quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cem anos a bater na parede

É espantoso como havendo dificuldades enormíssimas no desporto português a realidade do modelo se comporte fechando-se e destruindo capital.

Para além do useiro discurso corte-se nisto e naquilo e na administração pública, não se houve por exemplo faça-se bem. Faça-se bem feito o que está a ser mal feito.

É uma ligeira mudança de paradigma se se considerar que fazer bem feito é mais barato.

Fazer mal feito é caro!

Pouco se fala em Portugal do que poderia ter sido feito de forma diferente.

Fazer fora de tempo também é caro!

Fazer bem feito e oportunamente é um desafio deixado à melhoria do governo do desporto nas suas diferentes instâncias.

Usar bem os recursos, não desaproveitar recursos inclusive sugerindo que poderão sair seria relevante porque há ganhos nos recursos que acumularam capital desportivo de diferente espécie e que são escorraçados. Isto acontece há décadas.

Há um espartilho de uma sociedade desportiva incapaz de diálogo a não ser quando na oposição e quando se sentam no poder tomam o diálogo das coisas concretas como ameaças ao sentido superior de não se sabe o quê porque as coisas não batem certo e o país e o seu desporto afasta-se da normal europeia.

A capacidade de actuar em parceria e pluralidade discutindo profundamente questões fulcrais é uma impossibilidade nuclear.

O desporto português tem batido nos últimos cem anos continuamente na parede.

Bate, atordoa-se, cambaleia e precipita-se para bater de novo.

Fica contente com o seu umbigo porque conseguiu o 'rodriguinho' e não tem fôlego para a média europeia.

A crise orçamental sugere que afinal o desporto é extraordinariamente igual a tudo o resto neste rectângulo pátrio.

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