quarta-feira, 4 de abril de 2012

Portugal «tem de proteger talentos desportivos»

Por SAPO Desporto c/Lusa artigo que se copia a seguir
"O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, defendeu esta terça-feira que Portugal «tem de proteger os talentos desportivos» e realçou que «o desporto é uma grande atividade exportadora».
Miguel Relvas disse que «os talentos desportivos são transacionáveis», mas referiu que «só o podem ser se tiverem uma oportunidade» de atuarem nas respetivas modalidades e salientou que Portugal tem «bons atletas» e «precisa de ter sucesso, mais do que um país grande».

Por isso, o governante, que encerrou a sessão de discussão pública do relatório de um grupo de trabalho sobre proteção de seleções nacionais e jovens praticantes, advogou a necessidade de criar «uma estratégia nacional» e de se aplicarem «políticas adequadas» para proteção dos talentos desportivos
Lembrando os êxitos de Portugal nos Jogos Olímpicos, em particular no atletismo, Miguel Relvas notou que, atualmente, não há a excelência de décadas anteriores e deixou «uma injeção de esperança e confiança».

«Vamos lançar as sementes e criar condições para que, daqui a quatro anos, possamos ter uma maior capacidade de ter resultados», disse o governante, ladeado pelo secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Alexandre Mestre.

Miguel Relvas aludiu também à qualidade dos equipamentos desportivos em Portugal e questionou: «Como é possível, depois de se terem gastos milhões em infraestruturas, termos piores resultados agora?».
O grupo de trabalho que elaborou o relatório sobre medidas de proteção das seleções nacionais e de jovens praticantes foi coordenado por José Luís Arnaut e reúne um total de 29 recomendações legislativas para o Governo.

Uma delas tem a ver com o número expressivo de jogadores estrangeiros a atuar em modalidades, como acontece no futebol, basquetebol, andebol e voleibol.

«O estudo ‘Football Finance’ revela que Portugal é o segundo país da Europa que mais se destaca em número de praticantes estrangeiros: 53 por cento contra 59 de Inglaterra», revelou José Luís Arnaut.
O coordenador, que foi ministro-adjunto do Primeiro-Ministro Durão Barroso, elencou o conjunto de propostas, entre as quais a introdução de novos modelos competitivos na formação de base, de incentivos em sede fiscal à contratação de desportistas nacionais e referiu ainda a necessidade de alterar o regime de compensação pela formação e a introdução de critérios de qualidade para os desportistas estrangeiros, exemplificando com a obrigatoriedade de internacionalização nas seleções dos países de origem."

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