Fernando Mota, Manuel Brito e José Manuel Constantino são os candidatos que as federações poderão votar ou não em 2013 e são oriundos da mesma escola universitária e da vida.
Andaram pela FMH, pelos principais partidos e viveram o 25 de Abril por dentro, desde antes e até hoje.
Conhecem-se, concordarão menos do que discordarão entre si dos factos da vida e para o desenvolvimento desportivo.
Recentemente em Coimbra atirei aos congressistas da Apogesd que o Modelo Português de Desporto faliu.
Seria interessante ouvi-los sobre esta constatação de 6 palavras: O Modelo Português de Desporto Faliu!
Os jornais desportivos deveriam explorar esta realidade.
Talvez estejam satisfeitos com as suas tiragens e assumirão que se houvesse 6 milhões de portugueses a praticar desporto, em vez dos actuais 4,5 milhões, isso não aumentaria as tiragens. Ou então caso Portugal ganhasse várias medalhas olímpicas isso também não aumentaria as tiragens. Estes comportamentos dos jornais dão cabo de mim. Isto já acontece há tanto tempo que tem de haver algum motivo muito grande por detrás.
O que é preocupante é a possibilidade dos melhores candidatos ao cargo de presidente do COP não poderem contar com jornais conhecedores dos desafios e das limitações desportivas nacionais.
Voltando aos três mosqueteiros que atrás refiro há algumas coisas que gostaria de acrescentar às barbaridades que já aqui avancei.
Acho que o José Manuel Constantino sendo o melhor candidato do PSD estará lixado (é assim que se diz agora, não é?) porque o partido tem outras preocupações, nomeadamente as empresariais.
Quanto ao PS acho que devia pensar bem o que quer do futuro e equacionar uma aposta ousada.
Essa aposta seria rifar os juristas que habitualmente coloca no poder público do desporto e entregar esse poder à educação física.
O resultado da liderança dos juristas no poder político desportivo é, como demonstra o estudo insuspeito da PWC, miserável pelo menos no que respeita às medalhas olímpicas. há muito tempo já eu tinha dito que 5 medalhas era adequado mas sempre houve quem dissesse que o bom e o bonito era a presença honrosa pago pelo pessoal ao fisco. Afinal agora as medalhas é o que está a dar.
Daí que António José Seguro deveria assegurar-se do momento de mudança da agulha e do cuidado a colocar nessa alternativa.
Obviamente nada tenho contra o pessoal do direito do desporto mas considerando os resultados produzidos em 30 anos de política desportiva há uma dificuldade muito grande em compreender a falta dos resultados positivos sustentados e com dimensão europeia.
Outra questão que me parece pacífica é o interesse do atletismo em conseguir uma liderança com a dimensão da do COP.
Ainda por cima com o currículo de vencedor que apresenta a situação torna-se relevante na criação de um elã transversal ao desporto mas que se deveria apoiar numa perspectiva de transformação do Modelo Português de Desporto. Na minha perspectiva marginal e humilde.
Aqui chegado a questão que se coloca é: e então o que têm os professores de educação física a oferecer ao país de diferente que os juristas fizeram durante este tempo todo?
A questão pode parecer inocente mas era importante que quem pede para mandar no desporto todo pensasse bem naquilo que tem para oferecer diferente dos militares e juristas e já agora dos políticos em que todos se transformam.
Também seria útil que aceitassem dividir o bolo e compreender que se puxarem todos para o mesmo lado será mais fácil a todo o desporto avançar mais e mais depressa.
Enfim, eu não sou professor de educação física e corro o risco de ser sovado nos sítios certos onde estas coisas se fazem a preceito.
Aguardo com expectativa imensa a próxima entre vista no jornal A Bola a outro candidato e já agora nos outros jornais, caso tenha a felicidade de as conhecer.
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