A ética é um projecto desportivo com décadas de afirmação e os mais altos níveis de princípios em todo o mundo desenvolvido.
Em Portugal é uma dificuldade tradicional por parte dos governos conseguirem esboçar um projecto correcto do ponto de vista da concepção e dos princípios e na eficácia e acompanhamento firme na sua aplicação.
O actual projecto da ética nomeou embaixadores e teve cerimónias públicas até rebentar o novo conflito entre o Porto e o Benfica.
Os ditos embaixadores meteram todos a viola no saco, não era para aquilo que lhes pagavam e porque os donos da bola falam sempre mais alto e quando isso acontece não há embaixadores destes que valham.
Em vez de trabalhar com quem fez propostas sérias e concebeu instrumentos eficazes sobre ética, os partidos políticos nacionais preferem ter as pessoas do seu partido que escrevem uma coisa qualquer e o seu contrário e mais alguma e depois põe ministros, primeiros-ministros ou presidentes da república a assinar, os quais não procuram acautelar o seu bom nome e disponibilizam-se a assinar de cruz qualquer cowboiada desportiva que lhe coloquem à frente.
Quando se tem presidentes da república que não se dão ao desporto e não apresentem uma coluna vertebral de um discurso coerente para um sector como o desporto, Portugal está entregue aos bichos e deixado a estes projectos que são indecentes.
O comportamento dos governantes e dos presidentes da república prejudica o desporto o mesmo é dizer prejudica a população que os elegeu.
Porque é que esta desdita acontece ao desporto, coitadinho?
Acontece porque o benefício marginal (ou melhor dizendo o prejuízo marginal) de patrocinar maus projectos e projectos negativos não é socialmente perceptível nem pelos presidentes da república, nem pelo parlamento ou sequer pela comunicação social.
Uma excepção está no Expresso que através de Nicolau Santos noticia a trapalhada da final da Taça.
O actual projecto da ética deveria ter morrido com os comportamentos dos treinadores e jogadores e da polícia e das afirmações dos presidentes do Benfica e do Porto.
Noutro país o projecto seria revisto e levaria uma barrela mas é provável que em Portugal e no seu desporto uma coisa que não serve para nada, como para penalizar afirmações incendiárias de presidentes dos maiores clubes e o fracasso da Liga e da Federação em regularem os princípios de comportamento, continue nos sites do governo e nenhum embaixador afirme o seu propósito de se afastar da inutilidade.
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