Vicente Moura:
- Em 2005 o COP foi obrigado pelo Governo a escrever 4 medalhas no contrato-programa
- Em 2009 foi o COP que decidiu não incluir medalhas no contrato-programa e incluir orientações gerais
- Foi o COP que propôs o contrato a 4 anos a Hermínio Loureiro
- O Estado não consegue pagar a tempo e horas
- O COP com o dinheiro que recebe do Estado, supõe-se que pago a más horas de acordo com a frase anterior, paga a tempo e horas e nunca houve nenhuma queixa por parte das federações ou dos atletas
- Há federações que não têm resultados olímpicos e recebem dinheiro do Estado
- Há federações que têm resultados olímpicos e não recebem aquilo que necessitam para aumentar os seus resultados olímpicos
- Não vai retirar-se do desporto, quer continuar a contribuir para a solução dos projectos olímpicos
- Os resultados olímpicos são suficientes a sofríveis
- O estudo da PWC encomendado pelo Governo não teve em consideração a experiência do COP
- Não explicou qual é a experiência do COP a que se referia
- (Não referiu nenhum estudo que alguma vez tenha encomendado e mandado fazer sobre o olimpismo e os desafios do olimpismo português, nomeadamente para ganhar medalhas ou outra matéria de interesse. Nenhuma federação desportiva portuguesa o faz!)
- É bom haver uma preparação a 2 ou 3 ciclos olímpicos
- O COP é confundido com os resultados da base que não lhe competem
- O COP é crucificado por não ganhar medalhas olímpicas
- 2001 dizia o mesmo de agora em relação à situação do desporto e espera que o governo mude de política desportiva
- O COP teve no ciclo 1997-2000 de Sydney 9 milhões de euros e em Atenas2004, Pequim2008 e Londres2012 11 milhões de euros em cada um dos ciclos olímpicos.
Mário Santos:
- Os Jogos Olímpicos são finais
- A Europa é o continente mais forte
- Para os países europeus é mais difícil chegar aos Jogos Olímpicos do que outros países de outros continentes
- Há o factor da imprevisibilidade mesmo que se invista muito em competições, atletas, infraestruturas, etc
- A Hungria ganhou em Londres 18 medalhas, 6 na canoagem, tem competições de vários dias com 50.000 pagantes, possuindo uma boa articulação entre subsistemas
- Não temos resultados em modalidades colectivas, sugerindo a maior dificuldade da detecção de talentos nestas do que nas individuais
- A participação olímpica é o último segmento do alto rendimento
Nota
São frases que retirei do que fui ouvindo sem uma preocupação de ter as palavras exactas.
Retirei estas frases ou porque concordo com a frase e a ideia, ou porque se recolhe informação, ou porque são contraditórias.
Recomendo que as pessoas que tenham interesse ouçam as palavras de cada um dos responsáveis.
A minha conclusão é que:
- quer Vicente Moura, quer Mário Santos deveriam ter sido mais densos e estruturados.
- as frases e ideias que apresentaram são pensadas e visam propósitos que parecem razoáveis
- o desafio é saber se a razoabilidade é suficiente
- há a necessidade de fazer avançar os líderes desportivos para a complexidade que é o olimpismo moderno
- essa complexidade aparece de forma esparsa nas palavras expressas daí a necessidade de estruturar e serem agressivos na defesa do desporto e do olimpismo nestas audições parlamentares
- dou um exemplo: parece-me razoabilíssimo que a canoagem deveria receber mais dinheiro público. Dá a ideia que é isso que tanto Vicente Moura como Mário Santos sugeriram e é aí que se encontra a limitação do encontro no Parlamento. No Parlamento usando a Canoagem é preciso alavancar todo o desporto ...
- por estes motivos,
- a complexidade do desporto português tem de ser profundamente trabalhada.
Muito tenho criticado Vicente Moura e estou à vontade para afirmar que esta me pareceu a melhor intervenção das que acompanhei.
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