do Gabinete de Estágios da Comissão Europeia.


Newsletter No 1/2013 da IAKS


Aos interessados pelas novidades das infraestruturas desportivas, para se debruçarem sibre as novidades apresentadas pela

FUTEBOL E COLONIALISMO


Sessão de discussão da obra «Futebol e Colonialismo: corpo e cultura popular em Moçambique»,     de Nuno Domingos.

No dia 29 de janeiro, pelas 17h30, no Porto, Sala de Reuniões da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a obra de Nuno Domingos será comentada pelo investigador do Instituto de Sociologia Virgílio Borges Pereira. 

Seguir-se-á, como habitualmente, um debate alargado ao público.
A entrada é livre.

Fonte: APS - Newsletter n.º 243

Ilações do desconseguimento de Fernando Mota na candidatura a presidente do COP

  1. Fernando Mota foi o presidente que mais medalhas olímpicas ganhou no século XX para o desporto português.
  2. Fernando Mota não morre e tem muito para dar ao desporto português.
  3. As federações olímpicas portuguesas preferiram escolher as candidaturas alternativas a este historial o que que está no âmbito do seu livre arbítrio.
  4. O desporto português está mal! Muito Obrigado!
  5. O desporto português necessita de acertar o passo com século XXI do desporto europeu.
  6. Actualmente estão dois candidatos José Manuel Constantino e Marques da Silva.
  7. A expectativa que José Manuel Constantino trás é a possibilidade de um futuro diferente.
  8. A imagem de Marques da Silva é a tradição olímpica lusa com a promessa de transformações q.b.
  9. Parece-me que as hipóteses de José Manuel Constantino igualar os seus críticos serão equivalentes às de Marques da Silva surpreender o desporto e a sociedade portuguesa.
  10. Apesar de não votar, o meu candidato é, a uma distância muito grande, José Manuel Constantino.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO ESTÁ TENTANDO CENSURAR O LIVRO PUBLICADO DA PROFESSORA KATIA RUBIO

A fama que já vem de longe



Em 28 de Janeiro de 2010

Katia Rubio é uma das mais festejadas e respeitadas educadoras olímpica do País, ao lado de Laurete Aparecida de Godoy e tantas outras celebridades do mundo acadêmico. Professora da Faculdade de Educação Física da Universidade de São Paulo, Kátia também atua como psicóloga do esporte, possui uma série de Livros publicados e uma folha exemplar de serviços prestados para o desenvolvimento do Brasil nessa área. Katia é conferencista sobre o tema Olímpico no Brasil e no exterior.

Seu mais recente Livro chama-se “Esporte, Educação e Valores Olímpicos”. Uma Obra necessária para quem ensina e dedica-se ao tema.

Pois bem, o Comité Olímpico Brasileiro está processando a Professora Kátia Rúbio em razão dessa magnífica Obra.

Sei lá o que leva os Pajs Olímpicos a processar Kátia Rubio pela publicação de um Livro absolutamente de conteúdo académico.

Seja lá quais forem as razões dessa gente, essa ação é extremamente preocupante. Assemelha-se às mais sangrentas das ditaduras, em que todos aqueles que não rezam pela cartilha do chefe estão fadados à perseguição. A atitude do COB é deplorável e merece preocupação, pois atenta contra a liberdade de expressão. É uma tentativa de intimidação e controle da produção académica.

O COB tem um setor cultural, que não faz nada de interessante. Publica um monte de bobagens, livros de gente ligada a eles, mal escritos e que acabam encalhando nas prateleiras. Eu os leio por puro dever de ofício. Tem uma parceria com a editora Casa da Palavra (cujo contrato nunca foi revelado), que se presta a, unicamente, na área dos esportes, editar escritos chapa branca, ou que não firam a “filosofia de trabalho” do grupelho que toma conta do nosso olimpismo.

Os académicos, a Universidade de São Paulo, a imprensa, os desportistas devem unir-se para, veementemente, repudiar esse ato autoritário do COB. Se não houver forte reacção, aonde vamos parar?
Censura é coisa séria, mas muito séria mesmo. Este Blog solidariza-se com a Educadora e a Professora Kátia Rúbio.

