Poder-se-ia dizer que no caso do Complexo Desportivo da Lapa não havia necessidade de fazer nada e tudo correu bem.
Levado ao extremo este pensamento aceita que o regime de antes do 25 de Abril acabou por acabar e nada mais havia para fazer.
No caso da Lapa o que se passa é que desde início a administração pública do desporto não conseguiu ter uma orientação política clara.
Efectivamente vendeu património desportivo, o que é um erro tremendo.
A falta de uma orientação de política desportiva substancial impediu o amadurecimento do projecto Lapa desde antes de 2008 e fez perder tempo às federações e aos praticantes locais, para além da destruição institucional do ex-IDP.
Portanto, a venda foi um fracasso perpetrado em 2008 e a incapacidade de criar um complexo plural numa zona histórica da capital é um desafio que se arrasta e que poderia ser projectado beneficamente a outras cidades e a outros complexos desportivos nacionais.
O exemplo do que se fez na Lapa é o que se deve evitar.
As soluções encontradas pela autarquia de Lisboa são úteis por preservarem valores intangíveis e que deveriam/poderiam contar com inputs institucionais adicionais e inovadores por parte do capital de conhecimento e saber-fazer desportivo.
O debate público contra o fracasso e pela criação de soluções inovadoras é uma virtude da democracia política que há partidos que se negam a pôr em prática.
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