A bolha do direito do desporto leva os dirigentes públicos a voltarem-se para a inépcia e a corrupção dos dirigentes desportivos que havendo, como a realidade vai demonstrando, não justifica a causa do afastamento do desporto português da média europeia.
Os fundamentos da falha do mercado do desporto deve-se às más leis e regulamentos e à ausência de qualidade da actuação pública.
Estas são as causas do desperdício de potencial e do aproveitamento singular dos afloramentos de génio sem o devido investimento na massa de valor humano e social nacional.
Junto com a bolha do direito são servidos maus actos de decisão de produção desportiva tanto do lado privado como do lado público.
O que vejo em Espanha é um mercado do desporto competitivo servido por parceiros científicos que possuem mercados onde competem os produtores de conhecimento desportivo individuais e colectivos, escolas e empresas, federações, ligas e clubes, organismos públicos como o Conselho Superior de Desporto e o monopólio das apostas.
Numa das realizações foram convidados especialistas europeus e americanos.
Estamos a falar de um processo de trabalho que tem décadas e que se verificou em inúmeros sectores do conhecimento.
Também os congressos do direito do desporto de Espanha são conhecidos dos juristas nacionais e reza a história que a actuação dos portugueses tem usado esses congressos para desancar na realidade nacional.
Portugal tem menos persistência, ética e método. Financia abaixo do custo rata as condições de produção segundo critérios de qualidade e eficácia e é vingativo. Acontece recentemente em que se se nomeia abaixo do óptimo nacional segundo 'decisões superiores' que é coisa como antes se determinava quem servia a 'bem da nação'.
O que se passa connosco é de muito mau gosto e faz-nos mal em todos os sentidos deixando-nos na cauda da Europa e sem o proveito monetário que outros conseguem.
As federações não aceitam o namoro entre Estado e COP e reúnem-se fora da alçada do COP e da CDP procurando alternativas de política desportiva.
Não existe um quadro institucional eficiente que ajuste o querer da direcção associativa com o querer dos seus parceiros constituintes.
As federações trabalham tal como os profissionais do direito fechadas sobre si mesmas há décadas actuando o Estado na procura de soluções de visibilidade que a medalha a Jorge Mendes demonstra.
O Estado não tem ilusões sobre a qualidade do trabalho actual das federações nem a sua procura de resultados vai mais longe que a espuma espúria da onda que passa.
Não seremos todos pobres diabos tolhidos pelas nossas limitações comuns e incapacidade de dar a volta ao que fazemos há décadas da mesma forma e com resultados menores europeiamente sem lhe conseguirmos dar uma volta?
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