"O ensaísta Eduardo Lourenço mostrou-se hoje
preocupado com a nova vaga de emigração, que atinge particularmente os jovens,
considerando que "defraudam, sem querer" o país onde se formaram.
O pensador disse estar preocupado com o fenómeno "porque as pessoas formam-se" em Portugal e "em vez de contribuírem para a criatividade do país, nas diversas áreas, vão lá para fora, para países mais ricos e vão a ajudar ainda a riqueza desses países".
Em declarações à Lusa, na Guarda, à margem do lançamento do livro "Obras Completas de Eduardo Lourenço: I - Heterodoxias", também reconheceu que aqueles que emigram "defraudam, sem querer, a energia cultural e a energia criadora" do país.
No entanto, Eduardo Lourenço que também vive no estrangeiro, em Vince (França), reconhece que "essas coisas são imperativas, não é culpa deles [dos que emigram]".
Apontou que "uma pessoa quando está num país onde o mínimo de condições não lhes é assegurado vai procurar qualquer outra coisa longe" da pátria."
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