Há catedráticos e altos dirigentes federativos que recusam a média europeia de 5 medalhas olímpicas para Portugal.
A sua posição é mais simples apesar da sua argumentação poder sugerir a impossibilidade da realização por inúmeras razões como o facto de Portugal nunca ter conseguido ganhar 5 medalhas.
A razão da sua posição negativa e de recusa sequer de um debate sério sobre a matéria, recorde-se que falamos das pessoas que à partida são das mais inteligentes do desporto e os que possuem poder para organizar debates sobre matérias polémicas e contribuir para o esclarecimento das situações, é que possuem em geral uma lacuna técnica ou científica ou simplesmente pessoal para compreenderem o outro seja a outra ciência ou o outro com quem se dialoga e se constrói o desporto novo.
A fina camada de capacidade de diálogo e de conhecimento levou a aceitar em 2005 inscrever no contrato-programa olímpico 5 medalhas mas a rotura desse comprometimento surge com a impossibilidade de manter um diálogo científico e técnico consistente e prolongado no tempo com consequências nos comportamentos e na construção das novas estruturas.
Em consequência o enxerto das 5 medalhas apodrece num tecido associativo e de governança que resiste à pressão de introdução de pontuais como ao uso de um indicador de performance.
A média de produção olímpica europeia faz-se com novas estruturas que Portugal nunca teve de forma integrada e também nunca conseguiu caminhar determinadamente num sentido europeu.
Obviamente o estudo encomendado a uma multinacional vai ser contestado e quem de direito vai ouvir o direito de quem sabe o cheiro do balneário como foi recentemente demonstrado ser uma preocupação e gastaram-se mais uns dinheiros para chegar a lado nenhum e tudo permanecer na mesma.
É neste caldo de cultura reactivo por natureza, de líderes insuspeitos por função e nível de responsabilidade que está entregue o futuro do desporto português.
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