quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dormir com o inimigo não tem consequências inocentes

Durante décadas houve líderes que foram a esperança do desporto porque produziam resultados e as vozes e actos dissonantes estavam noutro lado.

Quando Manuel Brito fala do objectivo das medalhas tem a atitude corajosa que pode contrariar aqueles que dormindo com o inimigo assumiram as medalhas como o mal menor de que se fala mas de muito difícil assumir como ponto de honra.

Obviamente há quem discorde de Manuel Brito porque as consequências do futuro presidente do COP definir medalhas é uma definição que choca com o sagrado não fazer tudo das sacrossantas federações.

O que está a falhar aqui é a estrutura do debate.

Manuel Brito não foi chamado a expor a totalidade do seu pensamento e é sentenciado por pessoas que vêm no expressar de ideias democrático um erro e uma ameaça.

Alguns pontos são importantes de realçar num debate democrático relacionados por exemplo com o que se faz quando os resultados não são alcançados.

Continua-se a eleger o mesmo presidente do COP a quem o Estado garante o dinheiro mínimo para a incapacidade de definir medalhas ou procura-se nomear outro presidente capaz de mobilizar a sociedade para projectar as federações, clubes, treinadores e atletas para o firmamento desportivo de nível europeu?

O debate do COP tem de chegar a este ponto que é central sob pena de qualquer candidato como Manuel Brito que faça uma proposta interessante seja trucidado por aqueles que têm mais decíbeis na comunicação social.

Nada está a ser feito para organizar um debate democrático.

António Borges tem uma posição semelhante no video que se pode ver aqui.

Para António Borges e parece que também para os presidentes de algumas federações tudo é legítimo para os especialistas mesmo que todo o sistema desportivo se desmorone e haja milhares de jovens que saem das escolas de desporto para o desemprego ou que existam centenas de milhares de jovens e de lmilhões de portugueses que não têm um estilo de vida activo através do desporto e disso não se pode pedir a intervenção das federações porque a sua especialidade é o alto rendimento.

Para pessoas que de alto rendimento não conseguem alcançar o mesmo dos seus pares europeus é preciso certa estrutura de raciocínio em que às tantas já não as medem.

Dormir com o inimigo tem destas coisas é que a partir de determinado momento as fronteiras esbatem-se e o futuro é o próprio umbigo como tem acontecido demasiadas vezes no desporto português.

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