Os líderes conscientes estão preocupados porque sabem que as
soluções são estreitas.
Alguns menos temerários dizem que o que é preciso é decidir.
Estes grandes homens não se reconhecem em todas as grandes decisões que trouxeram o desporto português para este lugar no fundo da tabela.
Os primeiros contemporizam com o poder de quem pode dar dinheiro mesmo
que pouco e cada vez menos.
Há margens que são esmagadas e organizações que morrem aos
poucos.
Não se fala do produto desportivo que se produz, que se
deveria produzir ou do que seria útil ter futuramente.
Não se fala de quem produz e de quem consome.
O poder é ignorante, como diz dos empresários o intelectual
liberal que o governo gosta de ouvir, segundo diz MarceloRS.
Há algumas pessoas que são ignorantes sem aspas nem itálicos e contradizê-los é evitado porque pode matar que os questiona.
Conquistar um partido e perder o poder pela segunda vez num
curto espaço de tempo sugere alguma essência do poder político em Portugal.
Decidir rápido não é sinónimo de pensar rápido.
Este fim-de-semana sugeria-se no Expresso a necessidade de se
pensar o que se decide.
Sugeriria pensar e pensar o desporto alto e publicamente
como um acto solidário.
Voltando aos líderes desportivos ao longo dos anos tenho
apresentado, a pessoas com poder no desporto, ideias e discutido conceitos e
vejo-me isolado e desempregado.
O mal obviamente será meu.
Surge-me a ideia que o isolamento dos líderes e pessoas com
poder dá-lhes graus de liberdade que não controlam e que lhes deixa como
solução fortalecer soluções esgotadas e limites.
Do desporto português não se sabe nada.
Nada se discute, nada mesmo quando se decide esquartejar a
propriedade pública.
Depois diz-se que há sempre pessoas contra.
Na TSU o país acordou e a diferença é que no Jamor o
desporto deixa-se embalar por cantos de sereia mal-amanhada (ou será sereio?).
Neste momento estou longe, a internet pede-me um código que
diz não ser certo o que me deixa ainda mais longe. Há ipads por todo o lado.
Subitamente toca uma música de Zeca em língua inglesa no café onde trabalho ao
computador (sou o cota, o gótico, o mais velho). Definitivamente não estamos há
30 anos e o Zeca deixou de ser um privilégio nacional.
Aqui onde estou as coisas são complexas, as coisas simples
são complexas porque são feitas segundo o que diz o ‘livro’ que não sabemos
onde está mas que observamos que as coisas são para serem feitas de determinada
forma que estará no tal livro.
O esquartejo do Jamor toma essa característica de realizar o
interdito segundo os princípios da governança.
É possível conceber alternativas da privatização do Jamor
segundo inúmeras soluções e depois apurar a melhor no interesse das populações
e do desporto. O ilegal e o interdito é o secretismo da coisa, a incapacidade
do poder político actuar em democracia e com a ciência das coisas bem-feitas
como se fazem e se procuram fazer noutros cantos da Europa e do mundo.
Há que despir-mo-nos de interesses particulares e assumir a
grandeza de procurar o benefício comum. Esta grandeza é paradoxalmente a atitude mais egoísta de todas
de realizar o interesse do todo para concretizar o óptimo individual.
Sem comentários:
Enviar um comentário