quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Combate dos Chefes é um processo necessariamente complexo

Uma sociedade democrática usa múltiplos canais para debater ideias.

A União Europeia é uma instituição que usa mecanismos complexos para gerar os melhores resultados para o desporto português.

A construção de estruturas de díálogo tem sido feita no desporto português e não é por resultar em produtos menores que deve ser abandonada.

Os Congressos do Desporto foram usados no passado muito distante e mais próximo. Os autores do Congresso mais recente não falam dele porque lhes faltou arte para o liderar e projectar nele o desporto português.

Os Congressos metem medo e há quem advogue que Congresso nenhum é melhor do que iniciativas incontroláveis apesar de serem os próprios condicionadores da realização a serem incapazes de os produzir bem.

Actualmente com a eleição do Presidente do COP o objecto é outro e dele vai depender a eleição do líder que coordenará o futuro do desporto português para o longo prazo do século XXI.

O Governo perdeu essa oportunidade até agora e era útil não esmagar a iniciativa privada das federações, como tantos governos fizeram à iniciativa privada das federações desportivas no passado.

Até às eleições do COP que será, creio, no fim do primeiro trimestre, há tempo para debates temáticos sobre matérias centrais das crises desportiva, social, económica, legislativa, orçamental e sobre as questões fulcrais do desenvolvimento desportivo sustentado para o século XXI.

As matérias e as perspectivas são infinitas e compreende-se o receio do debate sem fronteiras e de difícil delimitação de objectivos e metas por líderes inseguros ou sem traquejo.

Esta uma limitação brutal do modelo de governança portuguesa que é incapaz de debater bem as ideias e é indefeso perante projectos que são errados e inviáveis.

O modelo nacional é incapaz de distinguir o mau e de o desincentivar assim como incapaz de apurar o bom e o sensato.

Daí a relevância de procurar delimitar matérias e criar debates que envolvam especialistas como actualmente faz a União Europeia.

Como noutra eleição democrática os debates abertos dariam aos potenciais candidatos e aos votantes elementos para uma melhor distinção das posições possíveis e das soluções para um novo futuro.

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