terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cada um por si!

A queda do financiamento público justifica-se se se considerar que existem meios alternativos para suprir as falhas da fonte pública que se retira em 18,8%.

Ora, havendo uma quebra esperada da generalidade das fontes de financiamento do desporto por via do impacto dos impostos e das medidas restritivas sobre o rendimento das famílias e das empresas, a busca de alternativas parece não existir.

Nos últimos anos o crescimento do produto desportivo cresceu menos por via do apoio público mas terá crescido por via do aumento do rendimento das famílias.

A situação é contraditória, complexa e perigosa para a estrutura de produção privada.

A destruição das federações e das suas estruturas será uma realidade a considerar quer por via do impacto da crise em termos gerais quer na ausência de fundos de origem pública qualificadores.

Se o Estado corta 18,8% esse exemplo vai repercutir-se nas autarquias e minguará condições que antes já eram exíguas.

Há longos anos sem medidas de política visando o desenvolvimento as organizações desportivas estão sem orientação qualificada e as afirmações actuais de alguns líderes privados apontam para becos sem saída e contrárias às soluções que os países mais desenvolvidos do mundo usaram para promover o seu desporto.

Ou seja, os líderes privadas falam de quimeras.

O desporto português mantém uma trajectória sem estratégia sem quantificação ou qualificação de objectivos e de resultados das políticas implementadas.

O produto desportivo nacional exige milagres que não existem e as acções são contrárias as princípios de boa política.

Há dinossauros que estão a ser ressuscitados e o silêncio é imenso comparando a situação do desporto e dos outros sectores.

É pouco provável que outros sectores aceitassem ser empurrados para a gravidade da situação do desporto.

Segundo se diz, caso ainda haja desporto espera-se que depois de 2012 haja planos para o desporto.

Será que esta realidade quer dizer que até lá é: Cada um por si?

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