quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Estado prejudicou os árbitros e a Liga de Clubes de Futebol. O Estado devia indemnizar.

Quando em Maio de 2007 a Liga de Clubes liderada por Hermínio Loureiro apresentou o projecto técnico e económico da profissionalização da sua arbitragem ficou demonstrado que havia condições para o projecto avançar.


A SED na altura recusou o projecto e em 2011 decide fazer um estudo jurídico sobre a matéria cujos resultados foram que nada de substancial havia a fazer nesse domínio.


Portanto, a conclusão do Grupo de Trabalho da Arbitragem profissional sugere que o projecto desde há 4 anos tinha pernas para andar e não tinha 'perna curta' como então disse o responsável público.


Quem foi prejudicado?


Foram os árbitros que ficaram sem um instrumento de racionalidade e perdeu o futebol profissional porque a arbitragem teve de resolver com instrumentos antigos os desafios já conhecidos então e tal foi aproveitado por algumas entidades desportivas para procurar diminuir o projecto, nomeadamente através da crítica tantas vezes gratuita à actuação dos árbitros no terreno de jogo.


Quem ganhou com esta situação?


Há dificuldade em dizer quem ganhou com a confusão que se manteve e é de recusar aceitar que a decisão de política desportiva do SED face à decisão correcta do presidente da Liga de Clubes de futebol seja um ganho desportivo ou económico.


Alguém devia pagar uma indemnização aos árbitros e e ao futebol profissional.


Qual foi o prejuízo monetário dos árbitros e da arbitragem?


Os árbitros terão perdido um valor acumulado entre 20% e 30% dos seus ganhos anuais, avaliados em algumas dezenas de milhares de euros de rendas perdidas, considerando que entre o estudo e a decisão concreta haveria sempre uma variação.


Quais são os outros prejuízos nacionais com a negação da profissionalização da arbitragem no futebol?


Terá havido perda de postos de trabalho de outras profissões que o projecto integraria e perda de ganhos financeiros de todo o negócio do futebol profissional que ganharia com a profissionalização da arbitragem.


Esta história é um paradigma da forma de fazer política desportiva e que enquanto erros do passado se podem hoje avaliar e enquanto erros actuais que estão a ser cometidos muito próximos dos aqui descritos.


Como se prova não é criticar por criticar como tanto tem sido dito primeiro pelas pessoas que estiveram no poder e agora é dito de pessoas que trabalham e se expressam com verticalidade e que pelas suas palavras frontais são prejudicados e também é prejudicado o desporto português e muitos dos seus parceiros.

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