Fonte: blog centroesportivovirtual

A PROPÓSITO DO TRIBUNAL ARBITRAL DESPORTIVO

Tribunal Arbitral do Desporto, em Lausana, 
em ambiente propício, limpo e arejado, como
covém a um Tribunal: longe de Portugal




Agora que retorna à praça pública o almejado Tribunal Arbitral do Desporto, ora pelo COP, ora pelo Governo, parece mais um veneno encomendado para dar uma cadeira a quem a prenunciou ou a quem pelo lugar almeja. Estaria implícita a ideia de que - qualquer que viesse a ser o seu dono e proprietário - a isenção jurídica prevaleceria. O que, num mundo lusitano desportivo com vespeiros, não é verdade.

O TAD português é o pior achado arqueológico, porque viciado nas suas origens. Tão depressa o deseja o COP, como, com igual desenvoltura o deseja o Estado. E esta disputa diz tudo. Mas diz tudo o quê ? Que o desporto nacional fica entregue à parcialidade e à pouca vergonha que já hoje em dia, nos é proporcionado assistir no campo político, sem a menor parcimónia, como se, não ter vergonha, tivesse passado a ser virtude. E como uma pandemia não tardaria o contágio ao campo desportivo.

Mas, desconhecendo se o alvitre veio na sequência do caso Queiroz-(Luís Horta-Sardinha), ou se é anterior e entrou em hibernação, tudo leva a crer que, embora com um largo atraso para que os dois contendores COP-ESTADO pudessem digerir a ideia ou fazê-la esquecer, que, dizia-se, o caso Queiroz terá sido o insólito despertador.

Se o TAD tivesse sido criado, legalizado e atribuído ao Estado, quem dúvidas teria sobre o resultado do caso Queiroz-(Luís Horta-Sardinha) ? Queiroz seria severa e duplamente castigado. Na situação inversa em que o TAD ao COP se atribuiria, afigura-se difícil a um organismo olímpico, mesmo gritando contra o Estado, mas dele dependente, alterar a sentença logo, igual juízo recairia. 

E aí temos as primeiras dificuldades para um TAD nacional, em Portugal, França, Itália, Alemanha, e algures por esse mundo fora.
Porque, e a isso convém cada um se ater, como volúvel é, numa massa crítica desportiva nacional, eivada de paixões clubísticas, simpatias, antipatias, ódios pessoais, queixas do passado, ideologias partidárias, facciosismo, falsas autarcias - e não é desejável alargar a lista das fraquezas humanas - em meio tão pequeno e irrisório, onde toda a gente como num panóptico, enxerga os defeitos dos outros, e as virtudes em si mesmos.

Daqui a diferença abissal entre um TAD do CIO, e um TAD, do COP ou do Estado – o diabo que venha e escolha – considerando que o longe do TAD-CIO, longe das paixões locais, longe das pequenas questiúnculas locais, e longe das intimidades ou inimizades pessoais, estará sempre em melhores condições de imparcialidade perante as condições expostas por cada um dos contendores. O longe é o melhor salvo conduto para o juízo mais perfeito, porque longe dos ruídos locais, e porque esse ambiente  de acalmia, sossego, e isolamento suíço, criam o ambiente propício para um desenvolvimento do exame frio e análise meticulosa dos argumentos das partes que desconhece.

A diferença é humanamente climática. No TAD suíço o ambiente é mentalmente frio, enquanto que no TAD lusitano, em vez de quente, será um fogo escaldante. E é isso que se deseja para o desporto nacional ?

UCI encobriu Armstrong durante o Tour de 1999

Artigo no Expresso aqui.
Também está no Público aqui.

