(texto actualizado)
O artigo pgs 24 e 25 de 24 de Junho é um exemplo do que se passa em inúmeros sectores do desporto português.
A herança para Alexandre Mestre é significativa o que eleva a níveis superiores a exigência de fazer bem, corrigindo ou cortando com o passado.
Quando critiquei no Colectividade Desportiva, aqui neste blogue, e em artigos no Expresso e no Público a degradação sustentada do modelo e das instituições do desporto nacional referia-me, e tantos outros também o fizeram, ao que se apercebia e agora se vê.
Institucionalmente há imenso que fazer.
O artigo de A Bola é um instantâneo.
Outra situação é a vacuidade das posições de política e que é uma tradição quanto à busca e actuação sobre as causas.
Realço aquilo que parece a afirmação de um dirigente associativo referido pelo jornal: 'Mas a situação é delicada e afrontar o Estado em tempo de contenção é opção a evitar'.
Esta afirmação é toda ela um tratado de impotência e incapacidade de política desportiva.
Tenho-a ouvido em diferentes registos a líderes e amigos que prezo.
A limitação e auto-limitação de diálogo de política desportiva é o mais fundo dos constrangimentos da política desportiva nacional.
O próprio jornal A Bola não vai atrás da caça.
Tenho dois gatos em casa: o primeiro mata e come qualquer pássaro que passe num raio esférico de menos de 75 centímetros; o segundo já teve um pássaro quase pousado na cabeça e não compreendia o que tinha à sua frente.
A reportagem de A Bola está a meio caminho entre os dois gatos: deu com o pássaro mas não sabe dar-lhe caça.
Parece que A Bola interiorizou a afirmação do dirigente associativo e não consegue perguntar como é que é afrontar o Governo dialogar politicamente sobre a necessidade de 'intervenção urgente' no Complexo do Jamor.
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