domingo, 15 de janeiro de 2012

O desporto português está confuso

É um jovem atrapalhado, por vezes age com esquizofrenia outras faz coisas correctas mas não tem o fio condutor sobre o que fazer a cada uma das suas partes para obter um sentido coerente.

O plano integrado de desenvolvimento desportivo é uma responsabilidade do governo para poder ir mais longe do que vai o mercado e a iniciativa privada.

Já a junção do COP e da CDP são obrigações privadas para obterem o maior resultado privado das suas negociações com o Estado.

Mas nem o plano se faz sem dialogar com as federações nem estas encontram a melhor formulação COP/CDP sem um Estado coerente e firme nas suas convicções.


As pessoas no desporto estão a fazer o seu melhor.

O problema não está no que as pessoas individualmente fazem.

A dificuldade está na realização do seu óptimo colectivo.

O quadro geral, os princípios a doutrina desportiva tem de vir do Estado e de uma liderança iluminada.

Sem isso um privado faz o plano mesmo que não tenha conversa com o seu igual ou consiga estabelecer um rumo de trabalho coerente para seis meses que faltam para os Jogos Olímpicos quanto mais para um ciclo olímpico ou uma década.

Sem princípios desportivos o Estado aceita as propostas do futebol, provavelmente do atletismo, do andebol e dos maiores líderes e tem um medo grande de assumir as suas responsabilidades.

Os documentos que vamos fazendo em Portugal ilustram bem a nossa confusão.

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