  1. Tudo isto é o que uma federação desportiva não deve fazer
  2. Novos inquéritos ao incidir sobre a UCI mostrarão o envolvimento que o atleta protagonizou nas estruturas do ciclismo mundial

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Entrevista de Fernando Mota ao Record de Hoje

Retirei algumas partes da entrevista:

Acerca do Atletismo e se deverá apoiar FM


A actual Direcção da FPA não tem que se sentir constrangida a apoiar-me a candidato a Presidente do COP só pelo facto de ter sido Presidente da FPA. Se reúno ou não as condições necessárias e suficientes para poder servir com competência, dedicação e espírito de missão o Desporto Nacional e o Movimento Olímpico, essa é outra questão…sendo certo que os representantes das Federações , titulares da Comissão Executiva não foram eleitos para “proteger” a sua modalidade.

Sobre Vicente Moura

Considero que foi um dos mais difíceis, senão mesmo o mais intranquilo dos seus mandatos. As comemorações do Centenário do COP, a realização dos jogos da Lusofonia, a luta pela criação do Tribunal Arbitral do Desporto e sua instalação sob a égide do COP, bem com a participação desportiva em Londres não disfarçaram a imagem de uma perda progressiva de coesão e de participação dos membros da Comissão Executiva, acentuando-se a ideia de um poder não partilhado.

A liderança

Todos os líderes gostariam de poder ter uma governação partilhada, comprometida, responsabilizada. A concretização deste objectivo no COP passará pela forma como a Comissão Executiva seja constituída. Esta terá de integrar pessoas competentes e sobretudo muito disponíveis. Não faz qualquer sentido que os lugares de maior responsabilidade política sejam habitualmente atribuídos a “senadores” representativos das modalidades ditas mais relevantes e que limitem a sua acção a um papel meramente decorativo. Tem de se conseguir alcançar na composição da Comissão Executiva, um bom equilíbrio entre um número (reduzido) de presidentes de federações olímpicas e não olímpicas, dirigentes de federações que não sejam presidentes e personalidades do mundo desportivo com passado e experiência sólidos.

Rio de Janeiro entre 0 e 3 medalhas

Os resultados a alcançar no Rio de Janeiro não serão diferentes do que se tem conseguido desde que Portugal participa nos jogos, ou seja, entre 0 e 3 medalhas. Enquanto não houver ganhos de escala no financiamento para o alto rendimento em particular e para o desporto em geral, enquanto não se aplicarem medidas de fundo na organização, nas estruturas e nas políticas para o desporto dificilmente se poderá pensar noutro tipo de resultados no desporto internacional.

Jorge Vieira e a presidência do Atletismo

Inteligente, culto, beneficiando de uma larga experiência profissional no seio da FPA - mais de duas décadas – o Prof. Jorge Vieira reúne condições muito favoráveis que lhe permitirão poder suplantar o legado do seu antecessor. 

Sobrevivência do Desporto

O grande problema das federações para o próximo ciclo olímpico tem muito mais a ver com a sobrevivência do desporto federado, sobretudo a da sua estrutura fundamental, os clubes, do que com a participação nos Jogos. Com o acentuar da crise as federações foram obrigadas a entrar em dietas forçadas com perdas acentuadas de financiamento público e privado, pelo que este tema tem de deixar de ser um não-assunto para as federações integrando prioritariamente a sua agenda. Como alguma convergência será melhor que nenhuma, ao estado competirá incentivar o sector privado a assumir responsabilidades sociais pelo benefício de retorno económico e de imagem que a lei do mecenato, a Fundação do Desporto e o serviço público de televisão poderão assegurar. Há que estimular o desporto antes que seja tarde.

domingo, 20 de janeiro de 2013

MIAJA vs FRANCO e JESUALDO vs PESEIRO


Durante o cerco à cidade de Madrid, na Guerra Civil de España, quando as tropas do General Franco estavam a cercá-la, um jornalista entrevistou o General Miaja, que defendia a capital, e perguntou-lhe se Franco conseguiria conquistá-la. Miaja respondeu:



- Só lhe digo isto. Franco foi meu aluno na Academia Militar e eu só lhe ensinei a defender Madrid, e nunca a atacá-la.





O que é facto é que Franco conseguiu descobrir como atacá-la e nela entrar vitorioso.


