quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O COP e as federações: quem manda em quem?

O que é que correu bem e o que é que correu mal nas relações entre o COP e as Federações?

O que têm a dizer sobre isto os candidatos à presidência?

Perceber-se-á que cada candidato imprimirá uma liderança com as federações de acordo com a sua personalidade e ao perfil que consideram adequado passar para o exterior.

A questão é outra.

O desporto falhou porque as federações não conseguiram transmitir os seus ideais ou eles foram cristais como a água e a performance do presidente do COP é que foi inferior ao pretendido?

Estas questões são relevantes quando se define um timing de política desportiva em que se pedem pareceres às federações e os putativos candidatos a líder dos líderes não são abrangidos claramente nos procedimentos que irão marcar os próximos ciclos olímpicos.

À partida as federações sabiam e sabem mais de produção de desporto do que o presidente das federações, na realidade o COP ocupa um lugar central na negociação e na geração de uma imagem social do desporto que se tornou cada vez mais importante no desporto moderno e em todo o mundo.

Há informação que escapa a quem lidera e este tem um risco de assumir responsabilidades de matérias mais complexas do as responsabilidades e as decisões que toma em determinado momento.

Aqui chegado é relevante haver mecanismos de acompanhamento e análise das performances assim como incentivos para a obtenção de resultados específicos de parte a parte.

Estão a acontecer vários processos que se sobrepõem e limitam o futuro.

O Governo avança no seu diálogo com as federações com prazos curtos que parecem ser do seu interesse implementar. Reconheça-se que terá coarctadas as relações com os candidatos uma vez que as regras informais de candidatura não foram formalizadas pelo COP e postas em igualdade tanto quanto possível para todos os candidatos. 

Por outro lado, o prazo de formalização das candidaturas será em 2013 o que retira do caminho os candidatos à direcção do COP das políticas e processos negociais que decorrem em 2012.

Mais uma vez se assiste ao entalar das federações e do COP em processos de negociação institucional que deveriam atentar a correcção de processos negociais distintos mas que se deveriam respeitar e interpenetrar.

Apesar das boas palavras como o planeamento e a ciência de Manuel Brito, ou de objectivos e estratégia de José Manuel Constantino parece que que o processo não é nada disso e será de 'mais do mesmo'.

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