Respigo do diário desportivo español “Marca”, de hoje, duas
tiras:
“Marcelo, Pepe, Granero y Adán participaron en un clínic con
la marca Bwin. Tras el evento, los futbolistas blancos atendieron a la página
web de esta empresa austriaca para analizar las perspectivas deportivas del
equipo. "Cada día somos más fuertes", comentaron.
(…)
“Gracias a Bwin, varios aficionados
del Real Madrid se ganan la oportunidad de entrenarse un día en Valdebebas
junto a sus ídolos, como Marcelo, Granero, Pepe o Adán.”
Depois temos a Inter Apostas para os apostadores da
União Europeia tentarem a sua sorte, porque as apostas via net não têm
fronteiras. Mas como a Inter Apostas não aparece nas
camisolas dos jogadores, nem pagam publicidade aos clubes o Estado fecha os
olhos como fecha ao Bwin, o que significa ser uma pessoa de bem porque, além de não
dar aos clubes ainda os proíbe de receber. Como se a publicidade da cerveja nas
camisolas obrigasse as pessoas a bebê-la.
A contradição deste infantilismo
político de proibir o desnecessário – proibir a propaganda das apostas no meio
desportivo, e coarctando uma fonte de receita aos clubes, à Liga e às Federações,
depois de os incentivar a procurarem-na, só podia ocorrer em Portugal, para a
manutenção do atraso desportivo, mas com a vantagem dos ganhos em matéria de
direito desportivo, porque as normas jurídicas, em vez de estimularem o
desporto, cortam-lhe as pernas.
Portanto, na gloriosa União Europeia,
os espanhóis, como não pensam da mesma maneira, ficaram a ganhar com a manutenção
da publicidade, mas os portugueses perdem porque continuam a escolher mal os
seus governantes… porque, além de governarem mal fazem alarde disso ostensivamente como se vê aqui.
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