sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A 'batota' do direito e da política no desporto

O facto da falta de princípios e de arbitragem competente na política desportiva leva a que os actos do direito e da política torçam o jogo à sua feição.

É vê-los a falar de ética, podia lá ser de outra forma, ao mesmo tempo que os dados da produção desportiva soçobram.

Conseguem separar a ética dos actos de política e discursar três metros acima do chão sem darem conta da situação. Os projectos de ética são importantes como todas as leis de corrupção, violência e sobre as claques quando o cortejo das claques do Benfica, Sporting e Porto são uma vergonha nacional e possivelmente sem igual na Europa desenvolvida. Barcelona e Real Madrid encontram-se assiduamente e não há nada parecido com o hooliganismo dos clubes e dos polícias portugueses.

Magnificamente quem está em cima do pote agarra-se a ele com as duas mãos defendendo-se com os pés, o que deixa pouco espaço para a ética e a razão.

'Sem papas na língua' Mário Soares fala da pior geração de políticos europeus e Bagão Félix da 'proletarização da classe média' no Jornal de Negócios. Aos nossos juristas e políticos do desporto estas palavras sábias passam ao lado e não lhes dizem nada.

A batota é economicamente ineficiente e insustentável e socialmente prejudica os grupos mais frágeis e os carenciados. Contribui para o empobrecimento do desporto e do país. O facto de ser possível fazer a batota e não ser directamente sancionado oferece a oportunidade para todos os desmandos, mesmo depois de se ter chamado 'aos berros' 'malandro' ao predecessor.

As nossas federações e intelectuais descrevem milagres e quimeras desportivas na comunicação social especializada 'voando' baixinho como o crocodilo de Krutchev, fazendo por ignorar que o facto de Portugal estar na Europa existem princípios e 'regras de ouro' a respeitar sob pena de não acompanhar o passo.

Portugal vive amarrado à conquista do ouro desportivo com  'pés de barro' sem ter a elevação de conquistar ouro com 'cabeça, tronco e membros' como sói dizer-se.

É natural que o direito e a política do desporto se sintam ofendidos por se sugerir a batotice.

Têm uma solução simples que é 'ir a jogo'. Domingos diz que não gostou do que disseram dele e vai a tribunal.

Fugindo ao radicalismo e considerando o óptimo do desporto nacional há condições de competição, com regras de jogo bem claras, que permitem julgar o campeão.

Não usar o mecanismo da competição com regras claras e aberto a quem queira participar é o uso e o costume do direito e da política no desporto português.

Órgãos, organismos, conferências, grupos de trabalho e blogues bem fechados são disso exemplo.

Obviamente que no desporto português haverá bom direito e boa política! A esses não se dirigem estas palavras.

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