domingo, 10 de fevereiro de 2013

Vamos pensar que Portugal vai ganhar medalhas olímpicas no Rio de Janeiro!

As pessoas que decidiram tudo nas últimas décadas dizem que não há medalhas para Portugal em 2016.

Não desmerecendo da justeza das suas palavras há a alternativa de actuar de outra forma e trabalhar arduamente para ganhar medalhas.

Ganhar medalhas é um objectivo fulcral para trabalhar o desporto todo.

As sociedades mundiais salivam com medalhas olímpicas,

Devemos falar de medalhas olímpicas para podermos começar a trabalhar o desporto todo.

Estudando os projectos olímpicos de outros países europeus em profundidade há alternativas que não foram usadas, nunca, por Portugal.

Alguns projectos europeus feitos em Portugal foram mal feitos.

O investimento em infraestruturas é o paradigma em toda a sua dimensão desde a concepção, à gestão do activo edificado.

Veja-se em particular o caso do CAR do Atlletismo.

Num sector que por definição visa a perfeição e a excelência, fazer pela metade, é, tem sido, fatal.

Este paradigma de comportamento de ser e de estar no desporto urge ser profundamente corrigido.

O comboio está em andamento e é responsabilidade do desporto dizer quais são as condições para o apanhar.

Com uma nova liderança há que actuar em profundidade, compreender a complexidade e a dimensão do desafio, definir bem uma estratégia nacional, definir metas porventura difíceis, definir processos de salvaguarda dos princípios definidos, definir instrumentos de alerta e de correcção do trajecto, aprender que os erros são para serem corrigidos com rapidez, assumir que a correcção de alguns erros poderá doer, assumir um diálogo com a sociedade para conseguir trilhar a par e em consenso a expectativa de sucesso olímpico no Rio de Janeiro.

Há escolhos e dificuldades de grande monta.

Para já não é preciso quantificar medalhas.

Há que pensar processos de trabalho tanto horizontais como verticais, na sociedade, na administração pública, no associativismo.

Compreender bastante melhor os três motores do desporto moderno: o associativismo, as empresas e o Estado.

Ganhar a confiança da sociedade é fulcral e dizer-lhe e convencê-la de que se trata do futuro, dos filhos e dos netos do país, da envolvência de todos os adultos, e que não há país sem desporto e sem medalhas olímpicas...

Dizer-lhes que nós somos capazes porque os outros países europeus foram capazes.

Nós temos de ser capazes de avançar e dar a mão aos países africanos de expressão portuguesa.

Os laços a ligar gerações de atletas trarão retornos sem par no futuro.

Temos de começar por dar passos correctos em Portugal.

Esta ética civilizacional tem sido esparsa e delgada quanto aos comprometimentos e quanto às realizações, tal como, o desporto português.

Assegurar à sociedade que os erros cometidos têm de ser corrigidos e que só em conjunto será possível corrigir os do passado e evitar os do futuro.

Não há que ter medo de falar de medalhas.

Há que trabalhar duramente, com coragem, criatividade e ousadia antes de falar de medalhas com terceiros, na política, na sociedade e na economia.

Portugal tem de deixar de ter medo de falar de medalhas olímpicas.

As medalhas vão quantificar-se lá mais para a frente.

O tempo de falar de tudo sobre o desporto, o olimpismo e as medalhas é hoje, é da actual geração de líderes desportivos.

A sua responsabilidade maior é o de perseguir a sociedade a envolver-se e a comungar do desígnio das medalhas olímpicas, do nosso futuro como Povo e como Nação.

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