Vale a pena debater o Estado Social no desporto português?
Está a questão do Estado Social no fulcro do debate sobre a crise do desporto ou será que a realidade é muito mais premente há várias décadas e nunca por nunca os líderes desportivos se preocuparam com esta matéria?
A questão é tão relevante quanto há líderes desportivos perdidos no arco do diz que disse de desporto, enquanto a realidade faz o seu caminho atropelando conceitos que outros países consideram e tratam de forma distinta.
Há pessoas de cabeça perdida desde há muitos anos e que continuam a bater contra as paredes e as portas, mesas, cadeiras e tamboretes que estão na sala do desporto, são nomeadas por quem servem acefalamente e fazem um tremendo mal ao desporto.
O combate dos chefes deveria ser uma lufada de ar fresco e está a começar a passar ao lado.
As pessoas e os grupos agem como fizeram no passado fechados nos seus modos de actuar que lhes trouxeram sucesso relativo no passado e mesmo perante o desmoronar consequente do todo onde vivem e todos vivemos não conseguem ir mais além do que diriam noutras circunstâncias ou que já disseram há 4 anos.
O combate dos chefes pelo COP parece fazer-se ainda dessa forma fechada à realidade nacional sem o golpe de asa de olhar para o país e saber olhar para o que se passa de forma incisiva e fracturante com o business as usual.
Um modelo de sociedade do Governo, executado às arrecuas, é aceite pelas pessoas que não o discutem na sua essência e principalmente nas suas consequências conhecidas há muito.
O debate pelo COP tem de ser feito pelo Desporto português.
Manuel Brito na sua entrevista de ontem na Bola não o compreende ou não se quis expor respondendo telegraficamente à jornalista Edite Dias às coisas que se podem considerar do costume.
A entrevista é boa e com respostas directas.
O que pode melhorar para todos os candidatos e para o nosso desporto?
Há tempo e há falta de tempo se o espaço comunicacional for preenchido pelos soundbytes como preservar a Vanessa, o planeamento e a ciência, a fundação, o marketing, ...
A entrevista marca posição em vários momentos como a discussão pelo COP com as federações do estudo do Governo, a autonomia das federações no seio do COP, a sua determinação em avançar apenas com um número significativo de apoiantes, as relações custo-benefício entre a Confederação e as federações em que estas pagam mais para a CDP do que pagam para a respectiva federação europeia e mundial, a valorização do curto prazo do desporto português, os cargos honorários do COP, algum detalhe na carreira do praticante.
Mas não tocou as dimensões do desporto em múltiplos vectores desportivos, económicos e sociais, e principalmente ficou-se no domínio estrito do COP lusitano faltando-lhe as asas para abraçar o desporto todo a partir do Olimpismo e da Europa. É nesta qualidade que a crise do desporto e as crises orçamental, financeira, económica e agora social se colocam com pertinência.
Isto para dizer que considero o Manuel Brito um excelente candidato e capaz de responder com gabarito a qualquer desafio que eu daqui lhe coloque.
Não sei se o Fernando Mota também já fez a entrevista para a Bola ou outro jornal e se o vir aqui deixarei a nota.
Pela minha parte irei aqui dar o máximo que puder para discutir tudo e todo o desporto neste momento e nesta oportunidade de vir a ter para o desporto português o melhor líder adequado a um tempo muito complexo em si e resultado de uma crise que todos fomos incapazes de resolver à medida que ela se construía num passado longo.
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