quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Emigração à portuguesa

O Secretário de Estado da Juventude e do Desporto mandou os jovens emigrarem.
O Primeiro Ministro mandou os portugueses procurarem  emprego no estrangeiro.
Logicamente que o Pingo Doce foi instalar-se na Holanda para dar emprego aos portugueses.
Agora, os jovens e os desempregados já sabem para onde emigrar.
Está tudo em consonância, mas com os papeis invertidos.
O Governo deveria ter convidado os empresários a instalarem-se em países com impostos mais suaves.
Depois publicariam no Diário da República a lista das empresas portuguesas com indicação dos países em que estariam sediadas, com incentivos aos jovens e desempregados que quisessem emigrar.
Cumprir-se-ia então a premonição de Eça de Queiroz de que este país tenderia a desaparecer do mapa porque:
Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o Estadista. É assim que há muito em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso…

1 comentário:

  1. Caro João

    Avelino de Jesus um articulista do Jornal de Negócios e professor do Instituto Superior de Economia de Gestão de Lisboa demonstra a 27 de Dezembro pp que os grandes países têm o quadruplo da emigração de Portugal.

    Na verdade quanto mais desenvolvido é o país maior é a capacidade de circulação da sua população.

    No caso português não há nem desenvolvimento, nem literacia, nem riqueza e mobilidade do capital humano e da força de trabalho dos países mais ricos.

    Esta pequena diferença não estará ao alcance de todos compreender certamente.

    Bela truncagem de propósitos e desentendimentos.

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