sexta-feira, 27 de julho de 2012

Há duas ou três questões a realçar sobre o modelo apresentado

I
É interessante observar que o governo PS terá tido uma preocupação inicial de conceptualização da política desportiva para a sua primeira legislatura em 2005.

A visualização gráfica da síntese surge como um elemento adicional de interesse para a sua divulgação e debate.

A sugestão de retirar parte do financiamento público e da existência de uma agência são os elementos centrais do documento.

A acompanhar estão um conjunto de elementos que passariama transformar a actuação do Estado.

O elemento crítico desta proposta de política desportiva é a necessidade de aprofundamento de vectores e de insuficiências conceptuais eventualmente por ser realizado por uma equipa não especializada nas matérias que propõe.

II
Noutro nível de análise conclui-se que o documento não foi operacionalizado e que conviria saber o que realmente se passou.

Seria útil saber se chegou ao CND Conselho Nacional do Desporto e qual a sua reacção.

Acrescente-se igualmente o seu foco apenas sobre o Estado, sem evidenciar uma capacidade de intervenção sobre o associativismo desportivo.

III
Este modelo não terá sido aberto à sociedade desportiva e é apresentado mais de meia década depois da sua elaboração o que sugere a dificuldade política de dialogar sobre a Governance do desporto português, particularmente sobre as transformações que se pretenderiam fazer numa área tão importante para o futuro.

Em síntese, foi um esforço meritório que também terá morrido pela profundidade da crise do desporto nacional e dos próprios actores públicos que os mesmo quereriam transformar.

Considero esta área fundamental e a ela voltarei noutro local que darei conhecimento oportunamente.

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