domingo, 16 de dezembro de 2012

Estive numa tomada de posse e confirmei dados estruturais

À sua margem felicitei o presidente cessante pelo bom trabalho realizado.

Há um trabalho digno de nota em múltiplas instituições e organizações desportivas nacionais.

As exigências do futuro justificam um trabalho diverso do passado a fim de construir sobre terreno firme o que apenas se alcança com um bom trabalho de diálogo e consenso sobre princípios e sobre boa ciência e técnica.

Estou convicto pela realidade observada que os conteúdos correntes se alicerçam em procedimentos passados por formais que sejam ou por retóricas com que se coloquem.

A dignidade do passado devendo ser respeitada e enaltecida não deve sufocar o nascimento do novo para o futuro.

Este futuro que é o nosso e principalmente para os nossos filhos deve fazer-se de mais futuro e de menos passado.

O passado falhou em múltiplos aspectos que são hoje patentes mesmo quando se evita falar dele nos discursos e se dê nota da atenção para o business as usual mesmo que por protagonismos recentes.

Respeito a geração e os líderes que saem tanto quanto as novas e procuro estruturar as características do seu comportamento no seio de um modelo abstracto o Modelo Português de Desporto de que ninguém fala ou reconhece a existência.

O não reconhecer a existência do Modelo Português de Desporto é tão-só uma das características nucleares do comportamento dos líderes de opinião e dos de organizações e instituições desportivas nacionais.

Há um mundo de coisas novas para fazer e afinal desde há alguns meses a esta parte que a mudança de protagonistas não gera política desportiva nacional inovadora e com capacidade de trazer futuro e essa limitação tende a prolongar-se no tempo.

Começo a ter para mim que a nova geração tendo nascido e crescido num caldo de cultura de características que reduzem o desporto cada vez mais a zero vai dar-se mal.

Ouvi num sítio dizer que foi graças a uma reunião que determinado documento foi melhorado.

Essa pode ser a confissão da fragilidade das condições de trabalho ou então quem liderava tinha-se rodeado de competências capazes de suportar qualquer pequena reunião. Ponho isto como hipótese e não o dou como adquirido.

Ao processo de rotação geracional falta diálogo, democracia, capacidade de liderança, ciência, técnica e, numa palavra, futuro.

A realidade do desporto português está a transformar-se profundamente em condições distintas do passado e esses graus de liberdade e condicionalismo estão em aberto.

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