OS GANHADORES
 

General Franco                                                                                                   Prof. Jesualdo




Se, por mero acaso, algum jornalista perguntasse ao Prof. Jesualdo, antes do jogo Sporting-Braga, se o Prof. Peseiro conseguiria entrar no Sporting e ganhar o duelo, ele responderia:


- Olhe só lhe digo isto. Peseiro foi meu aluno na Faculdade de Motricidade Humana,  e eu só lhe ensinei a defender o Sporting e, como sabe, enquanto foi treinador em Alvalade, essa foi a sua tarefa, e nunca atacar o Sporting.


OS PERDEDORES

        General Miaja                                                                                                  Prof. Peseiro

A história, em qualquer âmbito, repete-se.
 






                                          

sábado, 19 de janeiro de 2013

A PROPÓSITO DOS DIREITOS DO COB, POR ORDEM DO CIO



O problema põe-se porque há uma lei do Comité Internacional Olímpico (CIO) que a impõe, qual seja a de defesa dos termos exclusivamente usados e salvaguardados por aquela instituição.

A Carta Olímpica, espécie de Constituição do Comité Internacional Olímpico (CIO), estipula o seguinte, a pp 12 e seguintes:

«Cada Comité Olímpico Nacional é responsável perante o CIO por fazer respeitar no seu país as Normas 12 [Símbolo Olímpico], 13 [Bandeira Olímpica], 14 [Lema Olímpico], 15 [Emblema Olímpico], 16 [Hino Olímpico] e 17 [Direitos dobre o símbolo, a bandeira, o lema e o hino olímpicos], e o seu texto de aplicação e tomará as medidas oportunas para impedir toda a utilização do símbolo, da bandeira, do lema, e do hino olímpicos que seja contrária a estas Normas e a seu texto de aplicação. Tentará também obter protecção jurídica, em benefício do CIO, dos termos “Olímpico” e “Olimpíada”».

Dito isto, todos os Comités Olímpicos Nacionais (CON) têm essa defesa nos seus estatutos, e como reforço jurídico, em normativos de cada Governo, impedindo o seu uso, como se verificará.

O Estado português, na Lei n.º 5/2007, de 16 de Janeiro, salvaguardou aquele direito no art.º 12, n.º 4, embora muito sumaria, imprecisa, curta e vagamente, como se pode ler:

«O Comité Olímpico de Portugal tem direito ao uso exclusivo dos símbolos olímpicos em território nacional, nos termos da lei.»
 
Donde a necessidade de maior precisão como se verifica no decreto-lei n.º 155/2012, de 18 de Julho



Artigo 2.º - Objecto

O presente diploma estabelece o regime de protecção jurídica a que ficam sujeitos os símbolos  olímpicos, adiante designados por propriedades olímpicas de acordo com a terminologia usada na Carta Olímpica, e reforça os mecanismos de combate a qualquer forma de aproveitamento ilícito dos benefícios decorrentes do uso dos mesmos.

2 — São equiparadas às propriedades olímpicas as expressões «Jogos Olímpicos», «Jogos Paralímpicos», «Olimpíadas» e quaisquer outras semelhantes ou derivadas destas, bem como o logótipo oficial do Comité Olímpico de Portugal (COP), e outras denominações devidamente registadas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, I. P. (INPI, I. P.)

3 — As propriedades olímpicas previstas nos números anteriores constituem sinais com elevado valor simbólico, nos termos e para os efeitos previstos na alínea b) do n.º 4 do artigo 238.º do Código da Propriedade Industrial.




Montado este puzzle, importa esclarecer que o CIO funciona como uma empresa lucrativa, através da indústria do espectáculo, o que se verifica no n.º 3, do art.º 2.º, do decreto-lei 155/2012, com a citação do Código de Propriedade Industrial.

