quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Fui despedido e nem sequer houve o chá de uma justificação olhos nos olhos

Isto está difícil para todos e perante situações semelhantes há um diálogo e há uma ausência de 'chá'.

Depois quando começamos a fazer contas verificamos que dissemos que havia 'uma bolha do direito do desporto' e as coisas fazem sentido.

As soluções não são consensuais e a profundidade das abordagens é curta.

Pesca-se à linha e não havendo 'cão' caça-se com uma 'gataria' abundante.

Isto são erros acumulados porque não havendo a capacidade do diálogo e da capacidade do maior investimento sobre o melhor desporto a consequência é que há agentes mais activos cujo cartão de visita está à melhor mão de semear e 'aqui vai disto' uma e outra vez.

O resultado é conhecido 3,2,1 nos olímpicos e nos paralímpicos 14,7,3 sem tugir nem mugir porque o desporto não tem uma voz.

Gustavo Pires chegou ao paradoxo do Basquetebol a mais intelectual das modalidades desportivas nacionais e que nunca se 'pôs' na Europa ou no mundo. O artigo do Gustavo Pires está no Primeiro de Janeiro de 11SET12.

O caso do Basquetebol é um, como o Andebol outro, ou a Natação, há sessenta casos, e a questão que se coloca é conseguir fazer estudos e análises perseguindo resultados.

Fiz análises no Andebol mas o problema é que não chegou a haver um diálogo com outros técnicos e eventualmente havia outras áreas para estudar paralelamente. Depois não se tiraram conclusões das análises.

A questão mais simples é que o desporto português está em queda livre e as pessoas estão sem capacidade de diálogo com excepção dos 'líderes de sempre' que já sabem tudo e não necessitam de estudos e análises.

São os primeiros a gastarem dezenas de milhares de euros numa multinacional que no dia seguinte ao receberem 'qualquer coisa' dizem-se conhecedoras do 'desporto português'.

Entretanto cada um na sua faculdadezinha mantém as coisas a funcionar e ficamos todos contentes.

A situação actual mói e as pessoas não compreendem as críticas e a necessidade de um sentido a partir do zero absoluto se necessário for.

Não tenho tido muita vontade de desabafar mas o pior não é a situação em si, mas antes a falta de capacidade de criar e construir que o passado e o presente criam.

Estamos sozinhos cada um a criar futuro nenhum.

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