terça-feira, 14 de agosto de 2012

O sistema desportivo português é obsoleto! diz VM. Será?

Vicente Moura foi eleito pelos seus pares durante quase duas décadas e recentemente está presente em todas as iniciativas do Estado e face às suas palavras deixa uma perplexidade.

A nomeação de VM para estes cargos pelos seus iguais e pelos Governos é obsoleto?

É isto que VM quer dizer?

O objecto a quem VM aplica o adjectivo obsoleto é diferente do da sua nomeação.

Contudo ao maximizar a sua apreciação, o obsoletismo do SDP, para alcançar o máximo efeito mediático o percalço surge questionando a bondade da sua relevância pessoal.

O sistema é obsoleto salvo na nomeação de VM e da sua presença para tudo.

Chegados aqui há que perguntar então em que ponto nos encontramos?

O problema do obsoletismo coloca-se na necessidade de existência da capacidade estrutural da avaliação do sistema desportivo português (SDP).

VM não chega aqui.

VM sabe que o COP é apenas para o alto rendimento, o COP precisa de um secretário-geral, controla os dinheiros para os treinadores, vai fazer o novo protocolo que vai vigorar durante os próximos 4 anos e depois VM vai-se embora.

Não se percebe a pressa de fazer o protocolo.

Onde é que está escrito que tem de fazer o protocolo no primeiro ano da olimpíada e não no segundo desde que as actividades e funções que estão em curso se mantenham?

A actual emergência não é resultado da sua actuação no passado?

Porquê não dar tempo para o desporto respirar e conceber um novo sistema?

Porquê a pressa do Rio de Janeiro agora?

Se havia essa pressa, porque é que em 2008 VM como líder do associativismo desportivo decidiu não sair para que Portugal com outro líder, outro programa e outro sistema pudesse gerar os melhores resultados com atletas portugueses e não ter de recorrer à imigração?

O obsoletismo do desporto português está na nomeação dos seus líderes e do funcionamento das suas instituições que não possuem mecanismos de democraticidade, de eficiência económica e de casamento com a sociedade portuguesa de uma forma equivalente à criada pelos britânicos em Londres 2012.

O obsoletismo do desporto português é VM não se compreender como parte do problema, nem ter havido desde há muito mecanismos que ajudem novos dirigentes do desporto a assumir a liderança.

Ontem na TVI24 o jornalista perguntava se o Chefe de Missão podia ser presidente do COP. Podia, disse VM, mas etc, etc, e liquidou ali mesmo a possível candidatura.

Teria sido curioso o jornalista continuar a perguntar-lhe por outros nomes de possíveis candidatos e ver VM a liquidá-los a todos.

Nada tenho contra ou a favor VM, desde há muitas legislaturas e ciclos olímpicos tenho indicado as limitações que se tornaram cada vez mais profundas da sua actuação como líder do desporto português.

O SDP necessita de uma transformação profunda e de inovação para assumir as médias europeias.

Estes objectivos são alcançáveis e há potencialidade nacional para lá chegar.


Alguém próximo de VM deveria fazer-lhe uma leitura descomprometida da realidade desportiva nacional.

  • VM deveria calar-se! 
  • As palavras de VM são ruído! 
  • VM é parte do problema do obsoletismo do SDP!
  • VM tem apenas de fazer uma única coisa!
  • VM tem de criar condições de democracia e transparência para eleger o melhor presidente para o COP!
  • A bem do desporto e do olimpismo português, VM não precisa falar!
  • Há outros responsáveis que têm de assumir o ajustamento estrutural do desporto português à média europeia!
  • O lugar de VM no futuro do desporto português depende dos responsáveis do desporto português!
  • Nesta fase: Les jeux sont faits! disse Sartre.

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