quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Vicente Moura é a face visível da liderança do associativismo desportivo

É o estado da alma, das coisas que se podem pensar mas nem sempre se deverão dizer.

Estou à vontade, não concordarei com muito do que VM diz ou faz.

Vejo que ele avança quando diz que o SDP, sistema desportivo português, é obsoleto.

Uma coisa é ser obrigado a lutar de costas para a parede, encurralado que está.

A outra situação é avançar para fazer coisas diferentes do que fez no passado.

Estou convicto que pessoalmente é-lhe uma impossibilidade.

Há outro factor a considerar.

Ele dá a cara e o conjunto das suas posições e contradições é o respirar de toda a estrutura de liderança do desporto português que simultaneamente se despe.

Ele foi encostado à parede pelos resultados que se sabiam ir acontecer e só nessa situação foi obrigado a dizer que o SDP estava ou é obsoleto.

O debate público antes das eleições sobre o futuro do desporto não se fará porque é a estrutura de liderança rentista e acomodada à mediocridade que o impede materialmente (algumas das minhas palavras poderão ser duras. Mas não vejo outra forma de expressar estas ideias).

Ora, esta estrutura de liderança não está encostada à parede.

A sua experiência ensinou-a a fazer avançar 'peões' ou 'testas de ferro' que usa. Sem expor o seu núcleo de actuação clássica.

É relevante que se procure compreender como age esta estrutura de liderança para compreender que estruturas alternativas podem ser criadas visando um futuro na média europeia.

Há todo um processo para descascar esta estrutura que amarra o desporto português ao oblívio europeu.

Uma das conclusões de Londres é que estamos sós no contexto do desporto europeu.

Nunca estivemos tão isolados como hoje em Agosto de 2012 e estamos a cair sem remissão.

Este é um novo momento do desporto português em que são necessárias pessoas com coragem.

O problema de se deixar encostar à parede é que as soluções encontradas depois são frágeis.

Esse tem sido o nosso fado desportivo!

Não tem sido assim? Nunca conseguir assumir como faz a Europa?

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