Importa aduzir, além das alterações já introduzidas, e outras que foram indicadas pelo Parlamento Europeu ou pelo Conselho da Europa, no Código de Propriedade Industrial, que também o Comité Olímpico de Portugal se sujeitou aos trâmites para poder proteger a sua propriedade, com toda a simbologia acima transcrita, nos itens que ora se transcrevem:

Fundamentos de recusa de registos
Artigo 238.º
1 — Para além do que se dispõe no artigo 24.º [não pagamento da taxa, não apresentação de elementos necessários. Inobservância de formalidades, requerimento cujo objecto seja impossível ou ininteligível], o registo de uma marca é recusado quando esta:
a) Seja constituída por sinais insusceptíveis de representação gráfica;
b)  Seja constituída por sinais desprovidos de qualquer carácter distintivo;
c)  Seja constituída, exclusivamente, por sinais ou indicações, referidos nas alíneas b) a e)  do  n.º 1 do art.º 233
d) Contrarie o disposto nos artigos 222.º, 225.º, 228.º a 231.º e 235.º
2 — Não é recusado o registo de uma marca constituída, exclusivamente, por sinais ou  indicações referidos nas alíneas a), c) e d) do n.º 1
3 — É ainda recusado o registo de uma marca que contenha em todos ou alguns dos seus elementos:
a) Símbolos, brasões, emblemas ou distinções do Estado, dos municípios ou de outras entidades públicas ou particulares, nacionais ou estrangeiras, o emblema e a denominação da Cruz Vermelha, ou de outros organismos semelhantes, bem como quaisquer sinais abrangidos pelo artigo 6.º -ter da Convenção da União de Paris para a Protecção da Propriedade Industrial, salvo autorização;
b) Sinais com elevado valor simbólico, nomeadamente símbolos religiosos, salvo autorização;
c) Expressões ou figuras contrárias à lei, moral, ordem pública e bons costumes;
d) Sinais que sejam susceptíveis de induzir o público em erro, nomeadamente sobre a natureza, qualidades, utilidade ou proveniência geográfica do produto ou serviço a que a marca se destina.
5 — É também recusado o registo de uma marca que seja constituída, exclusivamente, pela Bandeira
Nacional da República Portuguesa ou por alguns dos seus elementos.
6 — É ainda recusado o registo de uma marca que contenha, entre outros elementos, a Bandeira Nacional nos casos em que seja susceptível de:
a) Induzir o público em erro sobre a proveniência geográfica dos produtos ou serviços a que se destina;
b) Levar o consumidor a supor, erradamente, que os produtos ou serviços provêm de uma entidade oficial;
c) Produzir o desrespeito ou o desprestígio da Bandeira Nacional ou de algum dos seus elementos.


NOTA FINAL

O caso vertente do Comité Olímpico Brasileiro (COB) não tem pés para andar porque, em  tais circunstâncias, também teria de fazer o mesmo reparo a todos os dicionários, enciclopédias, glossários e até os media, para a eliminação dos termos “Olímpico” e “Olimpíada”, bem como a expressão “Jogos Olímpicos”. Como o COB não o fez, os brasileiros recorreram a essa fonte, mas, o mais lustativo está no signo “olimpíada” que significa “espaço de 4 anos”, donde o uso de “olimpíadas de matemática” transgride totalmente a fonte porque aqui equivale a dizer-se  “campeonatos de matemáticas”, ou “jogos de matemática”, ou “disputas de matemática”, ou “concursos de matemática”, ou…, donde o novo significado atribuído a “olimpíada” não colide com o velho significado da fonte do CIO.

Nestas circunstâncias, e considerando que o termo “olimpíada” pertence historicamente a uma designação criada pelos Jogos Olímpicos da Antiga Grécia, o Estado grego estaria na posição de, tomando a mesma atitude, passar a proibir o COI e os Comités Olímpicos Nacionais, do uso de tais termos e de tantos outros,  como se essas instituições tivessem sido os seus criadores.

E, dada a crise financeira grega, seria uma boa oportunidade para o Governo grego exigir o pagamento de copy right, o direito de propriedade, o mesmo direito com que agora se arroga o CIO , e com os quais tem singrado economica e financeiramente, sem qualquer lucro para o património grego.  O CIO não passa de um usufrutuário.

Depois das proibições da Igreja às revelações científicas, temos agora a nova igreja CIOsa dos seus (deles, dos gregos) pergaminhos.

A Ética mora onde ?