domingo, 16 de setembro de 2012

Meio Milhão na Rua

Mais concretamente 669 mil diz o Expresso.

A dignidade anónima e a presença de pessoas que duvidosamente votariam à esquerda dá uma genuinidade às reivindicações de ontem que demonstram o que por palavras e expressões indirectas procurámos caracterizar o que se passava no Desporto.

Não estamos na estaca zero porque recuámos e divergimos do que toda a Europa faz.

O estilo gémeo dos dois últimos primeiros-ministros eleitos e o modo de funcionamento dos partidos e dos seus lugares-tenente mostra-nos como quem governa vive soluções umbilicais num só sentido de benefícios para uns e prejuízo para outros que num caso e no outro têm sido sempre os mesmos.

Não tenho soluções neste sentido senão acompanhar o afundamento nacional e procurar pensar sugerindo soluções e acompanhando o que social e democraticamente se vai colocando.

Mais uma vez observei que a entrega aos detentores do poder de propostas de soluções tem resultados perversos e contrários à racionalidade e ao óptimo face ao autismo e ao 'bem da nação' peculiar que assumem, não tendo a capacidade de socialmente criarem e elegerem um modelo inovador para o país.

Os resultados materiais são claros e é por eles que nos devemos orientar para criar um futuro diferente.

A crise do desporto é sistémica e o desporto de Portugal é diferente do desporto do resto da Europa.

Ontem perdemos em hóquei o título europeu com a Espanha a 6 segundos do fim.

A transformação dos comportamentos e o poder de passar a ganhar é aquilo que temos de procurar em todas as modalidades.

Há quem diga que temos de escolher.

Talvez a questão não seja a escolha de quem recebe.

A questão estará em que cada um deverá receber segundo as suas capacidades de realização e não cheques em branco para coisas que se sabe que a estrutura criada não tem unhas para tocar.

Mas esta não é senão uma ínfima parte do que há para fazer.

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