A reafirmação de candidatura na Bola de hoje é a precipitação face a um vazio que apenas existe por uma lacuna de percepção da realidade desportiva e nacional.
Sem desconsiderar o candidato e face às condições restritas de eleição do COP o elevar do número de candidatos fragmenta de certa forma o processo eleitoral.
Naturalmente as federações com melhor informação tenderão a concentrar-se nos candidatos com currículo desportiva e socialmente mais relevantes e com melhores propostas de trabalho e de futuro.
A hipótese de algum candidato avançar porque há um partido que não se identifica com candidatos com o melhor currículo desportivo e social é uma realidade possível dentro das características do Modelo Português de Desporto em que os líderes e responsáveis das organizações não são muitas vezes eleitos e nomeados pelas capacidades e currículos apresentados. O Modelo tem outra característica pior que é o líder ou o dirigente não apresenta resultados da sua gestão e mantém-se por imenso tempo sem uma renovação inteligente por parte dos seus parceiros ou dos responsáveis pela sua nomeação.
A saída de um dos candidatos anteriores indicava uma cautela institucional que agora a nova propositura questiona.
Foi introduzido ruído onde devia ter-se caminhado para a consensualização de um par de candidatos que focariam em si a atenção do desporto e da sociedade para soluções vitais para o desporto português.
Focar na sua candidatura que se conhece A e B internacionalmente é um estilo e um programa de liderança a milhas da realidade desportiva nacional. Essas imensas personalidades internacionais gostam de líderes nacionais 'bons alunos' que lhes enchem o ego e os bolsos com eventos e megaeventos escusados face ao nível e `s necessidades competitivas do desporto português. Precisamente a questão dos eventos e megaeventos é um dos temas fulcrais da realidade que passa. Mas o que se coloca em cima da mesa é o conhecimento de personalidades...
Pergunta-se:
- Quem apoia o novo candidato fá-lo pela sua qualidade ou pelo que representa institucionalmente e não se confessa com transparência?
- É esta a liberdade que se quer para as federações nacionais?
- Face à tremenda crise do desporto e fora dele há quem esteja a brincar como de costume com o desporto, não há?
- Há quem deliberadamente jogue no ruído que vai debilitar o desporto português, não parece?
- Quem é que anda para a frente e para trás e não consegue apresentar uma linha de rumo objectiva e clara para o desporto português e parece que anda aos papéis há já algum tempo?
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