Pinto da Costa é divertidíssimo e quando fala é interessante constatar que a estrutura do seu pensamento é de fino recorte e fala para ser compreendido pelo mais simples dos adeptos.
O anúncio do BES de homenagem à selecção de futebol deveria pôr os sinos todos a tocar nos quartéis generais do futebol e naturalmente a Pinto da Costa.
O que está em causa são as rendas que se obtêm em promover as actividades desportivas e que pela proposta do BES são colocadas no regaço de Fernando Mota, presidente do Atletismo.
Um amigo falou com alguém do gabinete do SEDJ e verificou como ele estava contente consigo próprio e tudo o que tinha sido feito no último ano. Segundo parece o importante assessor não conseguiu compreender o horror do que ele dizia no dirigente federativo que estava com 'os cabelos em pé'.
Também em 2006 um funcionário da ex-SED estava felicíssimo e dizia que a ex-SED era unanimemente elogiada pelo bom trabalho realizado até esse momento.
Acontece que o futebol tem alguns desafios que se observam nesta 'deslocação da retina' que o BES tem ao usar o atletismo para elogiar o futebol.
No caso do aumento do campeonato o caso toma outra feição mais catastrófica.
As organizações desportivas que já possuem líderes e corpos jurisdicionais ainda contratam juristas para conseguir pareceres jurídicos que lhes garantam a legalidade das decisões.
Ora, as decisões são de política e arriscam não dar aos parceiros a melhor decisão quando olham apenas para a legalidade do acto.
O problema da legalidade é relevante se o líder desportivo tiver na mão os elementos técnicos que o ajudem a tomar a decisão correcta.
Se e quando o líder olha apenas através das lentes jurídicas para as dificuldades e os desafios dos seus parceiros ficam de fora então a situação torna-se mais complexa necessariamente.
A actual SEDJ é toda ela jurídica, de alto a baixo, e de futebol para a frente, apesar da tremenda crise nacional e ainda mais que tremenda crise do desporto nacional.
O presidente da Liga diz coisas interessantes como quando fala de monopólios e depois já diz coisas menos certas quando fala dos salários em atraso ou então tenta descalçar a bota do alargamento com argumentos jurídicos usando pareceres de especialistas.
À questão do alargamento, ao ser tratada apenas com o casaco jurídico, há que desejar a maior das felicidades e esperar que os patrocinadores tentem estar de bem com Deus e o Diabo para obterem um máximo de rendas para aos seus produtos.
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