quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A quadratura do círculo do COP com o futebol

O apoio do futebol à candidatura de José Manuel Constantino sendo apenas uma informação à comunicação social como tantas outras sem maior substância tem na aceitação da Vice-Presidência de Hermínio Loureiro um significado maior.

A dupla Constantino/Loureiro agora em versão inversa da Loureiro/Constantino da SEJD é uma equipa experimentada que passa da Administração Pública para o associativismo desportivo.

A crítica comum do associativismo desportivo é que o futebol é o eucalipto que se alimenta dos recursos escassos destinados ao desporto beneficiando o futebol acima das disponibilidades colectivas e de uma repartição equitativa desses proveitos.

Critica-se como o actual governo fez os primeiros estudos voltados para o futebol, o que sendo verdade não se deve esquecer que a União Europeia de Durão Barroso também fez o primeiro estudo com o futebol chamado Relatório Independente, em parceria com a UEFA.

A conseguir ser eleito JMC o desafio que se lhe coloca continua a ser o de potenciar o output desportivo nacional e isso só se fará com a participação de corpo inteiro do futebol.

A colocação de um vice-presidente como Hermínio Loureiro no COP vai reequacionar o xadrez desportivo nacional e eventualmente potenciar os seus trunfos.

Sabe-se agora, como Gilberto Madail ontem afirmou na SIC, que a FPF teve relações proveitosas com o BPN o que explicará algumas das dificuldades havidas no passado nas relações entre instituições associativas desportivas. Na impossibilidade de manter esse tipo de activos extraordinários, eventualmente questionáveis, o futebol contará no futuro mais com os benefícios do mercado do desporto...!?

Do ponto de vista do desporto o que está em jogo não deixando de ser de imensa relevância trás, com a quadratura da bola de futebol, condições de trabalho institucionais potenciais, mais interessantes e desafiadoras.

Numa nota final sobre os partidos PSD e PS:
  1. Pode sugerir-se que o PSD retomará agora um fio auspicioso de política desportiva com o qual não se tinha dado mal, que se julgava perdido e agora ressuscitado pela sociedade civil desportiva.
  2. Quanto ao PS parece esperar que a criança lhe caia no colo à falta de líderes que cintilem desportiva e nacionalmente, princípios, projectos e programas. O PS não percebe que tem de investir no desporto numa perspectiva aberta e sem axiomas apriorísticos de qualquer espécie sobre a dinâmica larga das realidades desportivas, económicas e sociais.

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