História em três actos
I
Segundo corre por aí o Governo terá pedido a um dirigente associativo que exigisse publicamente maior orçamento público para o desporto.
Vivemos tempos extraordinários e esta situação a ser verdade demonstra que o Governo terá compreendido a importância de ter parceiros associativos competitivos no desporto.
Ou pelo menos para não ser muito ambicioso por agora quer que a rapaziada do desporto dê uns 'murros na mesa' a exigir aquilo que fazem há anos os bancos, as farmácias, os médicos, os estivadores, os enfermeiros, os professores, os sindicalizados todos, os funcionários e os técnicos do estado, o Belmiro de Azevedo, os donos das PPP, o Pinto da Costa, o Jorge Mendes, o João Lagos, etc., etc.
O Governo compreendeu que ao dar o bodo aos pobres através do Orçamento da Despesa era errado que todos os subsídio dependentes do desporto se mantivessem calados o que atrapalhava o esquema principalmente aos responsáveis directos do sector.
Caladinhos e ajuizados mas não tanto, terá sugerido o Estado.
II
O dirigente recusou fazê-lo ou terá declinado a sugestão.
Aqui chegados não se sabe se elogiar a presença de espírito ou se criticar a falta sentido de responsabilidade para com as necessidades do desporto.
Talvez a realidade seja um misto de ambas as coisas a compreensão clara das respectivas limitações e o assumir claro da falta de dimensão de liderança, esperando passar por entre os pingos da chuva.
III
A economia mesmo quando tratada profundamente tem falhas como a situação do país bem demonstra assim como o acompanhamento que lhe é dado pela Troika juntando eminentes instituições mundiais.
A situação da economia no desporto português é frágil sendo que em cada legislatura que passa as coisas se aprofundam para pior.
Tomar agora um líder desportivo e pô-lo a falar de coisas que não falou durante décadas é capaz de ser complicado para o próprio.
Para o desporto a situação torna-se cada vez mais complexa porque muitas vezes os líderes falam das suas necessidades que são tomadas como factores de correcção do modelo o que contribui para que este se distorça cada vez mais.
A economia do desporto está em maus lençóis porque não tem interlocutores, trabalhos e debates que a complexidade da situação exige.
Bem pode agora o Estado pedir ao Desporto que grite por Socorro Económico na comunicação social porque ele não sabe como e não sabe o que dizer.
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