domingo, 18 de março de 2012

O fracasso do Estado no futebol profissional

O artigo de Pedro Santos Guerreiro no Jornal de Negócios peca pelo odioso que destila para o futebol profissional.

Peca também pela leitura marginal dos factos e falta de aceitação de um negócio que sendo peculiar exige uma abordagem para lá das evidências e do diz que disse.

As margens do futebol profissional são mais elevadas do que noutros negócios e de maior risco exigindo princípios de governance a todos os parceiros que outros países como a Alemanha, o Reino Unido e a França  implementam.

Em Portugal há tradicionalmente um fracasso do Estado e um mérito para os parceiros do futebol.

As dívidas foram criadas, as dívidas não se agravaram e as soluções congeminadas pelo Estado falharam.

No período de vigência das velhas dívidas ao fisco há muitos clubes que falirem e isso também se deve ao fracasso do Estado.

Sem considerar estes factos a imagem dos donos do futebol até parece péssima mas Pedro Santos Guerreiro sabe que com um Estado ausente e incompetente por tradição, a eficiência do mercado privado tem valores negativos e tendencialmente agravados com o passar do tempo.

É neste quadro que o pacote de medidas de Mário Figueiredo são uma lufada de ar fresco mas isso não fala Pedro Santos Guerreiro.

5 comentários:

  1. Caro Fernando

    O filme está todo pervertido porque as pessoas só vêem o final. Para se perceber este final rocambolesco, todo troca-tintas, escondendo as verdades que estão por detrás do biombo, para só ver o que é oferecido pela mediatização, permite obnubilar as verdades porque há peças do instrumento mental que se vão perdendo pelo caminho, o que deturpa a linearidade dos eventos que se desenrolaram, desde que o Estado instalou no seu seio as Apostas Mútuas Desportivas, para espoliar o desporto.

    O filme começou aí e foi em crescendo, e tem a continuidade nas apostas online para continuar a extorquir ao Desporto as fontes de receita que vai descobrindo.

    Mas o olho de lince do Estado apostou em fazer-lhe a vida negra, para que o Desporto chegue a este ponto negro da sua vida, e toda a gente corte na casaca desportiva.

    O Estado tem arruinado o desporto e não o deixa viver tranquilo.

    O Estado foi e será o eterno perseguidor do Desporto.

    O que Mário Figueiredo fez foi revelar ao Estado os seus segredos, e o Estado agradece e prepara-se para os combater.

    ResponderEliminar
  2. Caro Fernando

    O filme está todo pervertido porque as pessoas só vêem o final. Para se perceber este final rocambolesco, todo troca-tintas, escondendo as verdades que estão por detrás do biombo, para só ver o que é oferecido pela mediatização, permite obnubilar as verdades porque há peças do instrumento mental que se vão perdendo pelo caminho, o que deturpa a linearidade dos eventos que se desenrolaram, desde que o Estado instalou no seu seio as Apostas Mútuas Desportivas, para espoliar o desporto.

    O filme começou aí e foi em crescendo, e tem a continuidade nas apostas online para continuar a extorquir ao Desporto as fontes de receita que vai descobrindo.

    Mas o olho de lince do Estado apostou em fazer-lhe a vida negra, para que o Desporto chegue a este ponto negro da sua vida, e toda a gente corte na casaca desportiva.

    O Estado tem arruinado o desporto e não o deixa viver tranquilo.

    O Estado foi e será o eterno perseguidor do Desporto.

    O que Mário Figueiredo fez foi revelar ao Estado os seus segredos, e o Estado agradece e prepara-se para os combater.

    ResponderEliminar
  3. Caro João
    Enquanto economista procuro notar a capacidade de realização de produto desportivo e seguidamente a eficiência económica a qual é condicionada pelas falhas ou do mercado privado ou do Estado.

    A eficácia desportiva conseguida apesar dos fracassos encontrados sugere-me que existe uma perda de produto desportivo e também de rendimento por parte dos parceiros do desporto.

    Concordo consigo que o Estado português tem prejudicado o bem-estar desportivo da sua população e a dinâmica dos parceiros privados.

    ResponderEliminar
  4. Caro Fernando

    O problema está precisamente aí, um governo neoliberal, no sentido estrito do termo, é um governo que pensa que o mercado vai fazer tudo, e ele está a ver que não consegue.

    Sabe porquê? Porque a globalização, ao centralizar os mercados nas multinacionais, fragilizou as soberanias dos Estados, ao retirar-lhes o poder económico e financeiro.

    Repare que o mercado financeiro, onde está o capital, não é controlável pelo Estado, o que significa que o Estado não tem controle sobre os movimentos de capital.

    E como os Estados querem recuperar essa soberania, a partir do mal em que se meteram - a globalização - a partir dela têm uma dificuldade enorme em libertar-se das amarras.

    A única saída ainda será os Estados perderem um pouco da soberania que ainda lhes resta e agruparem as soberanias para poderem sobreviver, como é o caso Merkel-Sarkozy que ninguém mais perseguiu.

    O Desporto limita-se a sobreviver no meio desta tempestade, e a esperar por melhores dias, para fazer o ponto da situação, e calcular os estragos para os quais nunca contribuiu, e nos quais tem de viver, mau grado seu.

    ResponderEliminar
  5. Caro João
    A finança é apenas uma das ópticas da globalização e aí as dificuldades são tremendas, mas existem outros aspectos da globalização como a da projecção do desporto que são positivas.

    Nesse aspecto Portugal também mostra a sua fraqueza.

    Olhando para o que se faz por essa Europa e esse mundo e o que fazem em Portugal os portugueses que estão entre "os 20 mais decisivos do mundo" há um gap significativo, e no desporto não são só eles há mais gente do mesmo lado a empurrar para trás...

    ResponderEliminar