domingo, 22 de julho de 2012

O diagnóstico assertivo de Moniz Pereira

Pouco se fala e debate sobre a politica desportiva portuguesa e as palavras de Moniz Pereira ao Público de hoje, na pg. 12/13, tem vários momentos de realce:

  • 'podia haver mais medalhas se houvesse condições, as lesões de Naide e Évora são fruto da falta de uma pista coberta'. Ou também se podem encontrar outras causas como as falhas técnicas que sabendo que não existe pista coberta, deveriam actuar para evitar o sacrifício dos atletas e não tiveram a capacidade de o fazer!
  • sobre Mamede 'começava a queixar-se com dores e a dizer que não era capaz... Estava mais preparado que o Lopes, mas o dia chegava e fraquejava. Ao fim da primeira volta já era o último. No final, perguntaram-me se ele tinha acabado como atleta e eu disse para esperarem pelo próximo meeting da Suíça. Chegou lá e ganhou. Era a cabeça.' Há um problema profundo com a questão dos psicólogos no alto rendimento português. Não quero de momento avançar mais.
  • 'Não... é muito difícil. (os atletas viverem só do atletismo) Só para alguns e muito poucos. Também não têm condições. Não temos mais medalhas por causa disso.' Esta é uma realidade conhecida e agora na voz de um conhecedor.
  • 'O atletismo deu mais títulos e nome ao clube (Sporting) e, no entanto, só pensam no futebol.' O problema é nacional não apenas do clube.
  • sobre Zatopec: 'e o treino dele era à chuva, ao sol, manhã tarde ou à noite, quando desse.' A contradição em relação a outras palavras de falhas nacionais. 
As soluções não são simples e é útil ouvir pessoas atentamente como o professor Moniz Pereira.

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