segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Fazer desporto para as pessoas


Os líderes conscientes estão preocupados porque sabem que as soluções são estreitas.

Alguns menos temerários dizem que o que é preciso é decidir.

Estes grandes homens não se reconhecem em todas as grandes decisões que trouxeram o desporto português para este lugar no fundo da tabela.

Os primeiros contemporizam com o poder de quem pode dar dinheiro mesmo que pouco e cada vez menos.

Há margens que são esmagadas e organizações que morrem aos poucos.

Não se fala do produto desportivo que se produz, que se deveria produzir ou do que seria útil ter futuramente.

Não se fala de quem produz e de quem consome.

O poder é ignorante, como diz dos empresários o intelectual liberal que o governo gosta de ouvir, segundo diz MarceloRS.

Há algumas pessoas que são ignorantes sem aspas nem itálicos e contradizê-los é evitado porque pode matar que os questiona.

Conquistar um partido e perder o poder pela segunda vez num curto espaço de tempo sugere alguma essência do poder político em Portugal.

Decidir rápido não é sinónimo de pensar rápido.

Este fim-de-semana sugeria-se no Expresso a necessidade de se pensar o que se decide.

Sugeriria pensar e pensar o desporto alto e publicamente como um acto solidário.

Voltando aos líderes desportivos ao longo dos anos tenho apresentado, a pessoas com poder no desporto, ideias e discutido conceitos e vejo-me isolado e desempregado.

O mal obviamente será meu.

Surge-me a ideia que o isolamento dos líderes e pessoas com poder dá-lhes graus de liberdade que não controlam e que lhes deixa como solução fortalecer soluções esgotadas e limites.

Do desporto português não se sabe nada.

Nada se discute, nada mesmo quando se decide esquartejar a propriedade pública.

Depois diz-se que há sempre pessoas contra.

Na TSU o país acordou e a diferença é que no Jamor o desporto deixa-se embalar por cantos de sereia mal-amanhada (ou será sereio?).

Neste momento estou longe, a internet pede-me um código que diz não ser certo o que me deixa ainda mais longe. Há ipads por todo o lado. Subitamente toca uma música de Zeca em língua inglesa no café onde trabalho ao computador (sou o cota, o gótico, o mais velho). Definitivamente não estamos há 30 anos e o Zeca deixou de ser um privilégio nacional.

Aqui onde estou as coisas são complexas, as coisas simples são complexas porque são feitas segundo o que diz o ‘livro’ que não sabemos onde está mas que observamos que as coisas são para serem feitas de determinada forma que estará no tal livro.

O esquartejo do Jamor toma essa característica de realizar o interdito segundo os princípios da governança.

É possível conceber alternativas da privatização do Jamor segundo inúmeras soluções e depois apurar a melhor no interesse das populações e do desporto. O ilegal e o interdito é o secretismo da coisa, a incapacidade do poder político actuar em democracia e com a ciência das coisas bem-feitas como se fazem e se procuram fazer noutros cantos da Europa e do mundo.

Há que despir-mo-nos de interesses particulares e assumir a grandeza de procurar o benefício comum. Esta grandeza é paradoxalmente a atitude mais egoísta de todas de realizar o interesse do todo para concretizar o óptimo individual.

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