sábado, 5 de janeiro de 2013

Candidatura de Marques da Silva a presidente do COP

A Bola de hoje refere que Carlos Cardoso e Manuel Brito aderiram à candidatura de Marques da Silva a qual se auto-denomina da unidade e do olimpismo.

Estes dois aspectos são importantes e devem ser tratados cuidadosamente.

O olimpismo é um conceito que guiou a Europa ao topo do mundo desportivo, teve um conjunto de outras características sem as quais esse mesmo olimpismo, de que o COP actual é o mentor actual, afastou Portugal da Europa.

Será útil que a candidatura de Marques da Silva explique com  muito mais material qual é o olimpismo com que esta candidatura pensa guiar o desporto português.

O bater no peito jurando um ideal não será a melhor das maneira de convencer a sociedade portuguesa daquilo que se pretende fazer no futuro.

A característica da unidade é outro elemento que conviria esclarecer porque a unidade de que fala a candidatura parece relacionar-se com os elementos que foram unidos até se desentenderem e agora afinal estão todos juntos.

Esta unidade que características tem?

Seria bom compreender bem estas questões numa linguagem que todos os agentes do desporto português se identificassem com o futuro presidente do COP.

Há questões que as pessoas podem não se aperceber e que são 'veneno puro':

  1. Falar do que sabem fazer apenas os presidentes das federações é um erro nacional comum quando a União Europeia afirma o diálogo social e a governança no seio das instituições federativas
  2. Exaltar o olimpismo da candidatura é um todo vazio se não se conseguir explicar o que é o olimpismo tem a ver com a sociedade portuguesa e tudo o que não é olímpico no desporto português. Escolhe-se o olimpismo como paradigma porquê? A explicação até pode ser simples e é necessário apresentá-la
  3. Eleger a magnífica unidade de algumas pessoas, que se sente não existir será empurrar os problemas com a barriga

As eleições para presidente do COP estão na sua fase final, podendo ainda haver desistências.

A Bola tornou-se o jornal que apresenta mais notícias sobre as eleições mas como se observa ou o jornal não consegue ir mais fundo ou os candidatos fecham o jogo à opinião pública.

Estou em crer que os jornais poderiam fazer mais mas não tenho a certeza que haja jornalistas ou condições no jornalismo desportivo português capazes de ir atrás destas notícias específicas e da apresentação de informação sobre o que, por um lado, verdadeiramente se passa quanto às movimentações dos candidatos e do colégio eleitoral e, por outro lado, do debate sobre as questões para o futuro do desporto português.

Pode também ser uma questão de calendário e estas questões serão abordadas mais para a frente.

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