quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Há um Modelo Português de Desporto

Ter um Modelo é saber como se está e como se respira.

Sem a concepção do Modelo, do que é e do que faz bem podem fazer-se coisas imensas sem nunca obrigar o corpo ao stress físico e mental correcto que lhe permite desenvolver-se bem e suportar e combater melhor as adversidades.

Tenho procurado ao longo dos anos compreender economicamente o comportamento dos agentes no mercado desportivo português indicando as suas características e limitações.

As séries estatísticas que construi acentuam cada vez mais tendências de fundo que nunca se resolveram e que pouco a pouco acabam por sugerir tipos de lacunas complexas, cada vez mais, e uma paralesia dos líderes desportivos quanto ao padrão dos seus comportamentos e à sua capacidade de liderarem com eficiência.

Os dados estruturais apontam atrasos numa perspectiva europeia, limitações e contradições dentro do próprio desporto e também atrasos que se observados outros sectores nacionais se verificam comportamentos competitivos nesses sectores e uma inaptidão abissal acumulada ao longo das décadas.

Face às minhas abordagens e sugestões surgem duas respostas típicas: há líderes que sempre se oposeram à economia e dizem que a teoria económica de nada serve e dizem isto hoje como disseram e se comportaram da mesma forma há vinte anos muito antes das actuais crises mundial, europeia e nacionais. Outros líderes assumem uma posição mais sobranceira como se a sua insensibilidade e incapacidade de lidar com a dimensão económica do desporto não prejudicasse as suas modalidades, as suas organizações e a população portuguesa e os seus praticantes e técnicos que deles dependem.

Face a estes comportamentos sistémicos de impreparação para a liderança onde a economia é um elemento fundamental o resultado foram outputs negativos e mediocres pontuais e estruturais que se ilustram na constatação de que o Modelo desses líderes desportivos o Modelo Português de Desporto Faliu.

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