Na legislatura passada foi dada vida ao autódromo de Portimão e não houve em consideração a realidade e enterraram-se milhões de erário público e do desporto numa actividade que a Europa não quer pagar.
O que Ecclestoone diz é que são economias emergentes e as riquezas das Arábias quem actualmente paga a Fórmula Um.
Nos grandes países onde existe uma grande indústria automobilística é possível ter financiadores privados que financiam estes circuitos.
César Torres teve um papel fundamental antes e depois do 25 de Abril a subverter a ordem anterior e a mobilizar o país atrás de uma bandeira como eram a Fórmula Um no Estoril e os ralis TAP e de Portugal.
O Algarve tem sido levado pelo Turismo a loucuras que arrastam o desporto através do futebol e do golfe e não fixam o interesse das populações locais com um modelo de desenvolvimento equilibrado e sustentado.
A próxima vez que virem em Diário da República mais milhões de euros de erário público do Instituto do Desporto para a Parkalgar não se esqueçam que o orçamento do desporto foi cortado para 2012 o que vai retirar apoios às outras federações e ao fomento da actividade desportiva.
Era bom que os agentes e parceiros do desporto compreendessem que a empresa Parkalgar e o autódromo e motodromo de Portimão não são um problema do desporto.
Em geral diz-se que a vinda das escudarias de automóveis e de motos de corrida ajudam a indústria automobilística e de motos e a de turismo.
É preciso então que essa decisão de fomentar essas indústrias através de um investimento como o empreendimento de Portimão seja financiado por quem vai dele beneficiar.
O atleta Tiago Monteiro necessita de uma pista para treinar e necessita de competidores de qualidade.
Este argumento trata da questão da equidade e é bom de observar que com o mesmo dinheiro para uma volta do Tiago Monteiro em Portimão com os seus competidores todos estrangeiros dá para dar actividade a milhares de jovens no desporto em idade escolar.
O caso do autódromo do Algarve justifica um bom trabalho de análise para equacionar que tipo de desporto motorizado Portugal comporta.
Esta análise já devia estar feita há muito mas é mais fácil decidir colocar o pouco dinheiro do desporto em projectos que, até ver e esse trabalho seja feito, demonstre que efectivamente Portugal e o desporto beneficiam com essas aplicações do dinheiro que é escasso e se torna cada vez mais escasso por via das decisões sem sustentação e que o Tribunal de Contas e as Finanças pouco se preocupam.
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