quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O líder privado do desporto português deve proteger as federações e o desporto todo

Uma das questões fundamentais da liderança do desporto português é a existência de um líder que tenha os pés bem assentes na terra, nas 'suas' federações, promova o futuro sustentado e as defenda mesmo que elas por vezes não compreendam que isso está a ser feito.

Dois ou três exemplos:
  1. o principal líder não pode embarcar ou protagonizar loucuras do género dos Jogos Olímpicos de Lisboa mesmo que existam muitos agentes privados do turismo, obras públicas, cartórios e escritórios disto e daquilo a garantir que vai ser bem bom.
  2. o líder das federações deve andar com o nome dos presidentes, atletas, clubes, treinadores de sucesso na boca cada vez que a abre para a comunicação social e perante os responsáveis públicos.
  3. as federações devem reconhecer no seu líder nacional, que se lhes acontecer algo de complicado não só este os protegerá como será o primeiro a encontrar soluções estruturais e profundas para que o desafio seja resolvido positivamente para a modalidade e para todo o desporto a partir da lição aprendida.
  4. a sociedade e a economia nacional reconhecem o líder dos líderes desportivos como um activo nacional de elevado gabarito, que é reconhecido pelos debates públicos para onde é convidado a estar presente, para além de ter a capacidade de construir uma imagem mediática como o Sr. Desporto Português.
  5. etc.
Nada disto está a acontecer e a insegurança das federações nacionais é clara.

Têm medo de falar na comunicação social.

Receiam assumir desafios nacionais.

Alguns sabem que estão falidos e estão na mão de alguém que não resolveu em nenhum momento do passado nenhum problema que projectasse a sua modalidade para o futuro.

A liderança a que se assistiu empobreceu-os, obrigou-os a prejudicar atletas e clubes que abandonaram o desporto e faliram.

Os líderes mais activos estão cansados de não ver o seu trabalho reconhecido e transformado em activos futuros, dedicam-se à sua modalidade e sabem que perdem espaço e competitividade para as suas concorrentes europeias e mundiais dado que nacionalmente não há políticas desportivas estruturais.

Terá o desporto e a sociedade portuguesa capacidade de debate e exigência de um líder desportivo do mais alto gabarito?

É um erro esperar para depois de 2012 o debate e o trabalho sobre estas matérias, não é?

Deveria haver condições para os presidentes das federações falarem dos seus desafios para que a sociedade portuguesa viesse a apoiar o futuro do Desporto como acontece actualmente com a Cultura.

Se o Desporto a prazo não conseguir a mesma visibilidade e acutilância da Cultura que desperdício de oportunidades e ineficácia tremenda.

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