sexta-feira, 20 de julho de 2012

Preservar a Memória do Desporto: o conceito e o seu debate

No Panathlon Clube de Lisboa sob a presidência de Maria Emília Azinhais debateu-se antes de 2008 a Memória do Desporto e a sua preservação.

Na altura eram correntes a posição de Pedro Cardoso, assessor do gabinete de Laurentino Dias, à altura secretário de Estado, incidindo na história do desporto como a celebração do homem (segundo compreendi) e que foi apresentado ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa. Este conceito aplicado ao Museu tinha o objectivo de concentrar em Lisboa o espólio desportivo nacional, apontando-se o Pavilhão Carlos Lopes como local do Museu.

No Panathlon formou-se um outro conceito que preocupando-se com a perda do espólio por esse país fora propunha formar uma corrente de literacia desportiva para que a nível local a memória do desporto fosse assumida, conhecida e preservada.

Ontem o Secretário de Estado do Desporto e Juventude Alexandre Mestre voltou a falar da preservação da memória referindo-a a Francisco Lázaro.

O Museu do Desporto começa a ter um conceito de um espaço digno central na cidade de Lisboa e de um conteúdo com uma Tertúlia Francisco Lázaro.

O conceito de preservação da memória do desporto pode tomar a dimensão que se quiser dar.

Gostaria de polemizar dizendo que o caso Francisco Lázaro permite uma abordagem tímida ou outra de maior pertinência.

Ontem no debate, veja-se o seu resumo em dois postes anteriores a este, foi dado o exemplo que o Comité Olímpico Internacional não quer celebrar Francisco Lázaro porque não quer celebrar coisas más enquanto a câmara de Estocolmo celebrou a maratona e associou-se aos portugueses na celebração de FL.

Nós temos uma situação que em alguns aspectos tem desafios muito grandes e que urgem, a história, os atletas actuais e o nosso futuro, por respostas corajosas, abertas e consensuais.

É este o desafio dos agentes desportivos actuais já não na mera celebração da memória do passado mas na preservação do futuro do desporto português que nalguns aspectos parece tão enredado em desafios e complexidades que o continuar empurrar os problemas com a barriga ou o debate do não essencial é a maneira de muito nada preservar nem o passado e muito menos o futuro.

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