quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O lugar de presidente do COP não é um prémio de carreira

O lugar de presidente do COP é para suar e dar o máximo pelo país e pelos portugueses que necessitam de desporto, que se identificam com o esforço e dedicação incondicionais dos atletas de alto rendimento e é para respeitar o trabalho e o emprego daqueles que nas suas profissões necessitam de condições para fazerem valer a sua valia em conhecimentos e em experiência de vida.

Conheço minimamente o trabalho de Fernando Mota e de Manuel Brito para afirmar que sendo eleitos darão um contributo relevante para o desporto.

Ambos estão ligados aos resultados bons e menos bons do desporto português como todos aqueles que se empenham e procuram transformar cometendo erros por vezes e lutando pela coerência das suas actuações.

Concordem ou não por inteiro com esta afirmação atiro que não aceitarão o prolongamento de mandatos presidenciais e tantos outros mandatos vazios de sentido muitas vezes desde o seu momento inicial e que esbulham o desporto da produção eficiente e de resultados que nos coloquem bem dentro das metas europeias.

O desporto português necessita dos dois e o confronto em que se envolveram honra-os e o COP engrandece-se nesse combate.

O confronto deve ser transparente e objectivo nos seus inúmeros vectores e determinantes e para isso os dados e as linhas do debate devem equacionar o futuro face a um passado recheado de resultados positivos e de contradições que é relevante debater e procurar estabelecer melhores soluções para o futuro.

Nenhuma das candidaturas parece ter um blogue e nenhum candidato parece ter um site onde disponibilize os documentos com os seus princípios de actuação e as suas expectativas que apresentam à população e à sociedade.

Apesar de eleitos por presidentes de federações os candidatos à presidência do COP são candidatos que se apresentam perante a população, o desporto e a sociedade e esta realidade deveria levá-los a actuarem de forma diferente do acontecido no passado, fechando-se nos círculos federados.

Para este fim, o próprio COP poderia ter equacionado um espaço cibernauta de apresentação de argumentos e documentos dos candidatos.

Ambos os candidatos poderão ter criado ao longo dos seus longos percursos alguns anticorpos que agora fazem contracorrente às suas candidaturas.

Seria útil numa perspectiva de utilidade cada decisor ter bem ciente que a candidatura vencedora dependerá da resposta a dois factores, entre outros:
  1. O capital desportivo acumulado curricularmente ao longo das décadas;
  2. A garantia de comportamentos futuros face a princípios de ética, de governo da coisa olímpica, de maximização de vários produtos desportivos coincidentes e ou complementares.
Estes dois pontos explicam-se pela necessidade de escolher aquele que acumulou determinados resultados ideais e também das condições futuras que permitirão a quem elege não ficar refém de um líder déspota ou incapaz que a partir de dada altura terá impactos negativos acumulados e crescentes.

Fundamentalmente há que considerar que o lugar de Presidente do COP é o maior cargo desportivo nacional e que essa tremenda responsabilidade deve ser assumida em plenitude por todos os que directa e os que indirectamente vivem deste desporto.

Seria um desperdício muito grande que a eleição do presidente do COP fosse tolhida por factores menores como aqueles que nos têm tornado cada vez mais pequenos à medida que os outros crescem com maior velocidade e determinação.

Estas são mais algumas coisas que queria aqui deixar.

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